Pelo desenvolvimento regional
Reforçar a organização e o funcionamento, para melhor intervir e defender os interesses das populações do Nordeste Transmontano, foi um dos objectivos da 3.ª Assembleia da Organização Regional de Bragança, que reuniu, no dia 17 de Abril, em Bragança.
Bragança é um dos distritos mais atrasados do País
Mais de meia centena de delegados de todo o distrito participaram nos trabalhos da Assembleia, que procedeu à análise do trabalho realizado, definiu as grandes linhas de orientação política para a actividade do Partido e elegeu a nova Direcção Regional.
Começando por sublinhar as riquezas e potencialidades do distrito, a Resolução Política aprovada pelos delegados diz que este apenas aguarda uma política alternativa e um novo modelo de governação para ser colocado ao nível de outras regiões mais desenvolvidas do País.
Neste momento, em Bragança - um dos distritos mais atrasados do País e onde a desertificação humana é mais acentuada - a indústria é praticamente inexistente, a agricultura é esmagadoramente de características familiares, o desemprego é dos mais altos do País, assiste-se ao encerramento, extinção ou transferência de alguns serviços públicos e à ameaça de encerramento de outros.
Entretanto, os programas comunitários dirigidos ao desenvolvimento das regiões fronteiriças mais deprimidas não apresentam resultados visíveis no distrito, onde as infra-estruturas e equipamentos imprescindíveis ao seu desenvolvimento continuam adiados. Bragança apresenta, assim, uma situação de depressão económica, social e cultural de que só pode sair se «se verificar um forte investimento público e se houver um Plano Estratégico de Desenvolvimento Regional». Ou seja, se deixar de ser condicionado, tanto nas autarquias como a nível do poder central, pelas políticas do PSD e do PS, caracterizadas pelo centralismo, a burocracia, a falta de transparência e o clientelismo.
Reforçar o PCP
Em Bragança, são, assim, inúmeros os desafios a que o PCP tem procurado responder, apesar de uma fraca implantação e dificuldades organizativas, resultantes da estrutura produtiva e social da região, de uma acentuada desertificação humana, de um elevado número de freguesias com poucos eleitores e, ainda, da «existência de um acentuado anticomunismo, apoiado no caciquismo e no compadrio que proliferam nas estruturas autárquicas».
Contudo, o Partido funcionou regularmente, concorreu a todos os órgãos municipais e a meia centena de freguesias nas eleições autárquicas de 2001, interveio politicamente, «esteve na primeira linha das lutas sociais», fossem no sector operário, de serviços ou camponês.
Insatisfeitos, porém, os comunistas de Bragança consideram que «a organização do Partido não corresponde à necessidades da intervenção do PCP no distrito», nem em número de organismos nem em termos de participação, o que se traduz - reconhecem - pela concentração de responsabilidades, sendo que a organização tem sido também marcada pelo «envelhecimento de muitos quadros sem que as novas adesões tenham compensado esta tendência».
«O reforço, o alargamento, a melhoria da organização e funcionamento do Partido no distrito», partindo de «um melhor conhecimento das situações concretas», foi, assim, uma das linhas de trabalho apontadas pelos comunistas de Bragança, que definiram, ainda, algumas tarefas políticas imediatas e apresentaram um conjunto de reflexões e propostas com vista ao desenvolvimento do distrito.
A Assembleia elegeu, por fim, a nova Direcção Regional, agora composta por 24 elementos, 10 dos quais integram-na pela primeira vez. Com 12,5% de mulheres, a actual direcção tem uma média etária de 44 anos, tendo três dos seus novos elementos menos de 30 anos.
Coube a Albano Nunes, membro da Comissão Política do PCP, encerrar os trabalhos da Assembleia. Depois de abordar algumas importantes tarefas do Partido definidas no XVII Congresso, o dirigente comunista referiu-se à situação política actual, designadamente às propostas apresentadas pelo PCP na Assembleia da República, não esquecendo a batalha eleitoral e o apelo à participação de todos na sua preparação.
Começando por sublinhar as riquezas e potencialidades do distrito, a Resolução Política aprovada pelos delegados diz que este apenas aguarda uma política alternativa e um novo modelo de governação para ser colocado ao nível de outras regiões mais desenvolvidas do País.
Neste momento, em Bragança - um dos distritos mais atrasados do País e onde a desertificação humana é mais acentuada - a indústria é praticamente inexistente, a agricultura é esmagadoramente de características familiares, o desemprego é dos mais altos do País, assiste-se ao encerramento, extinção ou transferência de alguns serviços públicos e à ameaça de encerramento de outros.
Entretanto, os programas comunitários dirigidos ao desenvolvimento das regiões fronteiriças mais deprimidas não apresentam resultados visíveis no distrito, onde as infra-estruturas e equipamentos imprescindíveis ao seu desenvolvimento continuam adiados. Bragança apresenta, assim, uma situação de depressão económica, social e cultural de que só pode sair se «se verificar um forte investimento público e se houver um Plano Estratégico de Desenvolvimento Regional». Ou seja, se deixar de ser condicionado, tanto nas autarquias como a nível do poder central, pelas políticas do PSD e do PS, caracterizadas pelo centralismo, a burocracia, a falta de transparência e o clientelismo.
Reforçar o PCP
Em Bragança, são, assim, inúmeros os desafios a que o PCP tem procurado responder, apesar de uma fraca implantação e dificuldades organizativas, resultantes da estrutura produtiva e social da região, de uma acentuada desertificação humana, de um elevado número de freguesias com poucos eleitores e, ainda, da «existência de um acentuado anticomunismo, apoiado no caciquismo e no compadrio que proliferam nas estruturas autárquicas».
Contudo, o Partido funcionou regularmente, concorreu a todos os órgãos municipais e a meia centena de freguesias nas eleições autárquicas de 2001, interveio politicamente, «esteve na primeira linha das lutas sociais», fossem no sector operário, de serviços ou camponês.
Insatisfeitos, porém, os comunistas de Bragança consideram que «a organização do Partido não corresponde à necessidades da intervenção do PCP no distrito», nem em número de organismos nem em termos de participação, o que se traduz - reconhecem - pela concentração de responsabilidades, sendo que a organização tem sido também marcada pelo «envelhecimento de muitos quadros sem que as novas adesões tenham compensado esta tendência».
«O reforço, o alargamento, a melhoria da organização e funcionamento do Partido no distrito», partindo de «um melhor conhecimento das situações concretas», foi, assim, uma das linhas de trabalho apontadas pelos comunistas de Bragança, que definiram, ainda, algumas tarefas políticas imediatas e apresentaram um conjunto de reflexões e propostas com vista ao desenvolvimento do distrito.
A Assembleia elegeu, por fim, a nova Direcção Regional, agora composta por 24 elementos, 10 dos quais integram-na pela primeira vez. Com 12,5% de mulheres, a actual direcção tem uma média etária de 44 anos, tendo três dos seus novos elementos menos de 30 anos.
Coube a Albano Nunes, membro da Comissão Política do PCP, encerrar os trabalhos da Assembleia. Depois de abordar algumas importantes tarefas do Partido definidas no XVII Congresso, o dirigente comunista referiu-se à situação política actual, designadamente às propostas apresentadas pelo PCP na Assembleia da República, não esquecendo a batalha eleitoral e o apelo à participação de todos na sua preparação.