Belgas lutam pelas reformas
Mais de 100 mil pessoas desfilaram nas ruas de Bruxelas, na sexta-feira, dia 28, contra a diminuição dos direitos de aposentação e outras cortes sociais que o governo belga quer impor.
As três centrais sindicais estiveram unidas neste protesto
O protesto, convocado pelas três centrais sindicais do país, foi acompanhado por uma greve geral de 24 horas que teve forte adesão na maioria dos sectores de actividade, públicos e privados.
No espaço de um mês, esta foi a segunda jornada nacional de luta contra o pacote legislativo da coligação governativa socialista-liberal que visa, entre outras medidas, elevar a idade da pré-reforma dos 58 para os 60 anos.
Porém, ao contrário da surpreendente greve geral de 7 de Outubro, a primeira desde 1992, que paralisou o país apesar de ter sido convocada apenas pela central socialista FGTB, desta vez as acções tiveram o apoio igualmente do CSC (sindicato cristão) e CGSLB (liberal).
Para além ao aumento da idade da pré-reforma, o governo obrigar os trabalhadores com mais de 50 anos, despedidos devido a reestruturações empresariais, a procurar trabalho durante um período de seis meses, antes de pedirem a aposentação.
Logo pela madrugada, dezenas de comboios e 600 autocarros transportaram milhares de manifestantes até à Gare do Norte. Daí partiu em desfile um mar de gente com vestes e bandeiras vermelhas, verdes e azuis, as cores dos sindicatos promotores, e cartazes com a inscrição «não toquem na minha reforma», atravessando a cidade até à Gare do Midi, no sul de Bruxelas.
«Sucesso histórico»
No final do desfile, um dos dirigentes do FGTB, Jean-Claude Vandermeeren, considerou a jornada como «um sucesso histórico» que o governo «não poderá ignorar», avisando que os trabalhadores regressarão às ruas caso não obtenham uma resposta positiva.
O primeiro-ministro, Guy Verhofstadt, reagiu ao protesto com intransigência declarando que não modificará a sua proposta que apelidou de «contrato de solidariedade entre gerações».
Só na capital, Bruxelas, a greve terá acarretado prejuízos na ordem dos 200 milhões de euros, segundo estimou Oliver Willocx, director da Câmara de Comércio da cidade.
À porta das grandes empresas, os trabalhadores constituíram piquetes de greve logo pela manhã, convencendo os poucos que queriam trabalhar a juntar-se à manifestação.
Tal como tinham anunciando, apenas os ferroviários não paralisaram para poder transportar os manifestantes até à capital. De resto, em todo o país, os transportes públicos não circularam e os aeroportos de Charleroi e de Liège estiveram encerrados durante todo o dia. Também o porto de Anvers, um dos mais importantes da Europa, conheceu sérias perturbações em resultado da adesão dos pilotos à greve geral.
O nível de adesão foi particularmente elevado na indústria química e metalúrgica, tendo a fábrica da Opel, em Anvers, iniciado a paralisação ainda durante a tarde de quinta-feira. Bancos, Correios, hospitais, serviços da administração pública, escolas e grandes superfícies comerciais encerraram ou tiveram actividade reduzida. As cadeias públicas de televisão (RTBF e VRT) limitaram-se a transmitir telejornais.
No espaço de um mês, esta foi a segunda jornada nacional de luta contra o pacote legislativo da coligação governativa socialista-liberal que visa, entre outras medidas, elevar a idade da pré-reforma dos 58 para os 60 anos.
Porém, ao contrário da surpreendente greve geral de 7 de Outubro, a primeira desde 1992, que paralisou o país apesar de ter sido convocada apenas pela central socialista FGTB, desta vez as acções tiveram o apoio igualmente do CSC (sindicato cristão) e CGSLB (liberal).
Para além ao aumento da idade da pré-reforma, o governo obrigar os trabalhadores com mais de 50 anos, despedidos devido a reestruturações empresariais, a procurar trabalho durante um período de seis meses, antes de pedirem a aposentação.
Logo pela madrugada, dezenas de comboios e 600 autocarros transportaram milhares de manifestantes até à Gare do Norte. Daí partiu em desfile um mar de gente com vestes e bandeiras vermelhas, verdes e azuis, as cores dos sindicatos promotores, e cartazes com a inscrição «não toquem na minha reforma», atravessando a cidade até à Gare do Midi, no sul de Bruxelas.
«Sucesso histórico»
No final do desfile, um dos dirigentes do FGTB, Jean-Claude Vandermeeren, considerou a jornada como «um sucesso histórico» que o governo «não poderá ignorar», avisando que os trabalhadores regressarão às ruas caso não obtenham uma resposta positiva.
O primeiro-ministro, Guy Verhofstadt, reagiu ao protesto com intransigência declarando que não modificará a sua proposta que apelidou de «contrato de solidariedade entre gerações».
Só na capital, Bruxelas, a greve terá acarretado prejuízos na ordem dos 200 milhões de euros, segundo estimou Oliver Willocx, director da Câmara de Comércio da cidade.
À porta das grandes empresas, os trabalhadores constituíram piquetes de greve logo pela manhã, convencendo os poucos que queriam trabalhar a juntar-se à manifestação.
Tal como tinham anunciando, apenas os ferroviários não paralisaram para poder transportar os manifestantes até à capital. De resto, em todo o país, os transportes públicos não circularam e os aeroportos de Charleroi e de Liège estiveram encerrados durante todo o dia. Também o porto de Anvers, um dos mais importantes da Europa, conheceu sérias perturbações em resultado da adesão dos pilotos à greve geral.
O nível de adesão foi particularmente elevado na indústria química e metalúrgica, tendo a fábrica da Opel, em Anvers, iniciado a paralisação ainda durante a tarde de quinta-feira. Bancos, Correios, hospitais, serviços da administração pública, escolas e grandes superfícies comerciais encerraram ou tiveram actividade reduzida. As cadeias públicas de televisão (RTBF e VRT) limitaram-se a transmitir telejornais.