Tribunal condena por prática de aborto
O Tribunal de Aveiro condenou, na passada semana, três mulheres por prática de aborto, bem como o médico e a sua colaboradora. MDM exige despenalização do aborto, na Assembleia da República, até às 12 semanas.
É hora de devolver às mulheres o seu direito a decidir, sem prejuízos de terceiros
«Esta sentença vem confirmar que a actual lei penaliza, efectivamente, as mulheres que se vêem na terrível situação de recorrer ao aborto clandestino. Ao contrário do que muitos têm alegado, a actual lei não é inócua e está a ser aplicada», denuncia, em nota de imprensa, o Movimento Democrático de Mulheres (MDM).
«Os exames ginecológicos na primeira sentença por serem considerados ilegais, demonstram bem o modo como as investigações obtêm provas, sem olhar a meios», continua, sublinhando que esta medida traduz-se «num total desrespeito por estas mulheres e pela sua integridade física e moral bem como as claras intenções persecutórias e repressivas que envolvem estes processos».
«Este desfecho vem revelar a justeza da solidariedade, sempre demonstrada por nós para com as mulheres acusadas de prática de aborto clandestino, e confirmar que as reivindicações do MDM relativamente à alteração do actual quadro penal nesta matéria é uma necessidade com carácter de urgência», acentua o movimento.
Para o MDM , manter a clandestinidade do aborto, «é atentar contra a saúde e dignidade da mulher, é dar cobertura à vil hipocrisia dos que defendem a igualdade e os direitos das mulheres, ao mesmo tempo que pretendem omitir que elas têm capacidade de ajuizar e decidir sobre a sua vida reprodutiva. É hora de devolver às mulheres o seu direito a decidir, sem prejuízos de terceiros.»
«Não podemos adiar por mais tempo a solução deste problema. Apenas a alteração da lei do aborto porá fim a estas vergonhosas investigações e julgamentos que humilham a condição de ser mulher. A Assembleia da República tem uma maioria que não pode adiar mais pôr fim a estas atrocidades», exige o MDM.
Despenalização da IVG
Também a JCP manifestou a sua solidariedade. «Enquanto o PS e o BE debatem a realização de um novo referendo, as mulheres continuam a ser humilhadas e a serem tratadas como criminosas», asseguram os jovens comunistas, exigindo que a despenalização da Interrupção Voluntária da Gravidez «seja aprovada na Assembleia da República, o único órgão e com competências para alterar o Código Penal».
Esta é também a opinião do Partido Ecologista «Os Verdes». «Neste eterno adiamento da alteração da lei, os partidos responsáveis pela manutenção de uma lei criminosa e hipócrita, tornam-se cúmplices do aborto clandestino (um drama em termos de saúde pública) e das sentenças judiciais que vão entretanto decorrendo e criminalizando mulheres que praticam aborto», acusam.
Por seu lado, a União dos Sindicatos de Aveiro, considerando «chocante» a actual situação, também reclamou das forças políticas portuguesas que têm maioria no Parlamento «uma rápida resolução para esta situação».
«Os exames ginecológicos na primeira sentença por serem considerados ilegais, demonstram bem o modo como as investigações obtêm provas, sem olhar a meios», continua, sublinhando que esta medida traduz-se «num total desrespeito por estas mulheres e pela sua integridade física e moral bem como as claras intenções persecutórias e repressivas que envolvem estes processos».
«Este desfecho vem revelar a justeza da solidariedade, sempre demonstrada por nós para com as mulheres acusadas de prática de aborto clandestino, e confirmar que as reivindicações do MDM relativamente à alteração do actual quadro penal nesta matéria é uma necessidade com carácter de urgência», acentua o movimento.
Para o MDM , manter a clandestinidade do aborto, «é atentar contra a saúde e dignidade da mulher, é dar cobertura à vil hipocrisia dos que defendem a igualdade e os direitos das mulheres, ao mesmo tempo que pretendem omitir que elas têm capacidade de ajuizar e decidir sobre a sua vida reprodutiva. É hora de devolver às mulheres o seu direito a decidir, sem prejuízos de terceiros.»
«Não podemos adiar por mais tempo a solução deste problema. Apenas a alteração da lei do aborto porá fim a estas vergonhosas investigações e julgamentos que humilham a condição de ser mulher. A Assembleia da República tem uma maioria que não pode adiar mais pôr fim a estas atrocidades», exige o MDM.
Despenalização da IVG
Também a JCP manifestou a sua solidariedade. «Enquanto o PS e o BE debatem a realização de um novo referendo, as mulheres continuam a ser humilhadas e a serem tratadas como criminosas», asseguram os jovens comunistas, exigindo que a despenalização da Interrupção Voluntária da Gravidez «seja aprovada na Assembleia da República, o único órgão e com competências para alterar o Código Penal».
Esta é também a opinião do Partido Ecologista «Os Verdes». «Neste eterno adiamento da alteração da lei, os partidos responsáveis pela manutenção de uma lei criminosa e hipócrita, tornam-se cúmplices do aborto clandestino (um drama em termos de saúde pública) e das sentenças judiciais que vão entretanto decorrendo e criminalizando mulheres que praticam aborto», acusam.
Por seu lado, a União dos Sindicatos de Aveiro, considerando «chocante» a actual situação, também reclamou das forças políticas portuguesas que têm maioria no Parlamento «uma rápida resolução para esta situação».