Na encruzilhada da paz
Cinco milhões de israelitas foram terça-feira às urnas para escolher os 120 deputados do parlamento do país (Knesset) e o governo para os próximos quatro anos.
Muito embora o boletim de voto contenha 31 partidos concorrentes, o futuro executivo de Tel Avive deverá emergir da correlação de forças entre as três maiores formações políticas, os tradicionais «Partido Trabalhista» e «Likud», e o recentemente criado «Kadima», formado por Ariel Sharon pouco antes do colapso cerebral que o afastou da política em Janeiro último.
Durante a campanha, o tema da segurança, dos colonatos nos territórios ocupados e das negociações de paz com os vizinhos palestinianos estiveram, como sempre, no centro das atenções, mas o crescimento da miséria entre o povo e o aprofundamento do fosso entre ricos e pobres obrigaram alguns candidatos a falar de problemas internos sem se refugiarem na política do «medo do inimigo».
As últimas sondagens dão vantagem ao «Kadima» do primeiro-ministro interino, Ehud Olmert, embora o ex-sindicalista e líder dos trabalhistas, Amir Peretz, tenha granjeado um considerável apoio popular, facto para o qual contribuiu o destaque dado às políticas e propostas de coesão social, e à disposição manifestada de chegar a um acordo com a Autoridade Nacional Palestiniana (ANP).
Apesar de tudo, os israelitas parecem estar mais alheados do sufrágio do que habitualmente, o que faz antever uma subida drástica da abstenção em valores que podem ultrapassar os dez pontos percentuais relativamente ao acto anterior.
No mesmo dia, o parlamento palestiniano continuou a sessão de tomada de posse do novo governo da ANP, liderado por Ismail Haniyeh, do Hamas.
No discurso inaugural, feito por videoconferência devido à impossibilidade imposta por Israel de permitir a deslocação de Haniyeh da Faixa de Gaza para a Cisjordânia, o primeiro-ministro declarou-se empenhado na construção da paz e da justiça para o povo palestiniano.
Muito embora o boletim de voto contenha 31 partidos concorrentes, o futuro executivo de Tel Avive deverá emergir da correlação de forças entre as três maiores formações políticas, os tradicionais «Partido Trabalhista» e «Likud», e o recentemente criado «Kadima», formado por Ariel Sharon pouco antes do colapso cerebral que o afastou da política em Janeiro último.
Durante a campanha, o tema da segurança, dos colonatos nos territórios ocupados e das negociações de paz com os vizinhos palestinianos estiveram, como sempre, no centro das atenções, mas o crescimento da miséria entre o povo e o aprofundamento do fosso entre ricos e pobres obrigaram alguns candidatos a falar de problemas internos sem se refugiarem na política do «medo do inimigo».
As últimas sondagens dão vantagem ao «Kadima» do primeiro-ministro interino, Ehud Olmert, embora o ex-sindicalista e líder dos trabalhistas, Amir Peretz, tenha granjeado um considerável apoio popular, facto para o qual contribuiu o destaque dado às políticas e propostas de coesão social, e à disposição manifestada de chegar a um acordo com a Autoridade Nacional Palestiniana (ANP).
Apesar de tudo, os israelitas parecem estar mais alheados do sufrágio do que habitualmente, o que faz antever uma subida drástica da abstenção em valores que podem ultrapassar os dez pontos percentuais relativamente ao acto anterior.
No mesmo dia, o parlamento palestiniano continuou a sessão de tomada de posse do novo governo da ANP, liderado por Ismail Haniyeh, do Hamas.
No discurso inaugural, feito por videoconferência devido à impossibilidade imposta por Israel de permitir a deslocação de Haniyeh da Faixa de Gaza para a Cisjordânia, o primeiro-ministro declarou-se empenhado na construção da paz e da justiça para o povo palestiniano.