Chile, 11 de Setembro de 1973

Milhares de pessoas prestaram este domingo homenagem ao presidente Salvador Allende e às milhares de vítimas do sangrento golpe militar orquestrado pelos EUA que há 33 anos mergulhou o Chile num ditadura sangrenta.
Respondendo ao apelo dos partidos Comunista e Socialista e da Assembleia Nacional dos Direitos Humanos, chilenos de todas as idades e camadas sociais desfilaram em Santiago, afirmando que está viva a memória do governo de unidade popular encabeçado por Allende em 1970 e derrubado pelo golpe militar de Augusto Pinochet, com o apoio da CIA, três anos depois, num 11 de Setembro que Washington e os seus aliados não gostam de lembrar.
As feridas abertas pela ditadura estão ainda longe de cicatrizar: o povo do Chile continua à espera que sejam punidos os responsáveis por mais de 5000 mortos e desaparecidos.
Lorena Pizarro, presidente da «Agrupación de Familiares Detenidos Desparecidos» (AFDD), sublinhou justamente que a justiça social, os direitos humanos e a luta pela verdade e contra a impunidade devem estar no centro da política do actual governo da presidente Michelle Bachelet (socialista), e instou o executivo a convocar um referendo para aprofundar a democracia.
Juan José Lagos, membro da Comissão Política do Partido Comunista, destacou por seu lado o tradicional carácter unitário da manifestação, que contou pela primeira vez com a participação conjunta de socialistas, comunistas e outras forças de esquerda e progressistas.


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