Há que defender o património da companhia
Após extinguir a única companhia permanente de dança contemporânea existente em Portugal, com um riquíssimo e prestigiado percurso artístico e cultural, a Fundação Calouste Gulbenkian decidiu também «alienar e desresponsabilizar-se do património e da acção do Ballet Gulbenkian», acusa a Direcção do Sector Intelectual da Organização Regional de Lisboa do PCP. A ideia da Fundação relativamente à dança é «substituir uma intervenção baseada numa estrutura e num corpo permanentes e de repertório por programas de duração, objectivos e estratégias pontuais e efémeras», afirmam os comunistas.
Dada a semelhança entre este novo modelo adoptado pela Fundação e o «muito criticável» modelo de apoio estatal, o Sector Intelectual de Lisboa do PCP alerta para a necessidade de evitar que o modelo da Fundação não venha a «sofrer das mesmas distorções e descontinuidades» de que padece estatal. E espera também que, entre a Fundação e o Estado, «havendo duplicação de modelos e acções, não venha a haver desculpas mútuas para reduzir ou abandonar compromissos». O PCP destaca ainda que, neste quadro, é «cada vez mais incompreensível a ausência de posição institucional por parte do Governo e do Ministério da Cultura, quando se torna evidente que a orientação adoptada pela Fundação coloca novas e inalienáveis responsabilidades políticas».
Para os comunistas do sector, admitindo que a decisão da Fundação poderá não ser reversível, «não pode nenhuma entidade com responsabilidades na área cultural demitir-se de procurar tudo fazer para que não seja perdido irremediavelmente o património de trabalho e de criação construído no decurso dos 40 anos de existência do Ballet Gulbenkian». Património esse que consideram «insubstituível» e cuja perda seria irreparável.
Considerando que não será fácil encontrar uma solução de salvaguarda para a companhia, seu património e acção, os comunistas entendem que qualquer solução exigirá uma «articulação complexa de entidades de natureza diversa, e a participação directa dos trabalhadores» da instituição. E dizem mesmo que uma «solução credível não passará, certamente, por quaisquer tentativas de aproveitamento oportunista, como as que já tiveram expressão na posição do desacreditado actual presidente da CML».
Lembrando que o PCP manifestou «oportunamente» a sua solidariedade a todos os profissionais do Ballet Gulbenkian, «e o seu apreço pelo trabalho realizado ao longo dos 40 anos de vida desta instituição», o Sector Intelectual de Lisboa manifesta a sua «inteira disponibilidade para apoiar politicamente a procura de uma solução que salvaguarde a preservação e a continuidade possíveis do património e da acção ímpares desta instituição».
Dada a semelhança entre este novo modelo adoptado pela Fundação e o «muito criticável» modelo de apoio estatal, o Sector Intelectual de Lisboa do PCP alerta para a necessidade de evitar que o modelo da Fundação não venha a «sofrer das mesmas distorções e descontinuidades» de que padece estatal. E espera também que, entre a Fundação e o Estado, «havendo duplicação de modelos e acções, não venha a haver desculpas mútuas para reduzir ou abandonar compromissos». O PCP destaca ainda que, neste quadro, é «cada vez mais incompreensível a ausência de posição institucional por parte do Governo e do Ministério da Cultura, quando se torna evidente que a orientação adoptada pela Fundação coloca novas e inalienáveis responsabilidades políticas».
Para os comunistas do sector, admitindo que a decisão da Fundação poderá não ser reversível, «não pode nenhuma entidade com responsabilidades na área cultural demitir-se de procurar tudo fazer para que não seja perdido irremediavelmente o património de trabalho e de criação construído no decurso dos 40 anos de existência do Ballet Gulbenkian». Património esse que consideram «insubstituível» e cuja perda seria irreparável.
Considerando que não será fácil encontrar uma solução de salvaguarda para a companhia, seu património e acção, os comunistas entendem que qualquer solução exigirá uma «articulação complexa de entidades de natureza diversa, e a participação directa dos trabalhadores» da instituição. E dizem mesmo que uma «solução credível não passará, certamente, por quaisquer tentativas de aproveitamento oportunista, como as que já tiveram expressão na posição do desacreditado actual presidente da CML».
Lembrando que o PCP manifestou «oportunamente» a sua solidariedade a todos os profissionais do Ballet Gulbenkian, «e o seu apreço pelo trabalho realizado ao longo dos 40 anos de vida desta instituição», o Sector Intelectual de Lisboa manifesta a sua «inteira disponibilidade para apoiar politicamente a procura de uma solução que salvaguarde a preservação e a continuidade possíveis do património e da acção ímpares desta instituição».