Vila Real

Governo prejudica região

A Direcção da Organização Regional de Vila Real do PCP, reunida no passado dia 18 para debater a situação política actual e as tarefas do Partido, considera a política do Governo profundamente negativa, para o País em geral e para a região em particular. Neste último caso, preocupa os comunistas de Vila Real o facto de a diferença do IVA entre Espanha e Portugal, 5 por cento mais baixo no país vizinho, poder levar ao «aumento do comércio espanhol nas zonas de fronteira e não só, liquidando grande parte da actividade industrial e comercial do distrito».
Para os comunistas de Vila Real, o enfraquecimento dos serviços públicos, como a saúde e a educaçã, será ainda mais gravoso numa região do interior, dado não ser um «mercado apetecível para a “iniciativa privada”. Vai representar uma séria diminuição dos cuidados de saúde e de ensino».
Para o PCP, a «irracionalidade desta intenção é tão óbvia que o Governo se esquece que na própria função pública o salário mínimo aplicado é inferior ao praticado na actividade privada e que mais de 70 por cento dos trabalhadores públicos têm vencimentos salariais abaixo dos 750 euros». Também na região, esta questão afectará profundamente a economia da região, já que na saúde, educação, autarquias, serviços desconcentrados do Estado trabalham e vivem largas dezenas de milhares de trabalhadores».
A suspensão do programa AGRIS no distrito decretada pelo Governo, afirmam os comunistas de Vila Real, «põe em causa a viabilidade económica de dezenas de pequenas explorações agrícolas liquidando o futuro dos jovens empresários, que investiram tudo o que tinham na sua instalação».
Para os comunistas daquele distrito transmontano, o Governo «defraudou as expectativas dos portugueses», ao não respeitar o espírito do voto de 20 de Fevereiro (PS + CDU + BE = 60 por cento), que «claramente apontava para a necessidade de novas políticas de esquerda e de mudança face às políticas seguidas pelos anteriores governos. E apelam aos eleitores para que, nas próximas autárquicas reforcem a CDU em número de votos e mandatos.


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