Greve geral paralisa Bélgica

Em vésperas de negociações decisivas sobre o futuro do sistema de segurança social e pensões de reforma, a Federação Geral dos Trabalhadores Belgas convocou uma greve geral de 24 horas que teve uma adesão maciça tanto no sector privado como no público.
Na sexta-feira, dia 7, o país ficou praticamente privado de transportes públicos e da generalidade das actividades comerciais e industriais. Piquetes de greve bloquearam, a partir das seis horas da manhã, várias entradas rodoviárias na cidade de Bruxelas, provocando engarrafamentos nas auto-estradas em direcção à capital.
A circulação ferroviária ficou totalmente interrompida, incluindo na rede de alta velocidade que liga o país ao Norte de França.
Os sindicatos contestam o projecto do Governo que, evocando o envelhecimento da população, propõe-se aumentar a idade da pré-reforma dos 58 anos para os 60 e reduzir as despesas na saúde.
O primeiro-ministro, Guy Verhofgstad declarou que não se deixará «intimidar por greves» e que a sua reforma será concretizada «com os sindicatos se for possível, sem eles se for necessário».
A greve geral de dia 7 foi a primeira realizada na Bélgica desde há 13 anos.


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