A luta é pelos salários
Na empresa «Flor do Campo», em Santo Tirso, a administração continua em falta para com os trabalhadores. Com salários e subsídios de férias e de Natal por receber, resistindo às ameaças, muitos são os que se mantêm firmes na greve.
Dedicada há mais de 70 anos ao sector têxtil, a Flor do Campo tem vivido dias difíceis, designadamente para os seus cerca de 400 trabalhadores, que nos últimos dois anos deixaram de receber os seus salários a tempo e horas.
Incumprimento da entidade patronal que não deixou outra alternativa aos trabalhadores que não fosse avançar para a greve no início de Março, exigindo o pagamento dos salários e subsídios em atraso.
A acompanhar de perto a situação da empresa estão, entretanto, os deputados comunistas Jorge Machado e Honório Novo, de quem partiram diligências junto do Governo para saber se este tem conhecimento dos graves problemas que afectam aquela empresa sediada num concelho já profundamente afectado pelo desemprego.
Sabendo-se que a empresa não fez qualquer investimento nos meios de produção, nomeadamente máquinas, nos últimos dez anos, conforme informação recolhida junto dos seus trabalhadores, os parlamentares comunistas no requerimento dirigido ao Ministério do Trabalho indagam sobre o tipo de apoios nacionais ou comunitários recebidos pela «Flor do Campo», bem como sobre as garantias que esta terá assumido, designadamente em termos de permanência de laboração da empresa, pelos apoios recebidos.
«Em caso de incumprimento tenciona o Governo reclamar a devolução de apoios eventualmente concedidos à «Flor do Campo», perguntam os deputados do PCP, que querem igualmente conhecer o que pensa aquele fazer para defender os postos de trabalho.
Conservas Pátria
Com o salário de Fevereiro por receber, depois de vários meses em que se avolumaram os problemas devido ao incumprimento pela administração das suas obrigações, estão também os trabalhadores da fábrica de conservas «Pátria», situada em Leça da Palmeira, Matosinhos.
Goradas as tentativas de receber o salário, as cerca de 50 trabalhadoras (há um ano eram 150) paralisaram a actividade no dia 20 de Março em repúdio pelo comportamento da empresa que não tem honrado os seus compromissos. Os atrasos e a irregularidade no pagamento têm sido uma constante desta administração, desde há largos meses, que chega ao ponto, no sentido de as dividir, de a umas trabalhadoras pagar a horas e a outras não.
Outro facto grave a ressaltar no meio de tudo isto, como chama a atenção o deputado comunista Honório Novo, em requerimento onde questiona o Governo sobre o assunto, é a paralisia de que tem dado mostras a Inspecção Geral de Trabalho do Porto. Com efeito, apesar de as irregularidades nos pagamentos salariais serem do seu conhecimento – várias cartas, ofícios e abaixo-assinados lhe chegaram às mãos com informações alertando para a situação - , a verdade é que, pelo menos que se saiba, nenhuma diligência foi efectuada tendente à resolução do problema.
Por isso a exigência da bancada comunista no sentido de que essa intervenção das autoridades seja feita, e rapidamente, por forma a que seja reposta a legalidade nesta empresa de conservas de peixe destinadas à exportação, com o pagamento dos salários e a salvaguarda dos postos de trabalho.
Dedicada há mais de 70 anos ao sector têxtil, a Flor do Campo tem vivido dias difíceis, designadamente para os seus cerca de 400 trabalhadores, que nos últimos dois anos deixaram de receber os seus salários a tempo e horas.
Incumprimento da entidade patronal que não deixou outra alternativa aos trabalhadores que não fosse avançar para a greve no início de Março, exigindo o pagamento dos salários e subsídios em atraso.
A acompanhar de perto a situação da empresa estão, entretanto, os deputados comunistas Jorge Machado e Honório Novo, de quem partiram diligências junto do Governo para saber se este tem conhecimento dos graves problemas que afectam aquela empresa sediada num concelho já profundamente afectado pelo desemprego.
Sabendo-se que a empresa não fez qualquer investimento nos meios de produção, nomeadamente máquinas, nos últimos dez anos, conforme informação recolhida junto dos seus trabalhadores, os parlamentares comunistas no requerimento dirigido ao Ministério do Trabalho indagam sobre o tipo de apoios nacionais ou comunitários recebidos pela «Flor do Campo», bem como sobre as garantias que esta terá assumido, designadamente em termos de permanência de laboração da empresa, pelos apoios recebidos.
«Em caso de incumprimento tenciona o Governo reclamar a devolução de apoios eventualmente concedidos à «Flor do Campo», perguntam os deputados do PCP, que querem igualmente conhecer o que pensa aquele fazer para defender os postos de trabalho.
Conservas Pátria
Com o salário de Fevereiro por receber, depois de vários meses em que se avolumaram os problemas devido ao incumprimento pela administração das suas obrigações, estão também os trabalhadores da fábrica de conservas «Pátria», situada em Leça da Palmeira, Matosinhos.
Goradas as tentativas de receber o salário, as cerca de 50 trabalhadoras (há um ano eram 150) paralisaram a actividade no dia 20 de Março em repúdio pelo comportamento da empresa que não tem honrado os seus compromissos. Os atrasos e a irregularidade no pagamento têm sido uma constante desta administração, desde há largos meses, que chega ao ponto, no sentido de as dividir, de a umas trabalhadoras pagar a horas e a outras não.
Outro facto grave a ressaltar no meio de tudo isto, como chama a atenção o deputado comunista Honório Novo, em requerimento onde questiona o Governo sobre o assunto, é a paralisia de que tem dado mostras a Inspecção Geral de Trabalho do Porto. Com efeito, apesar de as irregularidades nos pagamentos salariais serem do seu conhecimento – várias cartas, ofícios e abaixo-assinados lhe chegaram às mãos com informações alertando para a situação - , a verdade é que, pelo menos que se saiba, nenhuma diligência foi efectuada tendente à resolução do problema.
Por isso a exigência da bancada comunista no sentido de que essa intervenção das autoridades seja feita, e rapidamente, por forma a que seja reposta a legalidade nesta empresa de conservas de peixe destinadas à exportação, com o pagamento dos salários e a salvaguarda dos postos de trabalho.