A crise de emprego ameaça a estabilidade da economia e o desenvolvimento à escala mundial, pelo que é necessária uma resposta global para o problema, defende o secretário-geral da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Juan Somavia.
Ao intervir na 93.ª Conferência da Organização, a decorrer esta semana em Genebra, Suíça, Somavia alertou que o desemprego e o subemprego podem vir a assumir proporções ainda maiores. Sublinhando que as estratégias nacionais e regionais para combater o flagelo se têm manifestado ineficazes, o responsável da OIT lamentou que a necessária ligação entre o «crescimento económico, os investimentos e o emprego» continue ausente da agenda política internacional. Em 2004, segundo Somavia, o crescimento médio da economia global foi de cinco por cento, enquanto o emprego apenas avançou em 1,7 por cento.
A nível de todo o planeta, de acordo com um relatório recente da OIT, cerca de mil milhões de pessoas não têm emprego ou têm ocupações precárias, situação a que se junta a proliferação do chamado «trabalho informal».