Fecho de colégio da Casa Pia contestado
Estudantes, encarregados de educação e funcionários do Colégio de Santa Clara, da Casa Pia de Lisboa, protestaram contra o encerramento da instituição, na semana passada.
Querem transferir os 300 alunos, para uma escola pior com 600 alunos
«Neste país fecham tudo: escolas, hospitais, maternidades e farmácias. As pessoas não contam nada, outros interesses sobrepõem-se. Neste caso, consta que o objectivo do encerramento do colégio é transformar este edifício, que está bem conservado, num hotel de luxo, aqui junto ao Panteão Nacional», afirmou à agência Lusa a mãe de um aluno.
«No final do ano lectivo, em Setembro, talvez já se saiba o que vão fazer com estas instalações, onde há tantas décadas funciona este colégio, que tanto bem fez e devia continuar a fazer à população desta zona, na sua maioria gente carenciada», comentou outra encarregada de educação.
«Querem transferir os 300 alunos desta escola para outra, já com 600 alunos, com piores condições. Já encerraram uma escola primária aqui na zona, agora querem-nos tirar o Colégio de Santa Clara. É inadmissível», declarou a presidente da Junta de Freguesia de Santo Estêvão, Maria de Lurdes Pinheiro.
Luís Esteves, do Sindicato da Função Pública do Sul e Açores, adiantou que, dos 70 funcionários, cerca de 30 encontram-se em situação precária, em regime de contrato a prazo ou recibo verde. «Se a escola fechar, correm sérios riscos de despedimento», sublinhou, acrescentando que «os pais estão a pensar na hipótese de avançar com uma providência cautelar» para tentar impedir o encerramento da escola.
«O Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social, que tem a tutela da Casa Pia e quer desenvolver um processo de reestruturação da instituição, tem aqui graves responsabilidades», disse Luís Esteves.
Decisão economicista
Em nota à comunicação social, o Sindicato da Função Pública consideram que esta decisão «é essencialmente economicista, pois, como referiu a Comissão Instaladora, o objectivo é reduzir “despesas de funcionamento, de água, luz, gás e manutenção”».
«Não referiu a Comissão Instaladora a poupança que também poderá vir a realizar com o possível despedimento de trabalhadores, especialmente os contratados», comenta o sindicato, referindo que aquele órgão «não se compromete com nada, apesar do que foi prometido e das falinhas mansas feitas pela antiga direcção de Santa Clara».
«Também os trabalhadores do quadro têm sérios motivos para duvidar da bondade das promessas, pois podem com alguma facilidade ser enviados para o quadro dos supranumerários, tendo em conta a intenção do Governo de se livrar do maior número de funcionários públicos possível», salienta.
A Comissão Instaladora do Colégio de Santa Clara informou recentemente os encarregados de educação e os funcionários da intenção de encerrar o estabelecimento de ensino no final deste ano lectivo e transferir os alunos para o Colégio Maria Pia, em Xabregas. O Colégio de Santa Clara ministra do ensino pré-escolar ao nono ano de escolaridade. Contiguamente funciona o Lar António do Couto e o Lar Soares Franco, em regime de internato.
«No final do ano lectivo, em Setembro, talvez já se saiba o que vão fazer com estas instalações, onde há tantas décadas funciona este colégio, que tanto bem fez e devia continuar a fazer à população desta zona, na sua maioria gente carenciada», comentou outra encarregada de educação.
«Querem transferir os 300 alunos desta escola para outra, já com 600 alunos, com piores condições. Já encerraram uma escola primária aqui na zona, agora querem-nos tirar o Colégio de Santa Clara. É inadmissível», declarou a presidente da Junta de Freguesia de Santo Estêvão, Maria de Lurdes Pinheiro.
Luís Esteves, do Sindicato da Função Pública do Sul e Açores, adiantou que, dos 70 funcionários, cerca de 30 encontram-se em situação precária, em regime de contrato a prazo ou recibo verde. «Se a escola fechar, correm sérios riscos de despedimento», sublinhou, acrescentando que «os pais estão a pensar na hipótese de avançar com uma providência cautelar» para tentar impedir o encerramento da escola.
«O Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social, que tem a tutela da Casa Pia e quer desenvolver um processo de reestruturação da instituição, tem aqui graves responsabilidades», disse Luís Esteves.
Decisão economicista
Em nota à comunicação social, o Sindicato da Função Pública consideram que esta decisão «é essencialmente economicista, pois, como referiu a Comissão Instaladora, o objectivo é reduzir “despesas de funcionamento, de água, luz, gás e manutenção”».
«Não referiu a Comissão Instaladora a poupança que também poderá vir a realizar com o possível despedimento de trabalhadores, especialmente os contratados», comenta o sindicato, referindo que aquele órgão «não se compromete com nada, apesar do que foi prometido e das falinhas mansas feitas pela antiga direcção de Santa Clara».
«Também os trabalhadores do quadro têm sérios motivos para duvidar da bondade das promessas, pois podem com alguma facilidade ser enviados para o quadro dos supranumerários, tendo em conta a intenção do Governo de se livrar do maior número de funcionários públicos possível», salienta.
A Comissão Instaladora do Colégio de Santa Clara informou recentemente os encarregados de educação e os funcionários da intenção de encerrar o estabelecimento de ensino no final deste ano lectivo e transferir os alunos para o Colégio Maria Pia, em Xabregas. O Colégio de Santa Clara ministra do ensino pré-escolar ao nono ano de escolaridade. Contiguamente funciona o Lar António do Couto e o Lar Soares Franco, em regime de internato.