Dia de luta
A União Europeia (UE), os seus desígnios, os seus objectivos, são sempre motivo de reflexão e de acção para o nosso colectivo partidário. No Parlamento Europeu (PE), o PCP sempre manteve a coerência na acção e a defesa de princípios naquilo que entendia que devia ser a «Europa» e como o nosso País se deveria posicionar nessa mesma «Europa». Ao longo destes 20 anos de presença de Portugal na UE, muitas causas defendemos, contra muitos ataques resistimos. E hoje, como em 1986, não baixamos os braços nem viramos as costas aos muitos desafios que se nos colocam.
Muitas são as áreas que têm exigido a atenção e a luta persistente do PCP no Parlamento Europeu. Através de debates, iniciativas, visitas, reuniões, propostas, mas também de intervenções, declarações e relatórios, os deputados do PCP pugnam diariamente pela defesa dos direitos, pela soberania dos estados, por uma Europa de paz.
A luta contra a famigerada directiva Bolkestein, sobre a criação do mercado interno de serviços, denunciou o ataque aos serviços públicos, aos direitos dos trabalhadores, dos consumidores, dos utentes dos serviços e dos interesses das micro, pequenas e médias empresas como moeda de troca dos interesses dos grandes grupos económico-financeiros na área dos serviços.
O Orçamento Comunitário actualmente em discussão, o primeiro orçamento do novo quadro financeiro para 2007-2013 e como tal um ano de referência para os próximos orçamentos, tem também merecido uma atenção redobrada dos nossos camaradas. Os montantes propostos, quer pela Comissão Europeia quer pelo Conselho, confirmam a avaliação e os alertas do PCP, que rejeita esta lógica restritiva e as prioridades definidas. Para o PCP, é necessário assegurar os meios financeiros suficientes para uma real coesão económica e social, que promova o desenvolvimento económico sustentável e o emprego, que combata os altos níveis de desemprego, pobreza, exclusão social e de desigualdades de rendimento na UE e que diminua as assimetrias regionais e promova a convergência real.
Também as deslocalizações de empresas, que tanto têm afectado o nosso país, continuam na lista de prioridades do trabalho a realizar no PE. Apesar das diversas resoluções aprovadas, que avançam um conjunto de recomendações quanto às deslocalizações de empresas, persistem diversas situações intoleráveis, em claro desrespeito pelos direitos dos trabalhadores. O caso recente da Opel, na Azambuja, ilustrou tristemente a dura realidade da transferência da produção para outro país, com a consequente destruição de milhares de postos de trabalho e graves repercussões sociais e económicas, que infelizmente se sente por todo o País.
Estas são algumas das questões, entre muitas outras que marcam a actualidade e a acção do PCP no PE.
Em Portugal
Mas porque tudo o que se decide lá – na longínqua Europa – se reflecte indelevelmente cá, no nosso País, a actividade dos deputados do PCP não se confina ao espaço físico do Parlamento Europeu. Nestes largos meses, e a propósito dos 20 anos de adesão de Portugal à então CEE, um vasto conjunto de visitas, encontros e iniciativas se desenrolaram, e ainda decorrem, um pouco por todo o País, de análise e avaliação da situação actual. De Norte a Sul, passando pelas ilhas, tem havido um esforço gigantesco de conhecer melhor a realidade, aprofundar a conjuntura e apontar consequências da aplicação das políticas nestas duas últimas décadas.
Procurando abarcar a maior diversidade possível de temáticas (trabalho, pescas, agricultura, ambiente, cultura, entre tantas outras), estas iniciativas que contam com a presença dos deputados ao PE resultam num balanço concreto e verdadeiro do País que temos e da realidade que vivemos. É neste trabalho que também se reflecte a profunda relação entre a acção institucional e o contacto directo com a realidade e o povo, que sempre caracterizaram o PCP.
Por tudo isto, todos os dias são dias de luta. Mas hoje é especial, é diferente. Hoje, todo o País pode fazer ouvir a sua voz na defesa dos seus direitos, na exigência de um País mais justo e equitativo, na reclamação de outras políticas e de outro caminho para Portugal. Na defesa da Segurança Social, pelos direitos dos trabalhadores, pela despenalização da IVG, por pensões e reformas condignas, por um melhor Serviço Nacional de Saúde, por uma educação pública, gratuita e de qualidade, por um Portugal soberano, pela paz.
