O fim do poder «laranja»
O parlamento ucraniano aprovou, na sexta-feira, dia 4, a designação de Viktor Ianukovitch para o cargo de primeiro-ministro, cinco meses passados sobre as legislativas, cujos resultados penalizaram os partidos da chamada «revolução laranja».
O resultado das legislativas revelou decepção com o poder «laranja»
Em Dezembro de 2004, Ianukovitch perdeu as presidenciais para o actual chefe de Estado, Viktor Iouchtchenko, após seis semanas de manifestações contra alegadas fraudes eleitorais, que culminaram com a realização de uma terceira volta e a vitória do candidato pró-ocidental.
Contudo, chegado ao poder, o bloco «laranja» revelou-se incapaz de responder aos problemas do país, e não tardou a perder o apoio popular. Nas recentes legislativas realizadas em 26 de Março, o Partido das Regiões, liderado por Ianukovicth, torna-se a força mais votada, com 32 por cento.
Contudo, o seu peso só se torna decisivo quando, em 7 de Julho, recebe o apoio do Partido Socialista, que se afasta da coligação laranja que até aqui integrara.
Sem outra alternativa que não fosse a dissolução do hemiciclo, o presidente Viktor Iuchtchenko vê-se forçado a indicar o seu rival Ianukovitch para o cargo de primeiro-ministro, com o qual estabelece um pacto político procurando salvaguardar algumas premissas da sua «revolução».
Adesão à NATO vai a referendo
O acordo prevê que o país continue a sua política de aproximação com a União Europeia e a entrada na Organização Mundial do Comércio, assim como mantém em aberto a questão de uma eventual adesão à NATO. Todavia, este objectivo tornado prioritário pelos líderes «laranja», fica agora condicionado à realização de um referendo popular, ou seja, a sua concretização está posta em causa já que a maioria dos ucranianos não vê com bons olhos a Aliança Atlântica.
Por outro lado, o texto de consenso admite ainda a continuação do ucraniano como a única língua oficial, mas prevê algumas alterações à actual lei no sentido de permitir o uso de outras línguas correntes, em particular do russo que é o segundo idioma do país, no relacionamento dos cidadãos com a justiça e a administração.
No novo governo, o partido de Inaukovicth obtém 15 das 24 pastas ministeriais, controlando os postos chave da economia, embora as pastas da Política Externa e da Defesa se mantenham dentro influência do presidente, o qual, tirando partido dos seus poderes constitucionais, reconduziu Boris Tarassiouk e Anatoli Gristsenko, dois pró-ocidentais assumidos, para os referidos cargos respectivamente.
Entretanto, os correligionários do presidente Iuchtchenko acusam-no de ter traído a «revolução laranja», observando que «perdeu praticamente todo o poder, o seu partido perdeu o seu eleitorado e metade do país perdeu a confiança nos seus dirigentes», como afirmava no sábado, dia 5, o semanário Dzerkalo Tyjnia.
Contudo, chegado ao poder, o bloco «laranja» revelou-se incapaz de responder aos problemas do país, e não tardou a perder o apoio popular. Nas recentes legislativas realizadas em 26 de Março, o Partido das Regiões, liderado por Ianukovicth, torna-se a força mais votada, com 32 por cento.
Contudo, o seu peso só se torna decisivo quando, em 7 de Julho, recebe o apoio do Partido Socialista, que se afasta da coligação laranja que até aqui integrara.
Sem outra alternativa que não fosse a dissolução do hemiciclo, o presidente Viktor Iuchtchenko vê-se forçado a indicar o seu rival Ianukovitch para o cargo de primeiro-ministro, com o qual estabelece um pacto político procurando salvaguardar algumas premissas da sua «revolução».
Adesão à NATO vai a referendo
O acordo prevê que o país continue a sua política de aproximação com a União Europeia e a entrada na Organização Mundial do Comércio, assim como mantém em aberto a questão de uma eventual adesão à NATO. Todavia, este objectivo tornado prioritário pelos líderes «laranja», fica agora condicionado à realização de um referendo popular, ou seja, a sua concretização está posta em causa já que a maioria dos ucranianos não vê com bons olhos a Aliança Atlântica.
Por outro lado, o texto de consenso admite ainda a continuação do ucraniano como a única língua oficial, mas prevê algumas alterações à actual lei no sentido de permitir o uso de outras línguas correntes, em particular do russo que é o segundo idioma do país, no relacionamento dos cidadãos com a justiça e a administração.
No novo governo, o partido de Inaukovicth obtém 15 das 24 pastas ministeriais, controlando os postos chave da economia, embora as pastas da Política Externa e da Defesa se mantenham dentro influência do presidente, o qual, tirando partido dos seus poderes constitucionais, reconduziu Boris Tarassiouk e Anatoli Gristsenko, dois pró-ocidentais assumidos, para os referidos cargos respectivamente.
Entretanto, os correligionários do presidente Iuchtchenko acusam-no de ter traído a «revolução laranja», observando que «perdeu praticamente todo o poder, o seu partido perdeu o seu eleitorado e metade do país perdeu a confiança nos seus dirigentes», como afirmava no sábado, dia 5, o semanário Dzerkalo Tyjnia.