O petróleo ao serviço do país
A Venezuela anuncia a consolidação da sua recuperação económica com um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) estimado em nove por cento para 2005.
«A dívida externa deverá manter a sua tendência para baixar»
O governo do presidente Hugo Chávez reafirma a sua decisão de investir os rendimentos petrolíferos do país - quinto exportador mundial de hidrocarbonetos - no desenvolvimento económico, designadamente no sectores industrial e agrícola, e no incremento dos programas sociais.
O objectivo, segundo as autoridades, é pôr termo aos paradoxos provocados pelo uso irracional dos recursos, em particular o crescimento da pobreza à sombra das torres de extracção de petróleo, bem como ao facto de a Venezuela, que dispõe de mais de 30 milhões de hectares de terra arável, importar actualmente cerca de 80 por cento dos alimentos que consome, em resultado do latifúndio e do abandono do sector.
Esta orientação - inviabilizada em 2002 e 2003, devido primeiro ao golpe de Estado e depois ao boicote empresarial de vários meses que afectou gravemente a economia do país -, está patente na proposta de Orçamento fiscal para 2006, cuja discussão teve início esta semana na Assembleia Nacional.
O documento prevê para o próximo ano um crescimento económico de cinco por cento, - o que a maioria dos analistas considera modesto -, com base, entre outros aspectos, num preço estimado de 26 dólares por barril de petróleo. De referir que a produção prevista para 2006 é de 3,4 milhões de barris por dia, o que faz com que o sector seja responsável por cerca de 80 por cento do ingresso de divisas, embora a sua contribuição para o orçamento seja inferior a 50 por cento.
O projecto, que aposta no reforço da disciplina fiscal, não prevê qualquer desvalorização da moeda, aponta para uma inflação de 10 por cento e estima que o PIB ascenda a 130 mil milhões de dólares, ao mesmo tempo que a dívida externa deverá manter a sua tendência para baixar até chegar aos 35 por cento desse montante.
Com uma população de 26 milhões de habitantes, a maioria dos quais vive abaixo do limiar da pobreza, as políticas sociais não são descuradas. O Orçamento destina 41 por cento (cerca de 16 mil milhões de dólares) ao sector social, 29,36 por cento dos quais para o programa de alimentos estratégicos, sendo o restante distribuído por sectores como a saúde, educação e preparação para o emprego.
O objectivo, segundo as autoridades, é pôr termo aos paradoxos provocados pelo uso irracional dos recursos, em particular o crescimento da pobreza à sombra das torres de extracção de petróleo, bem como ao facto de a Venezuela, que dispõe de mais de 30 milhões de hectares de terra arável, importar actualmente cerca de 80 por cento dos alimentos que consome, em resultado do latifúndio e do abandono do sector.
Esta orientação - inviabilizada em 2002 e 2003, devido primeiro ao golpe de Estado e depois ao boicote empresarial de vários meses que afectou gravemente a economia do país -, está patente na proposta de Orçamento fiscal para 2006, cuja discussão teve início esta semana na Assembleia Nacional.
O documento prevê para o próximo ano um crescimento económico de cinco por cento, - o que a maioria dos analistas considera modesto -, com base, entre outros aspectos, num preço estimado de 26 dólares por barril de petróleo. De referir que a produção prevista para 2006 é de 3,4 milhões de barris por dia, o que faz com que o sector seja responsável por cerca de 80 por cento do ingresso de divisas, embora a sua contribuição para o orçamento seja inferior a 50 por cento.
O projecto, que aposta no reforço da disciplina fiscal, não prevê qualquer desvalorização da moeda, aponta para uma inflação de 10 por cento e estima que o PIB ascenda a 130 mil milhões de dólares, ao mesmo tempo que a dívida externa deverá manter a sua tendência para baixar até chegar aos 35 por cento desse montante.
Com uma população de 26 milhões de habitantes, a maioria dos quais vive abaixo do limiar da pobreza, as políticas sociais não são descuradas. O Orçamento destina 41 por cento (cerca de 16 mil milhões de dólares) ao sector social, 29,36 por cento dos quais para o programa de alimentos estratégicos, sendo o restante distribuído por sectores como a saúde, educação e preparação para o emprego.