O REGRESSO DO OBSCURANTISMO
Querem convencer-nos novamente de que «é o sol que anda à volta da terra e não o contrário».
A subida eleitoral dos neonazis é um dos aspectos mais preocupantes dos resultados das eleições estaduais realizadas no último fim-de-semana na Alemanha. Desde que a social-democracia (SPD) e os partidos confessionais reunidos na união das democracias-cristãs (CDU/CSU) decidiram adoptar uma orientação política revanchista e abertamente reaccionária, a extrema-direita não pára de se reforçar. A generalização do descrédito da actividade politico-partidária provocada pelo processo de regressão social e democrática e pelo militarismo que se tem vindo a desenvolver na Alemanha desde o início dos anos noventa é igualmente responsável pela acentuada quebra da participação eleitoral, traduzida numa abstenção superior a 40%. Os neonazis do NPD são a força que mais sobe em percentagem e em número real de votos com um aumento de 0,8 para 7,3% no Mecklemburgo-Pomerânia Ocidental e com a entrada em Berlim para órgãos de quatro destritos com resultados que chegam a ultrapassar os 6%.
Para se compreender a facilidade com que a extrema-direita avança na Alemanha, é necessário ter presente que muitas das orientações políticas, que têm pautado os governos do SPD e da CDU nos últimos quinze anos, correspondem a aspectos programáticos, que, até 1990, só os partidos neonazis se atreviam a declarar abertamente, como, por exemplo, a presença de soldados alemães no mundo inteiro; a falsificação da história e a apresentação do povo alemão como vítima da libertação e não do regime de terror hitleriano; as provocações contra a Polónia, Kalininegrado e a República Checa a propósito da Silésia, da Prússia Oriental e dos Sudetas; a intensificação do anticomunismo e a criminalização como «terroristas» dos movimentos e das organizações de resistência contra a opressão; o reforço da aliança com um presidente norte-americano que procura legalizar a tortura, o rapto de prisioneiros, os esquadrões da morte e liquidar as disposições da Convenção de Genebra e do Direito Internacional que protegem as populações civis de massacres e bombardeamentos....
E, se até o Papa, esquecendo as suas responsabilidades se deixa enredar no turbilhão da guerra santa imperialista e na retórica da chamada «guerra contra o terrorismo», qual não será o efeito devastador produzido diariamente em milhões e milhões de seres humanos por uma infinidade de telejornais, noticiários, comentadores e analistas pregadores da cruzada obscurantista?
Mas, se o obscurantismo e o regresso a um passado, que se pensava definitivamente ultrapassado, constituem a base em que hoje assenta a política internacional das grandes potências capitalistas e um incentivo à ideologia nazi, o mesmo é válido para a política económica e antisocial dos governos que executam a agenda do grande capital e cuja doutrina visa essencialmente convencer as pessoas de que quanto maior for a miséria e menores os direitos dos trabalhadores e dos povos mais a economia florirá. Como afirma até um professor de sociologia económica da Faculdade de Teologia de Frankfurt querem convencer-nos novamente de que que «é o sol que anda à volta da terra e não o contrário».
Num momento histórico em que capitalismo e obscurantismo são sinónimos da mesma realidade cabe aos comunistas, enquanto força mais consequente na defesa de uma alternativa ao sistema vigente, assumir a seu papel histórico de esclarecer, resistir e impulsionar a luta por uma sociedade mais justa e mais democrática. Como aponta o final do Manifesto do Partido Comunista, é necessário quebrar as correntes com que o capital aprisiona os trabalhadores e a humanidade.
Para se compreender a facilidade com que a extrema-direita avança na Alemanha, é necessário ter presente que muitas das orientações políticas, que têm pautado os governos do SPD e da CDU nos últimos quinze anos, correspondem a aspectos programáticos, que, até 1990, só os partidos neonazis se atreviam a declarar abertamente, como, por exemplo, a presença de soldados alemães no mundo inteiro; a falsificação da história e a apresentação do povo alemão como vítima da libertação e não do regime de terror hitleriano; as provocações contra a Polónia, Kalininegrado e a República Checa a propósito da Silésia, da Prússia Oriental e dos Sudetas; a intensificação do anticomunismo e a criminalização como «terroristas» dos movimentos e das organizações de resistência contra a opressão; o reforço da aliança com um presidente norte-americano que procura legalizar a tortura, o rapto de prisioneiros, os esquadrões da morte e liquidar as disposições da Convenção de Genebra e do Direito Internacional que protegem as populações civis de massacres e bombardeamentos....
E, se até o Papa, esquecendo as suas responsabilidades se deixa enredar no turbilhão da guerra santa imperialista e na retórica da chamada «guerra contra o terrorismo», qual não será o efeito devastador produzido diariamente em milhões e milhões de seres humanos por uma infinidade de telejornais, noticiários, comentadores e analistas pregadores da cruzada obscurantista?
Mas, se o obscurantismo e o regresso a um passado, que se pensava definitivamente ultrapassado, constituem a base em que hoje assenta a política internacional das grandes potências capitalistas e um incentivo à ideologia nazi, o mesmo é válido para a política económica e antisocial dos governos que executam a agenda do grande capital e cuja doutrina visa essencialmente convencer as pessoas de que quanto maior for a miséria e menores os direitos dos trabalhadores e dos povos mais a economia florirá. Como afirma até um professor de sociologia económica da Faculdade de Teologia de Frankfurt querem convencer-nos novamente de que que «é o sol que anda à volta da terra e não o contrário».
Num momento histórico em que capitalismo e obscurantismo são sinónimos da mesma realidade cabe aos comunistas, enquanto força mais consequente na defesa de uma alternativa ao sistema vigente, assumir a seu papel histórico de esclarecer, resistir e impulsionar a luta por uma sociedade mais justa e mais democrática. Como aponta o final do Manifesto do Partido Comunista, é necessário quebrar as correntes com que o capital aprisiona os trabalhadores e a humanidade.