Multinacionais cedem às exigências populares
O movimento popular, iniciado em 14 de Agosto com greves e manifestações nas duas regiões petrolíferas da Amazónia equatoriana, obteve na quinta-feira, dia 25, a satisfação de uma parte importante das suas reivindicações.
Após quase uma semana de negociações tensas, governo, multinacionais e representantes do movimento concluíram um acordo que prevê a transferência para as autoridades locais de 16 dos 25 por cento de imposto pago pelas companhias estrangeiras ao Estado. Estas ficaram ainda obrigadas a contratar mão de obra e serviços locais, bem como a desenvolver as infra-estruturas da região procedendo, designadamente, ao asfaltamento de 260 quilómetros de estradas.
Para Guillermo Muñoz, governador da província de Sucumbios, um dos líderes do movimento reivindicativo, que teve o apoio das autoridades locais e da Igreja, considerou que o acordo satisfaz apenas parcialmente as exigências das populações, que exigiam a renegociação das concessões petrolíferas com as empresas estrangeiras, com vista a aumentar o peso do Estado na exploração deste recurso. «Obtivemos apenas um cêntimo de uma grande potência económica», resumiu Muñuz, consciente de que muito tem de ser feito para que estas regiões ricas em petróleo deixem de ser das mais pobres do país.
Contudo, após vários dias de greves e manifestações fortemente reprimidas pelo exército, o Parlamento equatoriano colocou-se ao lado do movimento popular, aprovando por maioria absoluta o levantamento do estado de emergência, decretado uma semana antes pelo presidente Alfredo Palácio. Os deputados exigiram igualmente a demissão do ministro do Interior, Maurício Gandara, que tentou dificultar as negociações, acusando os grevistas de estarem a ser dirigidos por «infiltrados» das Forças Armadas revolucionárias da Colômbia (FARC).
Para além de graves consequências no sector petrolífero, essencial para a economia do País, a crise afectou gravemente a imagem Alfredo Palácio, que assumiu a presidência por mandato do Parlamento após a demissão de Lucio Gutierrez, fortemente contestado pelas massas populares.
Segundo uma sondagem, divulgado no sábado, apenas 31 por cento dos inquiridos apoia Palacio, o que representa uma queda de 22 por cento em comparação com o momento em que assumiu o cargo, em 20 de Abril.
No domingo, a assembleia que junta eleitos locais das províncias de Orellana e Sucumbíos ratificaram o a acta compromisso, mas avisaram que a greve será retomada caso os termos do acordo não sejam integralmente respeitados pelas multinacionais.
Após quase uma semana de negociações tensas, governo, multinacionais e representantes do movimento concluíram um acordo que prevê a transferência para as autoridades locais de 16 dos 25 por cento de imposto pago pelas companhias estrangeiras ao Estado. Estas ficaram ainda obrigadas a contratar mão de obra e serviços locais, bem como a desenvolver as infra-estruturas da região procedendo, designadamente, ao asfaltamento de 260 quilómetros de estradas.
Para Guillermo Muñoz, governador da província de Sucumbios, um dos líderes do movimento reivindicativo, que teve o apoio das autoridades locais e da Igreja, considerou que o acordo satisfaz apenas parcialmente as exigências das populações, que exigiam a renegociação das concessões petrolíferas com as empresas estrangeiras, com vista a aumentar o peso do Estado na exploração deste recurso. «Obtivemos apenas um cêntimo de uma grande potência económica», resumiu Muñuz, consciente de que muito tem de ser feito para que estas regiões ricas em petróleo deixem de ser das mais pobres do país.
Contudo, após vários dias de greves e manifestações fortemente reprimidas pelo exército, o Parlamento equatoriano colocou-se ao lado do movimento popular, aprovando por maioria absoluta o levantamento do estado de emergência, decretado uma semana antes pelo presidente Alfredo Palácio. Os deputados exigiram igualmente a demissão do ministro do Interior, Maurício Gandara, que tentou dificultar as negociações, acusando os grevistas de estarem a ser dirigidos por «infiltrados» das Forças Armadas revolucionárias da Colômbia (FARC).
Para além de graves consequências no sector petrolífero, essencial para a economia do País, a crise afectou gravemente a imagem Alfredo Palácio, que assumiu a presidência por mandato do Parlamento após a demissão de Lucio Gutierrez, fortemente contestado pelas massas populares.
Segundo uma sondagem, divulgado no sábado, apenas 31 por cento dos inquiridos apoia Palacio, o que representa uma queda de 22 por cento em comparação com o momento em que assumiu o cargo, em 20 de Abril.
No domingo, a assembleia que junta eleitos locais das províncias de Orellana e Sucumbíos ratificaram o a acta compromisso, mas avisaram que a greve será retomada caso os termos do acordo não sejam integralmente respeitados pelas multinacionais.