Em Portugal ainda vencem preconceitos e tabus

Teresa Chaveiro, dirigente da JCP, acentuou que a sexualidade é uma função natural e essencial da vida que desempenha um papel importante no desenvolvimento do ser humano.
«Tendo em conta estes factores tem que caber à escola garantir o direito aos jovens de estarem informados acerca da sua sexualidade», afirmou, lembrando que a Organização Mundial da Saúde salienta que «a sexualidade influencia pensamentos e, por isso, influencia também a saúde física e mental.»
Teresa Cheveiro recordou que actualmente existem três protocolos de preparação da educação sexual assinados pelo Ministério da Educação, a Associação para o Planeamento da Família, a Fundação da Luta contra a Sida e o Movimento de Defesa da Vida. Esta última organização, tem a responsabilidade de formar estudantes e professores, apesar de defender a abstinência sexual e não prestar informação verdadeira e assim criar preconceitos e tabus que impedem os jovens de decidir a sua vida sexual conscientemente.
«Também com este Governo conservador, retrogrado e moralista tentou criar uma disciplina de formação e desenvolvimento pessoal, onde se misturariam as questões da toxicodependência e comportamentos de risco, como se as questões da sexualidade pudessem ser abordadas neste contexto», denunciou.


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