PCP ao lado dos trabalhadores da Justiça

Luta desmente campanha demagógica

Em nota do Gabinete de Imprensa do passado dia 27, o PCP destaca que dimensão da luta dos profissionais do sector da Justiça, «em defesa dos seus direitos, pela dignificação do seu estatuto, constitui o mais cabal desmentido à campanha demagógica, populista e mistificatória do Governo contra os magistrados e outros profissionais que trabalham nesta área». Os comunistas consideram que esta campanha teve como objectivo esconder dos trabalhadores e dos cidadãos uma verdade: é que, para lá da defesa de direitos próprios, subjacente à luta dos magistrados e dos profissionais deste sector «esteve e está o objectivo e a exigência da concretização, que já tarda, de efectivas melhorias do funcionamento do sistema judicial, de uma melhor justiça para os portugueses».
Para o PCP é claro que ao invés de atacar os problemas que o sector da Justiça enfrenta, o Governo aposta no «debilitamento e na divisão do movimento associativo do sector», para também dessa forma mais facilmente controlar o poder judicial. O profundo descontentamento existente no sector, que considera ser fruto da «constante degradação e precariedade das condições de trabalho e da administração da Justiça aos cidadãos», está bem, destaca o PCP, patente na «resposta maciça e na unidade verificada, inédita, por parte de sectores profissionais muito diferenciados e das suas organizações representativas».
Ao contrário do o diálogo e da negociação, a arrogância e a imposição de soluções não são o caminho para a resolução de problemas e muito menos para a estabilidade dos Tribunais e do poder judicial, afirmam os comunistas. Para o PCP, a unidade e determinação demonstrada na luta dos profissionais do sector provou isto mesmo e constituiu um aviso ao Governo para esta realidade.
Reafirmando a sua total solidariedade com todos os sectores da justiça, o PCP considera justos os superiores objectivos da defesa da independência do poder judicial contra o que considera a «continuada estratégia» de ingerência e governamentalização de que é alvo. E manifesta ainda a sua determinação em contribuir, «como sempre tem feito, para que a administração da Justiça se realize em condições de maior dignidade e igualdade para quem a serve e para o povo, a quem se destina».


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