É hora de construir a Festa
Construir a Festa é «construir uma cidade que suporta tantas pessoas como a baixa de Lisboa em hora de ponta», revelou Augusto Flor que, com Pedro Lago, ambos do secretariado da Festa, contaram como vai ser a implantação deste ano. Dias 5, 6 e 7 de Setembro. Na Quinta da Atalaia. Amora, Seixal.
«Dá trabalho mas fica bem feito!»
A primeira jornada de trabalho deste ano teve «uma enorme participação». A afirmação foi de Francisco Lopes, membro do Secretariado e da Comissão Política do PCP, durante o convívio, ao fim da tarde, que decorreu no restaurante de apoio da Atalaia. Ao todo, neste primeiro dia, vieram 137 voluntários das mais variadas regiões do País.
Dando uma volta pelo recinto da Festa, constatava-se já uma grande azáfama por todo o terreno: as portas dos estaleiros abertas para os materiais arejarem, brigadas de trabalho a começarem a montar as primeiras estruturas ao lado de zonas resguardadas onde a relva foi semeada há muito pouco tempo; as regas, os canteiros, limpar a terra de ervas daninhas e palhas, fazer «gavions», umas gaiolas de arame da altura da cintura de um adulto, que depois são colocadas em fila e enchidas com pedras calcárias fazendo paredes para evitar derramamentos de terras. E muitos trabalhadores, de várias origens, conhecimentos, culturas, de todas as idades e profissões.
Em destaque, a presença de muita juventude nesta primeira jornada, a que não é em nada alheia a JCP e a grande participação dos seus militantes a darem provas, naquele sábado de Verão, da sua consciência revolucionária.
Novas construções
«O trabalho divide-se em duas grandes etapas. Primeiro faz-se o plano geral das infraestruturas que são depois executadas de acordo com as disponibilidades financeiras e com a nossa capacidade de trabalho, tanto o fixo, como o voluntário», referiu Augusto Flor.
Pedro Lago falou-nos das melhorias principais deste ano nesta vertente: a criação de uma saída de emergência até a entrada da Medideira, já completa. Outras grandes obras consideradas prioridade são a reconstrução de um dos pavilhões pré-fabricados, onde funcionava o secretariado e o apoio à Festa. No sábado passado, as paredes desta obra avançaram a um grande ritmo, com a participação de dezenas de voluntários.
Para as crianças está reservada uma grande surpresa. O Espaço-Criança dos Pioneiros de Portugal tem equipamentos e brinquedos novos.
Augusto Flor referiu que as obras são de dois tipos: as que têm a ver com o funcionamento interno da Festa, «aquelas que o visitante não vê». Os pavilhões, os balneários internos e o restaurante de apoio á implantação tiveram melhoramentos. «Quem aqui trabalha também precisa de ver melhoradas as condições para que se sinta cada vez melhor», acrescentou.
Depois existe outro tipo de obras que «beneficia directamente os visitantes da Festa».
Construir «uma pequena cidade»
«Nós construímos uma pequena cidade». «Há quem lhe chame um grande cenário, mas é uma pequena cidade já que, em área, corresponde, por exemplo, à baixa pombalina de Lisboa, o que significa que durante estes três dias este espaço suporta o equivalente ao número de pessoas que circulam na baixa da capital em hora de ponta», contou Augusto Flor.
«Cada espaço é projectado por cada região, organização ou sector, sendo por isso concepções arquitectónicas completamente distintas umas das outras». Existe, por isso, um Gabinete Central que tem a tarefa de coordenar toda estas diferenças. Durante a realização do 2.º Seminário da Festa que decorreu no passado mês de Fevereiro na Sociedade Filarmónica Operária Amorense e reuniu centenas de «construtores» de todo o país, decidiu-se que a direcção devia solicitar às organizações apoio voluntário para as obras de infraestruturas, o que passou a acontecer.
Por outro lado, «tão ou mais importante é toda a manutenção do manto vegetal da Atalaia», lembrou Augusto Flor. Manter e preservar os 252 mil metros quadrados «dá trabalho mas fica bem feito», referiu.
Pedro Lago revelou que, para os meses de Julho e Agosto, estão previstas várias iniciativas de âmbito político-cultural, debates e convívios musicais.
Uma festa política
Pedro Lago salientou que «cada contributo voluntário é de enaltecer». «Camaradas de todas as idades vem oferecer muitas horas de trabalho voluntário para que tudo esteja pronto a horas, e isso é a maior riqueza de que aqui desfrutamos», afirmou.
Augusto Flor salientou que a implantação da festa «é uma iniciativa política com componentes técnicas, e não o contrário».
