A polícia dinamarquesa prendeu, na segunda-feira, 20, quatro pessoas e intimou três outras ligadas à Fightersandlovers, uma firma que vendia camisolas através da Internet e destinava parte das receitas às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) e à Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP).
Os sete indivíduos são acusados de violação do artigo 114ª da legislação antiterrorista dinamarquesa que prevê penas até dez anos de prisão para quem conceda apoio económico, directo ou indirecto, a organizações consideradas terroristas.
A polícia selou várias instalações e suspendeu a página web da Fightersandlovers que, desde 19 de Janeiro, se comprometia a enviar de 5,7 dólares dos 27,6 que custava cada peça, a uma rádio ligada às FARC ou a uma gráfica da FPLP.
A firma justificava a sua acção afirmando que ambas as organizações defendem «a liberdade e a justiça social» e acusando o governo colombiano de «oprimir, torturar e matar o seu povo».
O caso, que será agora entregue aos tribunais, soma-se a outro processo iniciado há meses contra um porta-voz da organização «Oproer» (Rebelião) que revelou ter feito donativos em dinheiro às FARC e à FPLP.