Impasse na Nicarágua

O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza, partiu no domingo da Nicarágua «preocupado» por não ter conseguido reactivar o diálogo entre o governo e a oposição, formada por sandinistas e liberais.
Insulza considera que a situação naquele país ainda não chegou ao nível de crise institucional, mas se a incapacidade de dialogar persistir «certamente pode desembocar numa crise entre os poderes».
O secretário-geral, falando em conferência de imprensa, informou que entregaria esta terça-feira um relatório de sua missão ao Conselho Permanente da OEA, e não descartou a possibilidade de regressar «nos próximos dias» a Manágua.
O objectivo da missão era ajudar a encontrar uma solução para a crise aberta pelo conflito entre os poderes Executivo e Legislativo devido à reforma constitucional aprovada há oito meses pelo Parlamento, e que limita os poderes do presidente Enrique Bolaños. A situação agravou-se esta semana, depois da Procuradoria (Contraloria) da República ter pedido, pela segunda vez em menos de um ano, que o Parlamento destitua o presidente por desacato à Constituição.
Entretanto, no final da semana passada, o líder sandinista e ex-presidente do país, Daniel Ortega, aproveitou a presença de Insulza para pedir à OEA que avance com um processo contra os EUA no Tribunal Inter-americano de Direitos Humanos, exigindo o pagamento de sua dívida à Nicarágua. Recorda-se que o Tribunal Internacional de Haia condenou os EUA a pagar cerca de 17 mil milhões de dólares pelos prejuízos causados à Nicarágua na década de 80, durante a guerra suja contra o regime sandinista.


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