Comunistas contra o desemprego

Inverter a situação actual

A concelhia do Barreiro do PCP promove uma campanha «contra o desemprego e pelo emprego com direitos» que termina amanhã, com um comício.

Para além do desemprego aumenta a exploração, com o pacote laboral

Os comunistas do Barreiro estão a promover, desde o dia 9, uma campanha de contacto directo com os trabalhadores do concelho. Com o lema «Contra o desemprego e pelo emprego com direitos», a campanha tem o objectivo de denunciar a situação que se vive actualmente nas empresas, bem como apresentar as propostas do PCP para a sua resolução. O desemprego atinge, no Barreiro, mais de 4200 trabalhadores, ou seja, 11 por cento da sua população. No último ano, este aumentou à média de 100 novos desempregados por mês.
Os comunistas do Barreiro consideram que esta situação pode ainda agravar-se num futuro imediato, lembrando o processo de falência da Plasquisa, com cerca de 80 trabalhadores; a situação actual da ADP, cuja administração pretende reduzir 100 postos de trabalho; o futuro incerto da EMEF, com mais de 250 trabalhadores; e a intenção de privatização da Soflusa, que emprega actualmente 240 pessoas. Considerando que a situação actual se deve, em grande medida, à destruição do aparelho produtivo operada nos anos 80 e 90 pelos governos do PSD, PS e CDS/PP, os comunistas barreirenses consideram a reconversão da Quimiparque «um factor determinante para o futuro social e económico do concelho». Esta reconversão, defende o PCP, deve ter em conta a «afirmação do Barreiro como pólo importante na produção de riqueza para a região e para o País». A existência de um forte sector ferroviário, público, é outra factor que os comunistas consideram importante.

Vila Franca de Xira

A Comissão Concelhia de Vila Franca de Xira, promoveu, no dia 2 de Junho, com a participação do vereador da CDU José Neves e do deputado António Filipe, uma jornada de contactos e encontros com IPSS, organizações sociais e sindicais e comissões de trabalhadores, que acabaram por confirmar as preocupações do PCP: mantêm-se os baixos salários, aumentou o desemprego e os despedimentos de trabalhadores abrangem todos os sectores sociais. Os casos mais significativos são os da OGMA (400), Centralcer (200 só nos cinco primeiros meses) e Cimianto (onde está previsto o despedimento de 70 dos seus 170 trabalhadores.
As organizações de trabalhadores denunciaram também outras situações como as que se verificam na OGMA, onde se pretende retirar as 75 horas que os trabalhadores têm para utilizar segundo as suas necessidades e a redução de 50% nas ajudas de custo; na Cimpor e na Solvay, onde os horários não são cumpridos; na Dancake, onde é proibida a sindicalização e ainda noutras empresas onde este ano não houve qualquer aumento salarial. O PCP, para minorar os impactos da situação, promete continuar a tomar iniciativas na Assembleia da República.

Santarém

A Direcção da Organização Regional de Santarém (DORSA) do PCP está também empenhada na denúncia da situação actual que se vive no País e no distrito. Neste, encontravam-se inscritos nos centros de emprego, cerca de 16 500, o que representa um acréscimo anual de 21 por cento. Nestes centros, apenas se encontravam registadas 470 ofertas de emprego, ou seja 35 desempregados para cada oferta. Os concelhos mais afectados são os Santarém e Abrantes, com 2 mil inscritos, e Torres Novas, Salvaterra de Magos, Almeirim, Benavente, Coruche e Tomar, com mais de mil.
Os sectores de actividade mais afectados, pelo menos segundo o que se pode depreender pelas profissões dos desempregados inscritos, são a construção civil, agricultura, serviços, segurança, comércio, escritórios e metalurgia. Mas também se encontra, lembra o PCP, um elevado número de intelectuais, cientistas e quadros intermédios, que ultrapassavam os 1 600 em Abril. As mulheres, representando 60% dos inscritos, são as principais afectadas.


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