Mário Castrim dá nome a rua de Lisboa
Lisboa homenageou o jornalista e escritor Mário Castrim, dando o seu nome a uma rua no Lumiar na quinta-feira, numa cerimónia que contou com a presença de familiares, amigos e camaradas.
Mário Castrim passou 70 mil horas à frente da televisão
Na manhã de quinta-feira foi descerrada a placa toponímica com o nome de Mário Castrim, na freguesia do Lumiar, em Lisboa, perto da Avenida Maria Helena Vieira da Silva. A capital presta assim homenagem ao jornalista, professor, escritor, poeta, crítico de televisão e cronista, quase três anos depois da sua morte.
Mário Castrim, pseudónimo de Manuel Nunes da Fonseca, nasceu em 1920 em Ílhavo. Em 1956 criou e coordenou o Juvenil, suplemento do Diário de Lisboa que publicava trabalhos de jovens, organizava visitas e exposições e promovia debates e concursos. Ao fim do primeiro ano de edições, o Juvenil contava já com a inscrição de 500 amigos e colaboradores. Em 1964, Castrim iniciou a sua actividade como crítico de televisão, tendo passado 70 mil horas à frente do aparelho.
Militante do PCP e colaborador regular do Avante! nos «Pontos Naturais» e crítica televisiva, Mário Castrim afirmou em 1992 que «o comunista é aquele que deixou de acreditar na eternidade para acreditar no futuro».
Apesar da sua vasta obra literária e dos prémios Gulbenkian que recebeu, Mário Castrim é conhecido do grande público principalmente pelos seus trabalhos como crítico televisivo. Recentemente, em entrevista, afirmou que a televisão pode ser perigosa «quando semeia a ignorância; quando acarinha a mediocridade; quando mente, deturpa, esconde; quando faz fretes políticos; quando agride (todos os dias, a toda a hora) a língua portuguesa; quando degrada a informação com a propaganda; quando dá mais hambúrgueres do que cozido à portuguesa; quando escolhe os piores programas para o horário nobre; quando desorienta os espectadores desnorteando os horários; quando educa as crianças para o culto da violência e da irracionalidade; quando transmite filmes de terror, sobre a madrugada, atingindo assim públicos mais frágeis; quando promove a grosseria, a imbecilidade, a degradação, a agressão de que o Big Brother não é senão o último elo da cadeia. Esta é a caixa que mudou o mundo, chegou a hora do mundo mudar a caixa. Porque a verdade é que já não podemos viver sem ela.»
Mário Castrim, pseudónimo de Manuel Nunes da Fonseca, nasceu em 1920 em Ílhavo. Em 1956 criou e coordenou o Juvenil, suplemento do Diário de Lisboa que publicava trabalhos de jovens, organizava visitas e exposições e promovia debates e concursos. Ao fim do primeiro ano de edições, o Juvenil contava já com a inscrição de 500 amigos e colaboradores. Em 1964, Castrim iniciou a sua actividade como crítico de televisão, tendo passado 70 mil horas à frente do aparelho.
Militante do PCP e colaborador regular do Avante! nos «Pontos Naturais» e crítica televisiva, Mário Castrim afirmou em 1992 que «o comunista é aquele que deixou de acreditar na eternidade para acreditar no futuro».
Apesar da sua vasta obra literária e dos prémios Gulbenkian que recebeu, Mário Castrim é conhecido do grande público principalmente pelos seus trabalhos como crítico televisivo. Recentemente, em entrevista, afirmou que a televisão pode ser perigosa «quando semeia a ignorância; quando acarinha a mediocridade; quando mente, deturpa, esconde; quando faz fretes políticos; quando agride (todos os dias, a toda a hora) a língua portuguesa; quando degrada a informação com a propaganda; quando dá mais hambúrgueres do que cozido à portuguesa; quando escolhe os piores programas para o horário nobre; quando desorienta os espectadores desnorteando os horários; quando educa as crianças para o culto da violência e da irracionalidade; quando transmite filmes de terror, sobre a madrugada, atingindo assim públicos mais frágeis; quando promove a grosseria, a imbecilidade, a degradação, a agressão de que o Big Brother não é senão o último elo da cadeia. Esta é a caixa que mudou o mundo, chegou a hora do mundo mudar a caixa. Porque a verdade é que já não podemos viver sem ela.»