Colômbia

Negociações de paz em Havana

O governo colombiano e o Exército de Libertação Nacional (ELN) iniciaram negociações de paz na passada sexta-feira, em Havana. A iniciativa conta com a presença de observadores espanhóis, noruegueses e suíços, para além de representantes da sociedade civil colombiana, como o escritor Gabriel Garcia Marquez, prémio Nobel da Literatura 1982.
O governo do presidente colombiano Álvaro Uribe está representado por Luís Carlos Restrepo, que tem como principal interlocutor o chefe militar da guerrilha, António Galan.
As partes não esperam ter uma tarefa fácil. «É como abrir uma porta. Quando se abrir, ver-se-á que há um caminho cheio de obstáculos», afirmou Galan à imprensa antes do início das conversações.
«Não nos vamos precipitar, vamos avaliar os obstáculos e procurar o apoio da sociedade e da comunidade internacional para reflectir e trabalhar para os ultrapassar», acrescentou o chefe militar do ELN, que saiu da clandestinidade para estar presente nesta reunião.
O termo da ronda negocial está previsto para hoje, 22 de Dezembro. Cuba já acolheu por três vezes - em 2000, 2001 e 2002 - idênticas tentativas de negociações, que acabaram por fracassar.
Recorda-se que o ELN, com um efectivo estimado em 4000 guerrilheiros, é o segundo movimento armado da Colômbia, com um peso que fica muito aquém do das Forças Armadas Revolucionárias Colombianas (FARC), cujas forças se calcula ascenderam a mais de 17 000 combatentes.


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