Sismo arrasa Paquistão

O Nordeste do Paquistão, junto à fronteira com a Índia e o Afeganistão, foi sacudido, sábado, por um violento sismo com magnitude de 7,6 na escala de Richter.
A região de Caxemira e a fronteira montanhosa com o vizinho afegão foram as mais afectadas. Para além do cenário de destruição na capital do enclave, Muzaffarabad, onde o número de mortos ultrapassa já os 11 mil, existem aldeias e cidades que ainda não foram contactadas, pelo que o balanço provisório de mais de 30 mil vítimas e outros 50 mil feridos, divulgado no início da tarde de anteontem, deve ser largamente ultrapassado só contanto com os dados disponibilizados por Islamabad.
No mesmo dia, o mau tempo veio suspender os trabalhos em curso de auxílio às vítimas. As chuvas torrenciais que começaram a cair terça-feira não só agravam o cenário de quase completa destruição, como aumentam o risco de propagação de epidemias entre a população desamparada.
A ajuda internacional já se fez sentir com a deslocação para o terreno de diversas organizações e a disponibilização de alguns milhões de dólares.
A ONU informou, entretanto, que cerca de 2,5 milhões de pessoas estão sem tecto pelo que se torna absolutamente urgente o envio de milhares de tendas de campanha para o país.
Um dia depois da catástrofe, os responsáveis militares dos EUA e da OTAN no Afeganistão revelaram que não tinham sido autorizados a disponibilizar os meios aéreos estacionados em Cabul para auxiliar a chegada de ajuda humanitária às zonas devastadas pelo terremoto. Apesar do apelo prontamente feito pelo Paquistão, país que até é aliado dos EUA na ocupação do Afeganistão, Washington não cedeu e demonstrou, a quem não acreditava, que a sua máquina militar só é exportável para ocupar, vigiar e reprimir.


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