Incêndios florestais não podem repetir-se
Vários foram os temas abordados pelos militantes da JCP que participaram no Encontro Regional do Algarve, nomeadamente as questões específicas da região ligadas ao ambiente e aos transportes.
O Algarve tem boas condições para aproveitamento de energia solar
O 6.º Encontro Regional do Algarve da JCP contou com a participação de 40 jovens provenientes de vários pontos da região, no dia 16, no Instituto Português da Juventude em Faro. No final da iniciativa foi a nova Comissão Regional, formada por 21 elementos, com uma média de idades de 20 anos: 6 jovens trabalhadores, 2 estudantes do ensino profissional, 6 do secundário e 7 do superior.
Preocupada com a população, a fauna e a flora da região, a JCP alerta que os incêndios florestais podem voltar a repetir-se se não houver prevenção antes do Verão e não for definido uma estratégia eficiente de vigilância e combate aos fogos florestais.
«As áreas consumidas pelo fogo foram maioritariamente abandonadas à erosão ou são ocupadas por espécies invasivas como o eucalipto, já que as campanhas de reflorestação tardam em chegar. As corporações de bombeiros que sucessivamente arriscam as suas vidas continuam com falta de equipamentos e infra-estruturas adequadas e modernizadas que melhorem a sua segurança e acção», lê-se na resolução política.
A organização considera que uma aposta efectiva na prevenção implicaria muito menos custos económicos, ambientais e humanos em comparação com o preço «da falta negligente de uma estratégia concertada entre os vários intervenientes. Isto evitaria a perda de um capital ambiental e produtivo e os custos extraordinários para reestruturação do mesmo, que tardam a chegar para aliviar a situação vivida recentemente na nossa região.»
A seca prolongada veio mais uma vez demonstrar as limitações de água no Sul do País. Faltam investimentos centrais que dotem a região de mais reservas estratégicas de água. A nível regional é necessária uma acção continua, pedagógica e sensibilizadora para redução do consumo de água, «e não a intervenção pontual e intimidatória que tem sido adoptada, que ameaça os cidadão com cortes no abastecimento urbano, enquanto estruturas como campos de golfe continuam a esbanjar a água que é de todos».
A JCP refere que o Algarve tem condições geográficas excepcionais para aproveitamento de energia solar e eólica: «No entanto, continua-se a investir no esbanjamento de energia, maioritariamente proveniente da queima de combustíveis fosseis, que em nada contraria a actual dependência energética relativamente ao estrangeiro e mantém as negativas implicações ambientais.»
Acção ambiental
Outras questões ambientais preocupam a JCP, nomeadamente a falta de planeamento urbanístico e a inexistência de espaços lúdicos, verdes e desportivos, «onde as populações possam desenvolver outras actividades para além do casa-trabalho e do trabalho-casa».
Para a organização, a aposta na política dos três Rs (reduzir, reutilizar e reciclar) implica mais do que a colocação de ecopontos. A sensibilização da população é fundamental, garante, «mas estratégias centrais e coordenadas também são a base do sucesso».
O Algarve continua a todo o instante sob risco de acidentes marítimos devido à proximidade das rotas de passagem para o Mediterrâneo, alertam os militantes, lembrando que há petroleiros a passar a poucas milhas de distância de Sagres. «Tendo em conta a indústria base da região – o turismo –, esta dificilmente recuperaria de uma maré negra. É portanto imperativo redefinir os corredores marítimos e dotar a região dos meios necessários para enfrentar esta e outras situações», defendem.
Transportes velhos e insuficientes
Os transportes colectivos no Algarve continuam a ser uma das preocupações da JCP. Registou-se recentemente a modernização da linha ferroviária entre Tunes-Faro devido ao Campeonato Europeu de Futebol. «O resto do trajecto ficou para outras eras», comentam os jovens na resolução política aprovada no encontro regional.
A JCP refere ainda a falta de transportes colectivos, o elevado valor pago pelos utilizadores e a «idade» avançada de alguns destes transportes. Os transportes escolares têm horários desajustados e insuficientes, obrigando os estudantes muitas vezes a recorrer a alternativas.
