Governo retrocede na luta contra a droga
«São já evidentes as linhas de orientação para, progressivamente, ir deixando cair as responsabilidades do Estado na rede pública de atendimento e tratamento e para privilegiar as “parcerias” e a “complementaridade” com os privados», denunciou Carlos Carvalhas anteontem à tarde. O secretário-geral do PCP interveio no debate sobre «Toxicodependência – não ao retrocesso na prevenção e tratamento, reforçar o apoio e reinserção social», levado a cabo no âmbito da campanha «Em movimento, por um Portugal com futuro», em vésperas do Dia Internacional contra o abuso e o tráfico ilícito de drogas.
Carvalhas recordou que, depois de muitos anos em que «quase nada se fez para responder ao agravamento da situação», houve, nos anos noventa, avanços significativos, «fruto da pressão popular e de iniciativas políticas a que o PCP deu um importante contributo». Mas «com o Governo PSD/CDS-PP as respostas aos problemas regrediram», implantando-se um Instituto das Drogas e Toxicodependência «com uma concepção mais centralista e partidarizada».
Para o PCP, «a prolongada paralisia do dito Instituto, a ausência de respostas às solicitações e necessidades urgentes e o não cumprimento de compromissos, bem como o desinvestimento e o subfinanciamento e a deliberada hemorragia dos seus preciosos meios humanos, são orientações que visam concretizar a privatização progressiva dos meios do Estado e caminhar para uma mera coordenação dos meios privados, pondo em perigo a universalidade do acesso dos toxicodependentes aos cuidados de saúde», disse Carlos Carvalhas.
No debate participaram ainda, entre outros, Francisco Lopes (membro da Comissão Política do PCP), Carlos Gonçalves (do Comité Central), Bruno Dias (deputado), João Goulão (médico no Instituto da Droga e Toxicodependência), Diniz de Almeida (médico-psicólogo no Centro da Fonte da Prata) e Inês Zuber (da Comissão Política da JCP).
Carvalhas recordou que, depois de muitos anos em que «quase nada se fez para responder ao agravamento da situação», houve, nos anos noventa, avanços significativos, «fruto da pressão popular e de iniciativas políticas a que o PCP deu um importante contributo». Mas «com o Governo PSD/CDS-PP as respostas aos problemas regrediram», implantando-se um Instituto das Drogas e Toxicodependência «com uma concepção mais centralista e partidarizada».
Para o PCP, «a prolongada paralisia do dito Instituto, a ausência de respostas às solicitações e necessidades urgentes e o não cumprimento de compromissos, bem como o desinvestimento e o subfinanciamento e a deliberada hemorragia dos seus preciosos meios humanos, são orientações que visam concretizar a privatização progressiva dos meios do Estado e caminhar para uma mera coordenação dos meios privados, pondo em perigo a universalidade do acesso dos toxicodependentes aos cuidados de saúde», disse Carlos Carvalhas.
No debate participaram ainda, entre outros, Francisco Lopes (membro da Comissão Política do PCP), Carlos Gonçalves (do Comité Central), Bruno Dias (deputado), João Goulão (médico no Instituto da Droga e Toxicodependência), Diniz de Almeida (médico-psicólogo no Centro da Fonte da Prata) e Inês Zuber (da Comissão Política da JCP).