Mordomias no Banco de Portugal

O PCP criticou os ordenados, acima dos 15 mil euros
mensais, acumuláveis com pensões, dos membros do Conselho de Administração do Banco de Portugal e questionou o Governo sobre os critérios de atribuição desses vencimentos.
Em requerimento dirigido ao Governo, a bancada comunista, por intermédio do deputado Agostinho Lopes, não esconde a sua estupefacção perante os valores revelados pela imprensa dos «vencimentos, pensões e direitos» do governador, vice-governadores e administradores do Banco de Portugal, totalizando um custo anual de cerca de 1,532 milhões de euros.
Além dos ordenados, todos entre os 16 mil e os 19 mil euros mensais, referidas são as pensões que alguns dos membros do Conselho de Administração acumulam - do fundo de pensões ou do próprio Banco de Portugal - e
os carros «de alta cilindrada» e «empréstimos com taxas de juro mais baixas» a que têm direito.
«Que avaliação faz o Governo do nível de vencimentos dos governadores e administradores do Banco de Portugal e dos critérios que presidem à gestão e atribuição do respectivo Fundo de Pensões?», inquire o Grupo Parlamentar do PCP no requerimento entregue na Assembleia da República.
Igualmente importante é saber, na perspectiva do PCP, quem era o ministro das Finanças que tutelava a Comissão que ratificou os actuais vencimentos e quais os
critérios, «se existem», para essa decisão e para «outras quaisquer remunerações e regalias dos membros do Conselho de Administração», entre as quais «carros e
motoristas».


Mais artigos de: Assembleia da República

Governo pactua com chantagem

O PS, acompanhado pelo PSD e CDS/PP, recusou uma proposta do PCP no sentido de corrigir um dos traços mais gravosos do Código do Trabalho. É a política de direita no seu melhor, pondo a claro a natureza das suas opções.

Um bem público inalienável

Recurso finito, essencial à vida, a água esteve em debate no Parlamento. Garantir o carácter público e a integridade do Domínio Público Hídrico, incluindo a sua gestão e distribuição ou escancarar portas à sua mercantilização, eis, em síntese, as duas visões que enquadraram a discussão da nova Lei da Água.Contando com a...

Não aos privilégios injustificados

Foi dado um passo no sentido de corrigir injustificados privilégios de que beneficiam os titulares de cargos políticos. A questão, porém, está longe de estar resolvida, já que subsistem outros privilégios igualmente inaceitáveis.Essa foi a posição da bancada comunista assumida em debate sobre a matéria no decurso do qual...