PCP rejeita criminalização da resistência
O PCP denunciou as «tentativas de criminalização da resistência» e reiterou a sua «frontal oposição» à classificação pelos EUA e a União Europeia das FARC como organização terrorista.
Pretende-se atacar a Festa e calar o apoio do Governo ao terrorismo de Estado
Para os comunistas portugueses, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Exército do Povo são uma «organização popular armada que há mais de 40 anos prossegue, entre outros objectivos, a luta pela real democracia na Colômbia e por uma justa e equitativa redistribuição da riqueza, dos recursos naturais da Colômbia e da posse e uso da terra».
Esta posição do PCP foi tornada pública no dia 7, depois de terem surgido na comunicação social notícias que davam conta da presença de membros de organizações «terroristas» – as FARC – na Festa do Avante!. Às notícias seguiu-se um conjunto de declarações do embaixador da Colômbia em Portugal e de elementos do Governo português.
Para o PCP, os princípios que norteiam os convites a partidos e organizações estrangeiras para a Festa do Avante!, «baseiam-se exclusivamente na sua política de relações internacionais e na solidariedade dos comunistas portugueses para com aqueles que, em todo o mundo, desenvolvem processos de resistência e luta contra as políticas anti-sociais, antidemocráticas e belicistas das principais potências imperialistas, ou de governos claramente manietados e instrumentalizados por essas potências». É este o caso do governo colombiano, sustenta o PCP.
Neste âmbito, prosseguem os comunistas, «estiveram em Portugal organizações de países e povos que prosseguem corajosamente processos de luta contra essas políticas». São disto exemplo, entre outros, o Partido Comunista Libanês, várias organizações palestinianas, nomeadamente a OLP, o Partido Comunista de Cuba ou o Partido Comunista da Boémia e Morávia. Da Colômbia, estiveram presentes delegações do Partido Comunista Colombiano e da Revista Resistência.
A exemplo de anos anteriores, esclarece o PCP, participaram na Festa do Avante!, a convite do Partido, 43 partidos e organizações progressistas de todo o mundo. Para os comunistas, isto transforma a iniciativa num «importante acontecimento internacional e num grande espaço de solidariedade internacionalista e de luta contra o imperialismo». Esta facto, por si só, é revelador dos «profundos laços de cooperação e amizade que o PCP mantém com partidos e povos de todo o mundo e que raramente é noticiado pela comunicação social portuguesa como um dos aspectos mais ricos da Festa do Avante!».
Esconder responsabilidades
Em declarações à comunicação social, o secretário-geral do PCP realçou a «grande solidariedade» com o movimento armado colombiano. E avançou mesmo que «a maior violação dos direitos humanos é impedir que um povo tenha direito à sua soberania e à sua liberdade». Comentando as declarações do embaixador da Colômbia em Portugal, que acusou o PCP de prestar o jogo do terrorismo, Jerónimo de Sousa foi peremptório, lembrando que aquele diplomata deveria antes «dar contas das razões que levaram ao assassinato, por exemplo, de 70 sindicalistas comunistas, atitudes terroristas contra o movimento sindical».
O PCP, adiantou Jerónimo de Sousa, «tem uma concepção diferente de terrorismo», que não a dos Estados Unidos e da União Europeia. «Pensamos que esta operação e esta deriva em relação à nossa Festa procura esconder a responsabilidade deste Governo em relação a actos de terrorismo de Estado, designadamente em relação à facilidade que permitiu que em território nacional se cometam como os voos da CIA, transportando prisioneiros à revelia do Direito Internacional», afirmou.
Esta posição do PCP foi tornada pública no dia 7, depois de terem surgido na comunicação social notícias que davam conta da presença de membros de organizações «terroristas» – as FARC – na Festa do Avante!. Às notícias seguiu-se um conjunto de declarações do embaixador da Colômbia em Portugal e de elementos do Governo português.
Para o PCP, os princípios que norteiam os convites a partidos e organizações estrangeiras para a Festa do Avante!, «baseiam-se exclusivamente na sua política de relações internacionais e na solidariedade dos comunistas portugueses para com aqueles que, em todo o mundo, desenvolvem processos de resistência e luta contra as políticas anti-sociais, antidemocráticas e belicistas das principais potências imperialistas, ou de governos claramente manietados e instrumentalizados por essas potências». É este o caso do governo colombiano, sustenta o PCP.
Neste âmbito, prosseguem os comunistas, «estiveram em Portugal organizações de países e povos que prosseguem corajosamente processos de luta contra essas políticas». São disto exemplo, entre outros, o Partido Comunista Libanês, várias organizações palestinianas, nomeadamente a OLP, o Partido Comunista de Cuba ou o Partido Comunista da Boémia e Morávia. Da Colômbia, estiveram presentes delegações do Partido Comunista Colombiano e da Revista Resistência.
A exemplo de anos anteriores, esclarece o PCP, participaram na Festa do Avante!, a convite do Partido, 43 partidos e organizações progressistas de todo o mundo. Para os comunistas, isto transforma a iniciativa num «importante acontecimento internacional e num grande espaço de solidariedade internacionalista e de luta contra o imperialismo». Esta facto, por si só, é revelador dos «profundos laços de cooperação e amizade que o PCP mantém com partidos e povos de todo o mundo e que raramente é noticiado pela comunicação social portuguesa como um dos aspectos mais ricos da Festa do Avante!».
Esconder responsabilidades
Em declarações à comunicação social, o secretário-geral do PCP realçou a «grande solidariedade» com o movimento armado colombiano. E avançou mesmo que «a maior violação dos direitos humanos é impedir que um povo tenha direito à sua soberania e à sua liberdade». Comentando as declarações do embaixador da Colômbia em Portugal, que acusou o PCP de prestar o jogo do terrorismo, Jerónimo de Sousa foi peremptório, lembrando que aquele diplomata deveria antes «dar contas das razões que levaram ao assassinato, por exemplo, de 70 sindicalistas comunistas, atitudes terroristas contra o movimento sindical».
O PCP, adiantou Jerónimo de Sousa, «tem uma concepção diferente de terrorismo», que não a dos Estados Unidos e da União Europeia. «Pensamos que esta operação e esta deriva em relação à nossa Festa procura esconder a responsabilidade deste Governo em relação a actos de terrorismo de Estado, designadamente em relação à facilidade que permitiu que em território nacional se cometam como os voos da CIA, transportando prisioneiros à revelia do Direito Internacional», afirmou.