Deputados do PCP questionam Governo
As alterações nos estágios pedagógicos e a formação dos professores foram o assunto de um requerimento apresentado pelos deputados comunistas Luísa Mesquita e Agostinho Lopes ao Governo, no dia 16.
Considerando que «hoje ser professor não é mais um mero transmissor de conhecimentos», os deputados sublinham que «a multiplicidade e a complexidade de funções que são atribuídas aos docentes têm levado, não poucas vezes, que alguns considerem que cabe à escola encontrar a resposta adequada para todos os problemas e conflitos que a sociedade não for capaz de resolver».
Por isso defendem que é a formação dos professores é de enorme importância, citando especialistas que consideram que a formação inicial de educadores constitui o factor fundamental da socialização e configuração profissional. «Matérias como os perfis desejados, as competências, os percursos ou os planos de estudo há muito que deveriam ter recebido, por parte dos diferentes Governos, ouvindo os intervenientes, uma profunda reflexão. A profissão requer, cada vez mais, padrões de elevada qualidade», salientam Luísa Mesquita e Agostinho Lopes.
Os deputados do PCP não compreendem a sustentação das decisões tomadas pelo Governo nesta área, ignorando a produção pedagógica mais recente e desferindo «um rude golpe na qualidade de formação dos futuros professores».
O requerimento apresentado pede ao Executivo de José Sócrates que responde a várias questões:
• Que estudos pedagógicos sustentaram a decisão do Governo, ao terminar com o modelo dos actuais estágios, substituindo-o por uma actividade «de prática pedagógica supervisionada»;
• Que vantagens decorrem desta alteração no terminus da formação, sem nenhuma intervenção coerente que articule as alterações defendidas pelo Governo com a totalidade do processo de formação;
• Que razões determinaram o fim da remuneração do trabalho dos estagiários que ocorre desde 1974;
• Que medidas de apoio o Governo definiu para enquadrar a decisão tomada, nomeadamente o facto do estagiário continuar a pagar a propina (considerado como aluno) e, simultaneamente, ser obrigado a responder a novos encargos financeiros decorrentes do estágio;
• Como avalia o Governo da justeza desta decisão, ao pretender aplicá-la já no fim deste ano lectivo a todos aqueles que iniciaram este ano de formação na convicção da validade do modelo existente e da sua remuneração como estagiários;
• Partindo do princípio que uma medida desta natureza não se concretiza sem ponderação das consequências, quantos futuros docentes vão ser atingidos este ano e quanto o Governo pretende poupar à custa da não remuneração dos estagiários e do empobrecimento da sua formação pedagógica.
Considerando que «hoje ser professor não é mais um mero transmissor de conhecimentos», os deputados sublinham que «a multiplicidade e a complexidade de funções que são atribuídas aos docentes têm levado, não poucas vezes, que alguns considerem que cabe à escola encontrar a resposta adequada para todos os problemas e conflitos que a sociedade não for capaz de resolver».
Por isso defendem que é a formação dos professores é de enorme importância, citando especialistas que consideram que a formação inicial de educadores constitui o factor fundamental da socialização e configuração profissional. «Matérias como os perfis desejados, as competências, os percursos ou os planos de estudo há muito que deveriam ter recebido, por parte dos diferentes Governos, ouvindo os intervenientes, uma profunda reflexão. A profissão requer, cada vez mais, padrões de elevada qualidade», salientam Luísa Mesquita e Agostinho Lopes.
Os deputados do PCP não compreendem a sustentação das decisões tomadas pelo Governo nesta área, ignorando a produção pedagógica mais recente e desferindo «um rude golpe na qualidade de formação dos futuros professores».
O requerimento apresentado pede ao Executivo de José Sócrates que responde a várias questões:
• Que estudos pedagógicos sustentaram a decisão do Governo, ao terminar com o modelo dos actuais estágios, substituindo-o por uma actividade «de prática pedagógica supervisionada»;
• Que vantagens decorrem desta alteração no terminus da formação, sem nenhuma intervenção coerente que articule as alterações defendidas pelo Governo com a totalidade do processo de formação;
• Que razões determinaram o fim da remuneração do trabalho dos estagiários que ocorre desde 1974;
• Que medidas de apoio o Governo definiu para enquadrar a decisão tomada, nomeadamente o facto do estagiário continuar a pagar a propina (considerado como aluno) e, simultaneamente, ser obrigado a responder a novos encargos financeiros decorrentes do estágio;
• Como avalia o Governo da justeza desta decisão, ao pretender aplicá-la já no fim deste ano lectivo a todos aqueles que iniciaram este ano de formação na convicção da validade do modelo existente e da sua remuneração como estagiários;
• Partindo do princípio que uma medida desta natureza não se concretiza sem ponderação das consequências, quantos futuros docentes vão ser atingidos este ano e quanto o Governo pretende poupar à custa da não remuneração dos estagiários e do empobrecimento da sua formação pedagógica.