Defender a água pública

A Direcção da Organização Regional de Setúbal do PCP está a promover uma campanha em defesa da gestão pública da água. A campanha consta da recolha de assinaturas junto da população. Os postais serão depois entregues ao primeiro-ministro.
A campanha foi anunciada em conferência de imprensa, realizada no dia 12, com a presença dos membros da DORS Valdemar Santos e Carlos de Sousa. Rejeitando que a água possa ser considerada como um produto – até porque não é produzida – a direcção comunista de Setúbal considera que a sua gestão «só pode ser concebida e admitida como um bem comum».
«Na defesa, promoção e qualificação do serviço público enquanto pedra angular de uma sociedade mais justa e solidária, o PCP sempre colocou a defesa da água como um bem público e universal na linha da frente», afirma a DORS. Foi precisamente nestes termos, recordou, que os comunistas intervieram na Assembleia da República através de iniciativas legislativas.
Nas eleições autárquicas do ano passado, no compromisso regional da CDU, foi colocada a criação de um «Sistema Intermunicipal de Abastecimento de Água em Alta» como uma das prioridades. A CDU obteve, na península, a maioria em oito dos nove concelhos.
O PCP acusa o Governo de ter tornado a água «ainda mais vulnerável à voragem privatizadora da direita e de quem a ela se alia». Após retirar a água para abastecimento público do domínio municipal, o executivo alterou o regime jurídico da Águas de Portugal, para preparar o caminho para a sua privatização. Com esta campanha, os comunistas renovaram o seu compromisso de tudo fazer para impedir que a água se transforme naquilo a que já se chama o «negócio do século».


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