O trabalho e o funcionamento das metas são determinados com a realização de um plenário por mês, onde é discutida a situação política nacional e internacional e todos os aspectos de construção. «A crítica, a sugestão e a auto-crítica são estimuladas no trabalho colectivo da construção e preparação da Festa, e são as próprias brigadas que traçam as suas metas e calendários», acrescentou.
Existe também uma Comissão Técnica e uma Comissão de Implantação. Um conjunto de camaradas que reúnem semanalmente e onde se planifica o trabalho. A célula do Partido, com uma direcção e secretariado, tem por missão promover a parte político-cultural na implantação.
No mesmo dia, realizou-se na Atalaia a 1.ª Assembleia de Organização da Célula do PCP, dos Trabalhadores da Autoeuropa.
Dar combate aos perigos
Francisco Lopes, membro da Comissão Política do PCP, falou para numerosos camaradas que enchiam por completo o restaurante de apoio. Depois de enaltecer o trabalho dos «construtores», fez notar que «o PSD, o PP e o PS entenderam-se agora para tentarem de novo impedir a Festa e condicionar o Partido que lhe dá vida, com a lei dos partidos e a lei do financiamento partidário». A lei exige previsões «impossíveis» sobre os resultados económicos do evento, tentando impedir que eles sirvam para financiar o Partido que a promove e para preparar o programa do ano seguinte. «Será o PCP a decidir sobre as suas formas de organização, de intervenção e dos seus objectivos, de acordo com o seu espírito revolucionário, com a sua identidade e natureza de Partido Comunista, firme na sua intervenção presente com o objectivo de transformação virado para o futuro, atento às novas realidades», salientou.
Lembrou a destruição do aparelho produtivo, as falências, o desemprego e considerou que o aprofundamento desta política só pode comprometer mais o futuro do país. Denunciou o Código do Trabalho de Bagão Félix e os ataques à Segurança Social, ao Serviço Nacional de Saúde com as privatizações, o anunciado aumento das taxas moderadoras e o ataque ao ensino público com o «aumento descabelado» das propinas.
Concluiu, apelando à participação de todos na próxima jornada de luta nacional marcada pela CGTP/IN, para o próximo dia 26 de Junho, em Lisboa, «para fazer ver que Portugal não está condenado a esta política.
Comprar mais cedo a EP
Estamos num ano de intensa actividade político-partidária, para o qual o financiamento do Partido é fundamental. Por outro lado, quanto mais cedo se compra a EP, mais receitas tem a própria Festa para a sua realização. É principalmente por estes dois motivos que é tão importante que todos os militantes e amigos comprem a Entrada Permanente para os três dias, o mais cedo possível. A compra da EP é também uma tarefa militante da máxima importância. Este ano custa 15 Euros até ao dia 5, data em que passará a custar 20 euros. Quanto mais cedo a comprar, mais barata fica.
Dando uma volta pelo recinto da Festa, constatava-se já uma grande azáfama por todo o terreno: as portas dos estaleiros abertas para os materiais arejarem, brigadas de trabalho a começarem a montar as primeiras estruturas ao lado de zonas resguardadas onde a relva foi semeada há muito pouco tempo; as regas, os canteiros, limpar a terra de ervas daninhas e palhas, fazer «gavions», umas gaiolas de arame da altura da cintura de um adulto, que depois são colocadas em fila e enchidas com pedras calcárias fazendo paredes para evitar derramamentos de terras. E muitos trabalhadores, de várias origens, conhecimentos, culturas, de todas as idades e profissões.
Em destaque, a presença de muita juventude nesta primeira jornada, a que não é em nada alheia a JCP e a grande participação dos seus militantes a darem provas, naquele sábado de Verão, da sua consciência revolucionária.
Novas construções
«O trabalho divide-se em duas grandes etapas. Primeiro faz-se o plano geral das infraestruturas que são depois executadas de acordo com as disponibilidades financeiras e com a nossa capacidade de trabalho, tanto o fixo, como o voluntário», referiu Augusto Flor.
Pedro Lago falou-nos das melhorias principais deste ano nesta vertente: a criação de uma saída de emergência até a entrada da Medideira, já completa. Outras grandes obras consideradas prioridade são a reconstrução de um dos pavilhões pré-fabricados, onde funcionava o secretariado e o apoio à Festa. No sábado passado, as paredes desta obra avançaram a um grande ritmo, com a participação de dezenas de voluntários.
Para as crianças está reservada uma grande surpresa. O Espaço-Criança dos Pioneiros de Portugal tem equipamentos e brinquedos novos.
Augusto Flor referiu que as obras são de dois tipos: as que têm a ver com o funcionamento interno da Festa, «aquelas que o visitante não vê». Os pavilhões, os balneários internos e o restaurante de apoio á implantação tiveram melhoramentos. «Quem aqui trabalha também precisa de ver melhoradas as condições para que se sinta cada vez melhor», acrescentou.