Hoje, todos os destinos convergem no Rossio. É dia de luta!
Muitas são as áreas que têm exigido a atenção e a luta persistente do PCP no Parlamento Europeu. Através de debates, iniciativas, visitas, reuniões, propostas, mas também de intervenções, declarações e relatórios, os deputados do PCP pugnam diariamente pela defesa dos direitos, pela soberania dos estados, por uma Europa de paz.
A luta contra a famigerada directiva Bolkestein, sobre a criação do mercado interno de serviços, denunciou o ataque aos serviços públicos, aos direitos dos trabalhadores, dos consumidores, dos utentes dos serviços e dos interesses das micro, pequenas e médias empresas como moeda de troca dos interesses dos grandes grupos económico-financeiros na área dos serviços.
O Orçamento Comunitário actualmente em discussão, o primeiro orçamento do novo quadro financeiro para 2007-2013 e como tal um ano de referência para os próximos orçamentos, tem também merecido uma atenção redobrada dos nossos camaradas. Os montantes propostos, quer pela Comissão Europeia quer pelo Conselho, confirmam a avaliação e os alertas do PCP, que rejeita esta lógica restritiva e as prioridades definidas. Para o PCP, é necessário assegurar os meios financeiros suficientes para uma real coesão económica e social, que promova o desenvolvimento económico sustentável e o emprego, que combata os altos níveis de desemprego, pobreza, exclusão social e de desigualdades de rendimento na UE e que diminua as assimetrias regionais e promova a convergência real.
Também as deslocalizações de empresas, que tanto têm afectado o nosso país, continuam na lista de prioridades do trabalho a realizar no PE. Apesar das diversas resoluções aprovadas, que avançam um conjunto de recomendações quanto às deslocalizações de empresas, persistem diversas situações intoleráveis, em claro desrespeito pelos direitos dos trabalhadores. O caso recente da Opel, na Azambuja, ilustrou tristemente a dura realidade da transferência da produção para outro país, com a consequente destruição de milhares de postos de trabalho e graves repercussões sociais e económicas, que infelizmente se sente por todo o País.
Estas são algumas das questões, entre muitas outras que marcam a actualidade e a acção do PCP no PE.
Em Portugal
Mas porque tudo o que se decide lá – na longínqua Europa – se reflecte indelevelmente cá, no nosso País, a actividade dos deputados do PCP não se confina ao espaço físico do Parlamento Europeu. Nestes largos meses, e a propósito dos 20 anos de adesão de Portugal à então CEE, um vasto conjunto de visitas, encontros e iniciativas se desenrolaram, e ainda decorrem, um pouco por todo o País, de análise e avaliação da situação actual. De Norte a Sul, passando pelas ilhas, tem havido um esforço gigantesco de conhecer melhor a realidade, aprofundar a conjuntura e apontar consequências da aplicação das políticas nestas duas últimas décadas.
Procurando abarcar a maior diversidade possível de temáticas (trabalho, pescas, agricultura, ambiente, cultura, entre tantas outras), estas iniciativas que contam com a presença dos deputados ao PE resultam num balanço concreto e verdadeiro do País que temos e da realidade que vivemos. É neste trabalho que também se reflecte a profunda relação entre a acção institucional e o contacto directo com a realidade e o povo, que sempre caracterizaram o PCP.
Por tudo isto, todos os dias são dias de luta. Mas hoje é especial, é diferente. Hoje, todo o País pode fazer ouvir a sua voz na defesa dos seus direitos, na exigência de um País mais justo e equitativo, na reclamação de outras políticas e de outro caminho para Portugal. Na defesa da Segurança Social, pelos direitos dos trabalhadores, pela despenalização da IVG, por pensões e reformas condignas, por um melhor Serviço Nacional de Saúde, por uma educação pública, gratuita e de qualidade, por um Portugal soberano, pela paz.
Hoje, todos os destinos convergem no Rossio. É dia de luta!