Metro de Gondomar em perigo
A Direcção da Organização Regional do Porto do PCP vai solicitar uma reunião de emergência da Assembleia Metropolitana do Porto para esclarecer as declarações proferidas do ministro das Obras Públicas, quando da inauguração da Linha do Metro para Trofa, que põem em causa a concretização da Linha para Gondomar. E, assim que reabrirem os trabalhos da Assembleia da República, vai convocar o ministro e pedir-lhe que as justifique.
É que a população de Gondomar é a mais penalizada da Área Metropolitana do Porto no que se refere a tempos de transporte casa-trabalho, lembra a DORP, referindo ainda as más acessibilidades a Gondomar, que tornam as viagens entre este concelho e a cidade do Porto «um verdadeiro tormento», justificando mesmo o alargamento da linha de Gondomar a Valbom.
As afirmações do ministro revelam, pois, uma «gritante insensibilidade» do Governo do Partido Socialista, que não pode ser justificada com o argumento das «derrapagens orçamentais» verificadas no projecto do Metro. Na verdade, afirma, o projecto inicial sofreu várias alterações que devem ser tidas em conta, para além de que tal argumento «poria em causa a generalidades das obras públicas», onde as derrapagens são habituais sempre que envolvem investimentos significativos, e com as quais os sucessivos governos estão também habituados a «conviver», apesar das constantes chamadas de atenção do PCP.
Em 2003, os eleitos do PCP na Assembleia Metropolitana do Porto apresentaram inclusive a proposta de realização de uma auditoria global à Empresa Metro, de que a Junta Metropolitana detém 60 por cento do capital social, mas a proposta, que permitiria analisar todas essas questões, foi chumbada pelos votos conjuntos do PS, PSD e CDS-PP.
Assim, se o Governo, pelas afirmações do ministro das Obras Públicas, «desprezou» a população de Gondomar, a Junta Metropolitana do Porto, por outro lado, com o seu silêncio, mostra que a satisfação das expectativas das populações e o cumprimento de compromissos «não fazem parte das suas preocupações».
É que a população de Gondomar é a mais penalizada da Área Metropolitana do Porto no que se refere a tempos de transporte casa-trabalho, lembra a DORP, referindo ainda as más acessibilidades a Gondomar, que tornam as viagens entre este concelho e a cidade do Porto «um verdadeiro tormento», justificando mesmo o alargamento da linha de Gondomar a Valbom.
As afirmações do ministro revelam, pois, uma «gritante insensibilidade» do Governo do Partido Socialista, que não pode ser justificada com o argumento das «derrapagens orçamentais» verificadas no projecto do Metro. Na verdade, afirma, o projecto inicial sofreu várias alterações que devem ser tidas em conta, para além de que tal argumento «poria em causa a generalidades das obras públicas», onde as derrapagens são habituais sempre que envolvem investimentos significativos, e com as quais os sucessivos governos estão também habituados a «conviver», apesar das constantes chamadas de atenção do PCP.
Em 2003, os eleitos do PCP na Assembleia Metropolitana do Porto apresentaram inclusive a proposta de realização de uma auditoria global à Empresa Metro, de que a Junta Metropolitana detém 60 por cento do capital social, mas a proposta, que permitiria analisar todas essas questões, foi chumbada pelos votos conjuntos do PS, PSD e CDS-PP.
Assim, se o Governo, pelas afirmações do ministro das Obras Públicas, «desprezou» a população de Gondomar, a Junta Metropolitana do Porto, por outro lado, com o seu silêncio, mostra que a satisfação das expectativas das populações e o cumprimento de compromissos «não fazem parte das suas preocupações».