Carteiros contra liberalização
Cinco sindicatos dos correios franceses (La Poste) convocaram, anteontem, terça-feira, uma greve nacional de 24 horas, em protesto contra as imposições de Bruxelas que pretende a liberalização total do sector até 2009.
A paralisação foi convocada em defesa do serviço público
A frente sindical, composta por cinco sindicatos (CGT, FO, CFDT, CFTC e SUD), apelou aos cerca de 300 mil trabalhadores para participarem na jornada de luta, no âmbito da qual se realizaram manifestações nos principais centros urbanos de França.
Segundo dados da CGT, a estrutura sindical com maior representatividade no sector, a paralisação registou uma ampla adesão «entre 30 a 40 por cento».
À tarde, em Paris, decorreu um importante desfile para exigir ao governo que não se vergue aos projectos liberalizadores da Comissão Europeia.
Em causa está designadamente o anúncio feito em 18 de Outubro pelo Comissário do Mercado Interno, Charlie Mac Creevy, de uma proposta que visa a abertura total dos serviços postais à concorrência, incluindo cartas com menos de 50 gramas, fechando assim o processo iniciado em 1997 (ver edição do Avante! de 26 de Outubro)
A desregulamentação, como sublinha a CGT, conduziu «à redução da qualidade do serviço prestado à população e à degradação significativa das condições de vida e de trabalho dos trabalhadores».
A federação da CGT dos Correios e Telecomunicações defende que o correio e a comunicação «devem manter-se com um direito fundamental, equiparado ao direito à energia». «Os correios devem ser um serviço público que responda às necessidades dos utentes, ao contrário de uma empresa privada, cujo objectivo prioritário é realizar lucros».
Numa carta dirigida aos grupos políticos do Parlamento Europeu, a CGT apela à rejeição da proposta de Bruxelas e exige a realização de uma balanço aprofundado sobre as consequências desastrosas da política de desregulamentação e liberalização que têm vindo a ser conduzida nos últimos anos.
Protesto nos Impostos
Também na passada terça-feira, os sindicatos franceses da Direcção Geral de Impostos convocaram uma greve contra a redução de postos de trabalho e pela abertura de negociações sobre salários e condições de trabalho.
Os trabalhadores em greve realizaram por todo o país concentrações frente às direcções regionais de impostos e junto ao Ministério das Finanças em Paris.
Segundo dados da CGT, a estrutura sindical com maior representatividade no sector, a paralisação registou uma ampla adesão «entre 30 a 40 por cento».
À tarde, em Paris, decorreu um importante desfile para exigir ao governo que não se vergue aos projectos liberalizadores da Comissão Europeia.
Em causa está designadamente o anúncio feito em 18 de Outubro pelo Comissário do Mercado Interno, Charlie Mac Creevy, de uma proposta que visa a abertura total dos serviços postais à concorrência, incluindo cartas com menos de 50 gramas, fechando assim o processo iniciado em 1997 (ver edição do Avante! de 26 de Outubro)
A desregulamentação, como sublinha a CGT, conduziu «à redução da qualidade do serviço prestado à população e à degradação significativa das condições de vida e de trabalho dos trabalhadores».
A federação da CGT dos Correios e Telecomunicações defende que o correio e a comunicação «devem manter-se com um direito fundamental, equiparado ao direito à energia». «Os correios devem ser um serviço público que responda às necessidades dos utentes, ao contrário de uma empresa privada, cujo objectivo prioritário é realizar lucros».
Numa carta dirigida aos grupos políticos do Parlamento Europeu, a CGT apela à rejeição da proposta de Bruxelas e exige a realização de uma balanço aprofundado sobre as consequências desastrosas da política de desregulamentação e liberalização que têm vindo a ser conduzida nos últimos anos.
Protesto nos Impostos
Também na passada terça-feira, os sindicatos franceses da Direcção Geral de Impostos convocaram uma greve contra a redução de postos de trabalho e pela abertura de negociações sobre salários e condições de trabalho.
Os trabalhadores em greve realizaram por todo o país concentrações frente às direcções regionais de impostos e junto ao Ministério das Finanças em Paris.