Acentua-se a crise no Vale do Ave

A União dos Sindicatos de Braga alertou, dia 16, para o acentuar dos problemas estruturais na região, apesar das promessas de planos e de milhões anunciadas pelos sucessivos governos.
Com 15 por cento de desempregados, prosseguem «o encerramento de empresas, os salários em atraso, a violação de direitos, a proliferação da precariedade, o aumento da economia paralela e clandestina, os ataques aos direitos, à Segurança Social, à Saúde, ao ensino público e à educação, aos direitos contratuais e as agressões ambientais».
A USB/CGTP-IN apresenta três exemplos da crise.
O primeiro, a Col­chas S. Do­mingos, em Vizela, tem como administrador, Francisco Ferreira, também presidente da Câmara Municipal. Aqui, a administração tenta despedir «pagando 20 por cento das indemnizações» e apenas o mês em atraso de Maio a quem aceite a rescisão. Recentemente, a Câmara negou o salão da Casa do Povo para uma reunião de trabalhadores, justificando que o assunto não era do interesse municipal.
Na Va­rela & Ma­cedo Lda, no parque industrial de S. João da Ponte, Carlos Santos Varela, «recomendado na União Europeia pela AMAVE e o município de Guimarães como um empresário modelo», «apoiado por fundos comunitários e condecorado pelo Município» tem salários em atraso, «reprime e provoca os trabalhadores» e «usa métodos individuais de perseguição a quem recusa rescindir».
Na Krom­berg, no parque industrial, decorre um novo despedimento colectivo, «violando toda a legislação laboral e desafiando o poder político, a IGT e as fiscalizações, que assistem impávidos e serenos a estes desmandos».


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