Os jovens comunistas apresentam uma razão de peso para o melhoramento do serviço de transportes e o aumento de carreiras: a Universidade do Algarve e o elevado número de estudantes que a frequentam. «Os transportes que fazem a ligação entre a universidade e centro de Faro andam na maioria das vezes a “rebentar pelas costuras”. O crescimento das tarifas e a falta de investimento que leva a um mau serviço prestado são as principais razões que levaram a que este meio de transporte tenha cada vez menos utilizadores», referem.
Preocupada com a população, a fauna e a flora da região, a JCP alerta que os incêndios florestais podem voltar a repetir-se se não houver prevenção antes do Verão e não for definido uma estratégia eficiente de vigilância e combate aos fogos florestais.
«As áreas consumidas pelo fogo foram maioritariamente abandonadas à erosão ou são ocupadas por espécies invasivas como o eucalipto, já que as campanhas de reflorestação tardam em chegar. As corporações de bombeiros que sucessivamente arriscam as suas vidas continuam com falta de equipamentos e infra-estruturas adequadas e modernizadas que melhorem a sua segurança e acção», lê-se na resolução política.
A organização considera que uma aposta efectiva na prevenção implicaria muito menos custos económicos, ambientais e humanos em comparação com o preço «da falta negligente de uma estratégia concertada entre os vários intervenientes. Isto evitaria a perda de um capital ambiental e produtivo e os custos extraordinários para reestruturação do mesmo, que tardam a chegar para aliviar a situação vivida recentemente na nossa região.»
A seca prolongada veio mais uma vez demonstrar as limitações de água no Sul do País. Faltam investimentos centrais que dotem a região de mais reservas estratégicas de água. A nível regional é necessária uma acção continua, pedagógica e sensibilizadora para redução do consumo de água, «e não a intervenção pontual e intimidatória que tem sido adoptada, que ameaça os cidadão com cortes no abastecimento urbano, enquanto estruturas como campos de golfe continuam a esbanjar a água que é de todos».
A JCP refere que o Algarve tem condições geográficas excepcionais para aproveitamento de energia solar e eólica: «No entanto, continua-se a investir no esbanjamento de energia, maioritariamente proveniente da queima de combustíveis fosseis, que em nada contraria a actual dependência energética relativamente ao estrangeiro e mantém as negativas implicações ambientais.»
Acção ambiental
Outras questões ambientais preocupam a JCP, nomeadamente a falta de planeamento urbanístico e a inexistência de espaços lúdicos, verdes e desportivos, «onde as populações possam desenvolver outras actividades para além do casa-trabalho e do trabalho-casa».
Para a organização, a aposta na política dos três Rs (reduzir, reutilizar e reciclar) implica mais do que a colocação de ecopontos. A sensibilização da população é fundamental, garante, «mas estratégias centrais e coordenadas também são a base do sucesso».
O Algarve continua a todo o instante sob risco de acidentes marítimos devido à proximidade das rotas de passagem para o Mediterrâneo, alertam os militantes, lembrando que há petroleiros a passar a poucas milhas de distância de Sagres. «Tendo em conta a indústria base da região – o turismo –, esta dificilmente recuperaria de uma maré negra. É portanto imperativo redefinir os corredores marítimos e dotar a região dos meios necessários para enfrentar esta e outras situações», defendem.
Transportes velhos e insuficientes
Os transportes colectivos no Algarve continuam a ser uma das preocupações da JCP. Registou-se recentemente a modernização da linha ferroviária entre Tunes-Faro devido ao Campeonato Europeu de Futebol. «O resto do trajecto ficou para outras eras», comentam os jovens na resolução política aprovada no encontro regional.
A JCP refere ainda a falta de transportes colectivos, o elevado valor pago pelos utilizadores e a «idade» avançada de alguns destes transportes. Os transportes escolares têm horários desajustados e insuficientes, obrigando os estudantes muitas vezes a recorrer a alternativas.
Os jovens comunistas apresentam uma razão de peso para o melhoramento do serviço de transportes e o aumento de carreiras: a Universidade do Algarve e o elevado número de estudantes que a frequentam. «Os transportes que fazem a ligação entre a universidade e centro de Faro andam na maioria das vezes a “rebentar pelas costuras”. O crescimento das tarifas e a falta de investimento que leva a um mau serviço prestado são as principais razões que levaram a que este meio de transporte tenha cada vez menos utilizadores», referem.