CDU contra liberalização dos SMAS
Rui Sá, vereador da CDU na Câmara do Porto, acusou, na passada semana, Rui Rio, presidente da autarquia, de pretender denegrir a sua gestão dos Serviços Municipalizados de Águas e Saneamento (SMAS) para fundamentar a transformação desta estrutura em empresa municipal.
«Rui Rio procura justificar e “criar ambiente” para a aplicação de uma lógica liberalizante também aos SMAS», disse, em conferência de imprensa convocada para responder ao que considerou como «um ataque» à sua gestão e aos trabalhadores dos SMAS.
«Os primeiros anúncios sobre a concessão de serviços de limpeza e de manutenção de jardins a privados e as intenções sobre os SMAS são as duas faces da mesma moeda» afirmou.
Rui Sá foi o responsável pelo pelouro do Ambiente durante o anterior mandato autárquico, cabendo-lhe nessa qualidade a presidência do Conselho de Administração dos SMAS.
Dias antes, em conferência de imprensa, Rui Rio imputou indirectamente ao vereador comunista responsabilidades pelo «descalabro» da gestão financeira dos SMAS no mandato anterior.
Os SMAS terminaram 2005 com um saldo negativo de 392 mil euros, um número que resulta de correcções realizadas no âmbito de uma auditoria onde foi detectado, segundo Rui Rio, «um conjunto de situações de falta de transparência contabilística e erros técnicos graves com impacto nos resultados do exercício de 2005 e nos de anos anteriores».
Afirmando que a actual situação dos SMAS não se pode manter, Rui Rio apontou novamente como solução a sua passagem a empresa municipal.
Importantes alterações
O vereador comunista considerou que as afirmações de Rui Rio procuram escamotear o facto que a auditoria externa foi pedida por si próprio (Rui Sá) quando ainda se encontrava em funções no pelouro do Ambiente e «escondem que alguns dos problemas contabilísticos apontados datam de há mais de 15 anos, já tinham sido detectados e encontravam-se em vias de resolução».
Rui Sá fez um balanço da sua gestão na presidência dos SMAS, apontando, nomeadamente, «as importantes alterações de gestão e a recuperação económica da empresa efectuada durante os últimos quatro anos», que permitiram aos SMAS sair da difícil situação financeira em que se encontravam no início do anterior mandato.
Destacou ainda a sua acção na contabilização real das perdas de água, que chegavam aos 56 por cento, a substituição de mais de 50 quilómetros de condutas (em 777 km de rede existente), a substituição de contadores antigos (responsáveis por parte da não contabilização de água de facto gasta), à razão de 20 mil por ano e o aumento da capacidade de intervenção na reparação de roturas.
Acresce ainda, segundo Rui Sá, a melhoria do serviço prestado a nível do tratamento de esgotos, graças à entrada em serviço da ETAR do Freixo, que possibilitou o aumento da capacidade de tratamento de 13 mil para 45 mil metros cúbicos por dia, assim como a optimização conseguida ao nível dos resultados operacionais, da ordem dos 28 por cento.
«Rui Rio procura justificar e “criar ambiente” para a aplicação de uma lógica liberalizante também aos SMAS», disse, em conferência de imprensa convocada para responder ao que considerou como «um ataque» à sua gestão e aos trabalhadores dos SMAS.
«Os primeiros anúncios sobre a concessão de serviços de limpeza e de manutenção de jardins a privados e as intenções sobre os SMAS são as duas faces da mesma moeda» afirmou.
Rui Sá foi o responsável pelo pelouro do Ambiente durante o anterior mandato autárquico, cabendo-lhe nessa qualidade a presidência do Conselho de Administração dos SMAS.
Dias antes, em conferência de imprensa, Rui Rio imputou indirectamente ao vereador comunista responsabilidades pelo «descalabro» da gestão financeira dos SMAS no mandato anterior.
Os SMAS terminaram 2005 com um saldo negativo de 392 mil euros, um número que resulta de correcções realizadas no âmbito de uma auditoria onde foi detectado, segundo Rui Rio, «um conjunto de situações de falta de transparência contabilística e erros técnicos graves com impacto nos resultados do exercício de 2005 e nos de anos anteriores».
Afirmando que a actual situação dos SMAS não se pode manter, Rui Rio apontou novamente como solução a sua passagem a empresa municipal.
Importantes alterações
O vereador comunista considerou que as afirmações de Rui Rio procuram escamotear o facto que a auditoria externa foi pedida por si próprio (Rui Sá) quando ainda se encontrava em funções no pelouro do Ambiente e «escondem que alguns dos problemas contabilísticos apontados datam de há mais de 15 anos, já tinham sido detectados e encontravam-se em vias de resolução».
Rui Sá fez um balanço da sua gestão na presidência dos SMAS, apontando, nomeadamente, «as importantes alterações de gestão e a recuperação económica da empresa efectuada durante os últimos quatro anos», que permitiram aos SMAS sair da difícil situação financeira em que se encontravam no início do anterior mandato.
Destacou ainda a sua acção na contabilização real das perdas de água, que chegavam aos 56 por cento, a substituição de mais de 50 quilómetros de condutas (em 777 km de rede existente), a substituição de contadores antigos (responsáveis por parte da não contabilização de água de facto gasta), à razão de 20 mil por ano e o aumento da capacidade de intervenção na reparação de roturas.
Acresce ainda, segundo Rui Sá, a melhoria do serviço prestado a nível do tratamento de esgotos, graças à entrada em serviço da ETAR do Freixo, que possibilitou o aumento da capacidade de tratamento de 13 mil para 45 mil metros cúbicos por dia, assim como a optimização conseguida ao nível dos resultados operacionais, da ordem dos 28 por cento.