Em todo o País

Solidariedade com os jovens comunistas checos

A JCP prossegue a campanha de solidariedade com a União da Juventude Comunista da República Checa (KSM), ilegalizada no dia 12 de Outubro pelo governo de Praga, que usou como argumento o facto de a organização defender no seu programa a apropriação colectiva dos meios de produção em oposição à propriedade privada.
Em Lisboa, os jovens comunistas distribuíram documentação sobre o tema à porta da cantina da Cidade Universitária, numa acção de esclarecimento dirigida aos estudantes do ensino superior, na quarta-feira da semana passada. No mesmo dia, a JCP promoveu outras distribuições, nomeadamente na Baixa do Porto, na Baixa de Setúbal e no terminal dos barcos do Barreiro. Na sexta-feira, realizou-se uma acção de solidariedade na Praça 8 de Maio, em Coimbra.
Entretanto, já começou a circular entre as organizações juvenis portuguesas um abaixo-assinado exigindo a condenação da ilegalização da KSM por parte do Governo de José Sócrates.
Como anunciámos no último número, realizou-se em Praga a 5.ª Reunião Anual das Juventudes Comunistas da Europa, na sexta-feira, sábado e domingo, sob o lema «Luta da juventude europeia contra os ataques aos direitos sociais e democráticos. A ofensiva contra o anti-comunismo». A KSM foi a organização anfitriã. A JCP foi representada por Inês Zuber e Ana Pato.

«Ataque fascizante»

A Comissão Política da JCP considera que «esta ofensiva contra a KSM se insere numa campanha mais geral contra o movimento comunista, que tem sido levada a cabo na República Checa, bem como em diversos países da Europa de Leste, com a cobertura da União Europeia. Uma campanha anti-comunista e anti-democrática, (que ganhou novo fôlego com a propagação da ideia de “luta contra o terrorismo”) que pretende criminalizar os comunistas e a sua acção, com a inaceitável comparação com os crimes cometidos pelo nazi-fascismo. Esta campanha anti-democrática pretende não só atingir o movimento comunista, mas os mais elementares direitos, liberdades e garantias dos povos.»
«Pelo património que preservamos e valorizamos de história das Juventudes Comunistas em Portugal, pela histórica luta que travámos contra a repressão e o fascismo, pela luta clandestina que os jovens comunistas de Portugal travaram contra o obscurantismo, a tortura, pela liberdade e a democracia, repudiamos qualquer tentativa que nos faça regressar aos tempos de ditadura fascista, quando a actividade dos movimentos progressistas e comunistas era ilegal. Não admitimos e não permitiremos estes recuos e ataques de cariz fascizante ao movimento juvenil comunista, em nenhum país do mundo», lê-se numa nota de imprensa de 18 de Outubro
A JCP sublinha que «o movimento comunista atingido por esta criminosa campanha anti-democrática na República Checa é o mesmo que lutou abnegadamente contra o nazi-fascismo e pela libertação do seu Povo», acrescentando que a KSM é uma organização juvenil comunista, revolucionária, de carácter anti-imperialista e marxista-leninista, «aspectos intoleráveis para a Europa do grande capital. O poder de atracção e as capacidades de transformação que os ideais do socialismo e do comunismo exercem sobre amplas massas juvenis preocupa os Governos da União Europeia», conclui a Comissão Política.


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