«O Rosto da Reforma Agrária»
O livro «O Rosto da Reforma Agrária», de Américo Lázaro Leal, vai ser, no sábado, apresentado, por Carlos Amaro, às 16 horas, na Biblioteca Municipal de Alcácer do Sal.
Quando se assinalam os 30 anos da Reforma Agrária, esta obra, publicada pela Editorial Avante!, é um testemunho vivo e vivido «do avanço dos trabalhadores para a terra e das suas causas remotas e próximas, da oposição que enfrentaram dos agrários e das forças de direita, das dificuldades encontradas e dos esforços realizados na criação das novas unidades produtivas, dos êxitos económicos e sociais alcançados».
No domingo, pelas 11 horas, «O Rosto da Reforma Agrária» vai ser apresentado no Centro Social de Rio de Moinhos. No mesmo dia, por volta das 15 horas, outra apresentação está marcada na Sede do Clube do Barrancão. Estas apresentações, a cargo de Carlos Semião, terminam às 18 horas, na Casa do Povo de Casebres.
No último sábado do mês, dia 29, o livro de Américo Lázaro Leal vai também ser apresentado na Biblioteca Municipal de Grândola (11 horas), na Casa do Povo de Alvalade (15 horas), na Associação dos Moradores de Arealão (18 horas) e na Capela da Misericórdia de Sines (21 horas). Estas sessões estão a cargo de Carlos Amaro.
Américo Lázaro Leal, filho de operários, nasceu em Sines a 20 de Janeiro de 1922. Operário corticeiro, com a 4.ª classe do ensino primário, ficou órfão de pai e mãe aos 13 anos de idade, atribuindo a sua sobrevivência aos elevados sentimentos de solidariedade dos «putos da rua».
Pela sua participação na greve de Julho/Agosto de 1943, foi preso e levado para a cadeia do Aljube onde permaneceu 45 dias. Entrou para o PCP em 16 de Agosto de 1944, passando pouco depois a desempenhar tarefas no Organismo da Direcção Regional do Alentejo Litoral (RAL).
Fez parte da Comissão do Movimento de Unidade Democrática (MUD) de Sines. Em 1945 integrou a delegação de corticeiros que foi a Lisboa reivindicar junto do Secretário de Estado um Acordo Colectivo de Trabalho para a classe corticeira.
Passou à clandestinidade em 1947 e com a sua companheira, Sisaltina Maria dos Santos, entrou no quadro de funcionários do PCP, realizando tarefas nas províncias do Algarve, Alentejo, Estremadura, Beiras, Porto, Minho e Trás-os-Montes. Cooptado para o Comité Central do PCP em 1956, nele permaneceu durante cerca de 30 anos.
Integrou os organismos da Direcção Regional do Alentejo, da Margem Sul do Tejo, de Lisboa e do Norte, tendo em 1952 dirigido a greve dos ceifeiros da região de Pias, Vale de Vargo e Vila Nova de S. Bento.
Regressado a Sines em 1974, participou na formação da Comissão Concelhia do PCP e da Comissão do Movimento Democrático Português de Sines, de que fez parte. Passou a integrar a Direcção da Organização Regional de Setúbal do PCP.
Foi deputado do PCP pelo círculo de Setúbal na Assembleia Constituinte e nas duas primeiras legislaturas da Assembleia da República.
Quando se assinalam os 30 anos da Reforma Agrária, esta obra, publicada pela Editorial Avante!, é um testemunho vivo e vivido «do avanço dos trabalhadores para a terra e das suas causas remotas e próximas, da oposição que enfrentaram dos agrários e das forças de direita, das dificuldades encontradas e dos esforços realizados na criação das novas unidades produtivas, dos êxitos económicos e sociais alcançados».
No domingo, pelas 11 horas, «O Rosto da Reforma Agrária» vai ser apresentado no Centro Social de Rio de Moinhos. No mesmo dia, por volta das 15 horas, outra apresentação está marcada na Sede do Clube do Barrancão. Estas apresentações, a cargo de Carlos Semião, terminam às 18 horas, na Casa do Povo de Casebres.
No último sábado do mês, dia 29, o livro de Américo Lázaro Leal vai também ser apresentado na Biblioteca Municipal de Grândola (11 horas), na Casa do Povo de Alvalade (15 horas), na Associação dos Moradores de Arealão (18 horas) e na Capela da Misericórdia de Sines (21 horas). Estas sessões estão a cargo de Carlos Amaro.
Américo Lázaro Leal, filho de operários, nasceu em Sines a 20 de Janeiro de 1922. Operário corticeiro, com a 4.ª classe do ensino primário, ficou órfão de pai e mãe aos 13 anos de idade, atribuindo a sua sobrevivência aos elevados sentimentos de solidariedade dos «putos da rua».
Pela sua participação na greve de Julho/Agosto de 1943, foi preso e levado para a cadeia do Aljube onde permaneceu 45 dias. Entrou para o PCP em 16 de Agosto de 1944, passando pouco depois a desempenhar tarefas no Organismo da Direcção Regional do Alentejo Litoral (RAL).
Fez parte da Comissão do Movimento de Unidade Democrática (MUD) de Sines. Em 1945 integrou a delegação de corticeiros que foi a Lisboa reivindicar junto do Secretário de Estado um Acordo Colectivo de Trabalho para a classe corticeira.
Passou à clandestinidade em 1947 e com a sua companheira, Sisaltina Maria dos Santos, entrou no quadro de funcionários do PCP, realizando tarefas nas províncias do Algarve, Alentejo, Estremadura, Beiras, Porto, Minho e Trás-os-Montes. Cooptado para o Comité Central do PCP em 1956, nele permaneceu durante cerca de 30 anos.
Integrou os organismos da Direcção Regional do Alentejo, da Margem Sul do Tejo, de Lisboa e do Norte, tendo em 1952 dirigido a greve dos ceifeiros da região de Pias, Vale de Vargo e Vila Nova de S. Bento.
Regressado a Sines em 1974, participou na formação da Comissão Concelhia do PCP e da Comissão do Movimento Democrático Português de Sines, de que fez parte. Passou a integrar a Direcção da Organização Regional de Setúbal do PCP.
Foi deputado do PCP pelo círculo de Setúbal na Assembleia Constituinte e nas duas primeiras legislaturas da Assembleia da República.