Depois existe outro tipo de obras que «beneficia directamente os visitantes da Festa».
Construir «uma pequena cidade»
«Nós construímos uma pequena cidade». «Há quem lhe chame um grande cenário, mas é uma pequena cidade já que, em área, corresponde, por exemplo, à baixa pombalina de Lisboa, o que significa que durante estes três dias este espaço suporta o equivalente ao número de pessoas que circulam na baixa da capital em hora de ponta», contou Augusto Flor.
«Cada espaço é projectado por cada região, organização ou sector, sendo por isso concepções arquitectónicas completamente distintas umas das outras». Existe, por isso, um Gabinete Central que tem a tarefa de coordenar toda estas diferenças. Durante a realização do 2.º Seminário da Festa que decorreu no passado mês de Fevereiro na Sociedade Filarmónica Operária Amorense e reuniu centenas de «construtores» de todo o país, decidiu-se que a direcção devia solicitar às organizações apoio voluntário para as obras de infraestruturas, o que passou a acontecer.
Por outro lado, «tão ou mais importante é toda a manutenção do manto vegetal da Atalaia», lembrou Augusto Flor. Manter e preservar os 252 mil metros quadrados «dá trabalho mas fica bem feito», referiu.
Pedro Lago revelou que, para os meses de Julho e Agosto, estão previstas várias iniciativas de âmbito político-cultural, debates e convívios musicais.
Uma festa política
Pedro Lago salientou que «cada contributo voluntário é de enaltecer». «Camaradas de todas as idades vem oferecer muitas horas de trabalho voluntário para que tudo esteja pronto a horas, e isso é a maior riqueza de que aqui desfrutamos», afirmou.
Augusto Flor salientou que a implantação da festa «é uma iniciativa política com componentes técnicas, e não o contrário».
O trabalho e o funcionamento das metas são determinados com a realização de um plenário por mês, onde é discutida a situação política nacional e internacional e todos os aspectos de construção. «A crítica, a sugestão e a auto-crítica são estimuladas no trabalho colectivo da construção e preparação da Festa, e são as próprias brigadas que traçam as suas metas e calendários», acrescentou.
Existe também uma Comissão Técnica e uma Comissão de Implantação. Um conjunto de camaradas que reúnem semanalmente e onde se planifica o trabalho. A célula do Partido, com uma direcção e secretariado, tem por missão promover a parte político-cultural na implantação.
No mesmo dia, realizou-se na Atalaia a 1.ª Assembleia de Organização da Célula do PCP, dos Trabalhadores da Autoeuropa.
Dar combate aos perigos
Francisco Lopes, membro da Comissão Política do PCP, falou para numerosos camaradas que enchiam por completo o restaurante de apoio. Depois de enaltecer o trabalho dos «construtores», fez notar que «o PSD, o PP e o PS entenderam-se agora para tentarem de novo impedir a Festa e condicionar o Partido que lhe dá vida, com a lei dos partidos e a lei do financiamento partidário». A lei exige previsões «impossíveis» sobre os resultados económicos do evento, tentando impedir que eles sirvam para financiar o Partido que a promove e para preparar o programa do ano seguinte. «Será o PCP a decidir sobre as suas formas de organização, de intervenção e dos seus objectivos, de acordo com o seu espírito revolucionário, com a sua identidade e natureza de Partido Comunista, firme na sua intervenção presente com o objectivo de transformação virado para o futuro, atento às novas realidades», salientou.
Lembrou a destruição do aparelho produtivo, as falências, o desemprego e considerou que o aprofundamento desta política só pode comprometer mais o futuro do país. Denunciou o Código do Trabalho de Bagão Félix e os ataques à Segurança Social, ao Serviço Nacional de Saúde com as privatizações, o anunciado aumento das taxas moderadoras e o ataque ao ensino público com o «aumento descabelado» das propinas.
Concluiu, apelando à participação de todos na próxima jornada de luta nacional marcada pela CGTP/IN, para o próximo dia 26 de Junho, em Lisboa, «para fazer ver que Portugal não está condenado a esta política.
Comprar mais cedo a EP
Estamos num ano de intensa actividade político-partidária, para o qual o financiamento do Partido é fundamental. Por outro lado, quanto mais cedo se compra a EP, mais receitas tem a própria Festa para a sua realização. É principalmente por estes dois motivos que é tão importante que todos os militantes e amigos comprem a Entrada Permanente para os três dias, o mais cedo possível. A compra da EP é também uma tarefa militante da máxima importância. Este ano custa 15 Euros até ao dia 5, data em que passará a custar 20 euros. Quanto mais cedo a comprar, mais barata fica.