Novas denúncias de Abu Ghraib
A cadeia de televisão australiana Special Broadcasting Service (SBS) divulgou, quarta-feira da semana passada, novos vídeos e imagens de abusos e sevícias praticadas pelo exército norte-americano contra prisioneiros iraquianos na cadeia de Abu Ghraib.
Em reacção, o porta-voz do Pentágono, Bryan Whitman, veio acusar a estação televisiva de acirrar os ânimos quando a tensão entre o «mundo árabe» está ao rubro, fruto da publicação continuada de caricaturas do profeta Maomé, mas os responsáveis da SBS consideraram a alegação norte-americana «ridícula».
Segundo a Casa Branca, a divulgação de um outro conjunto de fotos de torturas infligidas em Abu Ghraib contribui igualmente para aumentar o risco que correm os soldados yankees no Iraque. Em oposição, a SBS justifica-se com o dever de informar.
Em causa estão um conjunto de imagens a que a estação teve acesso onde se prova que as torturas, abusos e sevícias em Abu Ghraib não foram casos isolados e atribuíveis aos 25 soldados entretanto condenados pelas fotos anteriormente publicadas. «Obtivemos estas fotografias que mostram sevícias de uma maior amplitude do que parece ter acontecido», disse Mike Carey da SBS.
Embora a SBS não esclareça a proveniência das fotos, supõe-se que estas façam parte do conjunto visionado pelo congresso norte-americano quando, em 2004, rebentou o primeiro escândalo sobre a matéria. Nesse caso, é preciso dizer que o número das imagens divulgadas, e portanto a extensão e ocorrência dos abusos, é muito maior do que o que o material publicado indicia.
Estas novas fotos mostram um indivíduo com a garganta cortada, um outro pendurado pelos pés e um terceiro com contusões graves no crânio.
Acresce a esta história que, no dia anterior à divulgação das fotos, perante uma comissão de investigação da Câmara dos Representantes dos EUA, um soldado implicado nas sevícias de Abu Ghraib disse ter testemunhos que provam que os filhos de alguns prisioneiros foram usados para «amolecer» os detidos.
Samuel Provence contou o caso do filho de um antigo general iraquiano que terá sido torturado por forma a coagir o pai
«Foi o seu filho de 16 anos que foi vítima das sevícias, a fim de fazer falar o general», disse Provence. O rapaz terá ainda sido «regado» com água gelada e obrigado a permanecer junto dos detidos de delito comum.
Em reacção, o porta-voz do Pentágono, Bryan Whitman, veio acusar a estação televisiva de acirrar os ânimos quando a tensão entre o «mundo árabe» está ao rubro, fruto da publicação continuada de caricaturas do profeta Maomé, mas os responsáveis da SBS consideraram a alegação norte-americana «ridícula».
Segundo a Casa Branca, a divulgação de um outro conjunto de fotos de torturas infligidas em Abu Ghraib contribui igualmente para aumentar o risco que correm os soldados yankees no Iraque. Em oposição, a SBS justifica-se com o dever de informar.
Em causa estão um conjunto de imagens a que a estação teve acesso onde se prova que as torturas, abusos e sevícias em Abu Ghraib não foram casos isolados e atribuíveis aos 25 soldados entretanto condenados pelas fotos anteriormente publicadas. «Obtivemos estas fotografias que mostram sevícias de uma maior amplitude do que parece ter acontecido», disse Mike Carey da SBS.
Embora a SBS não esclareça a proveniência das fotos, supõe-se que estas façam parte do conjunto visionado pelo congresso norte-americano quando, em 2004, rebentou o primeiro escândalo sobre a matéria. Nesse caso, é preciso dizer que o número das imagens divulgadas, e portanto a extensão e ocorrência dos abusos, é muito maior do que o que o material publicado indicia.
Estas novas fotos mostram um indivíduo com a garganta cortada, um outro pendurado pelos pés e um terceiro com contusões graves no crânio.
Acresce a esta história que, no dia anterior à divulgação das fotos, perante uma comissão de investigação da Câmara dos Representantes dos EUA, um soldado implicado nas sevícias de Abu Ghraib disse ter testemunhos que provam que os filhos de alguns prisioneiros foram usados para «amolecer» os detidos.
Samuel Provence contou o caso do filho de um antigo general iraquiano que terá sido torturado por forma a coagir o pai
«Foi o seu filho de 16 anos que foi vítima das sevícias, a fim de fazer falar o general», disse Provence. O rapaz terá ainda sido «regado» com água gelada e obrigado a permanecer junto dos detidos de delito comum.