Por um AE justo na OGMA
O STEFFAs/CGTP-IN, foi posto à margem da negociação de revisão do AE. Com um plenário à porta da empresa no dia 14, os trabalhadores rejeitaram o acordo firmado por outra estrutura.
O abaixo-assinado de rejeição do AE tem já mais de 700 assinaturas
«Não vamos parar até a administração recuar com esta revisão do Acordo de Empresa», afirmou ao Avante! o dirigente do Sindicato dos Trabalhadores Civis das Forças Armadas, Estabelecimentos Fabris e Empresas de Defesa, STEFFAs, Hélder Vieira.
A administração acordou, com outra estrutura, uma revisão do AE à revelia dos trabalhadores sindicalizados neste sindicato, com graves alterações ao regulamento de carreiras, através de um anexo, que vem comprometer seriamente direitos adquiridos.
O mesmo dirigente confirmou ter sido aprovado um regulamento de carreiras que, na prática, condiciona a progressão nas carreiras, por via da avaliação de desempenho.
«Na escala de avaliação, o valor de «bom», não é suficiente para a progressão. Apenas os que consigam resultados de «muito bom» e «excelente», e se sujeitem à formação profissional que a empresa entender atribuir fora do horário de serviço, poderão progredir», denunciou Hélder Vieira.
Os trabalhadores rejeitam estas mudanças e exigem ter direito à livre negociação da contratação colectiva.
Revisão rejeitada
Decorre a recolha de assinaturas para um abaixo-assinado contra a revisão do AE que tinha na quinta-feira, 700 assinaturas e a recolha continua a bom ritmo. Do total de 1500 trabalhadores, a empresa perdeu cerca de 600 postos de trabalho em três anos, apesar de admissões registadas ao nível de quadros técnicos de engenharia.
A administração impediu a realização do plenário dentro das instalações da empresa. Por esse motivo, ele decorreu à porta da unidade, em Alverca.
A proibição, sem precedentes, foi justificada por o sindicato não ter cumprido o prazo de 48 horas de antecedência para apresentação do pré-aviso. No entanto, «essa nunca tinha sido a prática», afirmou Hélder Vieira. O dirigente sindical considera ter-se tratado de mais um acto de retaliação para com o sindicato, no propósito de tentar desmobilizar os trabalhadores.
A luta quebrou a recusa
Só após esta acção é que a administração se disponibilizou para um encontro com o sindicato, agendado para segunda-feira. No encontro e em consequência da luta desenvolvida, a administração «flexibilizou um pouco o seu discurso» e aceitou que o STEFFAs apresentasse uma proposta reformulada para a revisão do AE, que o sindicato fez chegar à negociação anteontem, revelou Hélder Vieira.
O sindicato também apresentou uma proposta de aumento salarial em Setembro, mas ainda não obteve qualquer resposta.
Na resolução aprovada no plenário, os trabalhadores afirmam ir prosseguir a luta contra a revisão do AE e por melhores salários.
Evitar a destruição
«A anterior administração e a política de privatização abriram caminho para a destruição da empresa», afirmou Hélder Vieira. Toda esta situação foi congeminada antes da recente privatização – 65 por cento adquiridos pelo consórcio Airholding, pertença da multinacional brasileira Embraer. A actual administração insiste na aplicação do AE acordada com outra estrutura. «Diz que, ou aceitamos este regulamento, ou não aprovará regulamento nenhum», acrescentou o mesmo dirigente.
Desde a privatização, «poucas são as secções que estão com trabalho». A secção de aviação militar está praticamente parada, e os trabalhadores nem sabem como nem onde está a ser feita a inspecção aos aviões militares.
Recentemente, o sindicato teve conhecimento de que a sobrevivência da OGMA apenas se deve à contracção de empréstimos avaliados pelo Estado, sem que se tenha registado qualquer melhoria na facturação e na produtividade.
A administração acordou, com outra estrutura, uma revisão do AE à revelia dos trabalhadores sindicalizados neste sindicato, com graves alterações ao regulamento de carreiras, através de um anexo, que vem comprometer seriamente direitos adquiridos.
O mesmo dirigente confirmou ter sido aprovado um regulamento de carreiras que, na prática, condiciona a progressão nas carreiras, por via da avaliação de desempenho.
«Na escala de avaliação, o valor de «bom», não é suficiente para a progressão. Apenas os que consigam resultados de «muito bom» e «excelente», e se sujeitem à formação profissional que a empresa entender atribuir fora do horário de serviço, poderão progredir», denunciou Hélder Vieira.
Os trabalhadores rejeitam estas mudanças e exigem ter direito à livre negociação da contratação colectiva.
Revisão rejeitada
Decorre a recolha de assinaturas para um abaixo-assinado contra a revisão do AE que tinha na quinta-feira, 700 assinaturas e a recolha continua a bom ritmo. Do total de 1500 trabalhadores, a empresa perdeu cerca de 600 postos de trabalho em três anos, apesar de admissões registadas ao nível de quadros técnicos de engenharia.
A administração impediu a realização do plenário dentro das instalações da empresa. Por esse motivo, ele decorreu à porta da unidade, em Alverca.
A proibição, sem precedentes, foi justificada por o sindicato não ter cumprido o prazo de 48 horas de antecedência para apresentação do pré-aviso. No entanto, «essa nunca tinha sido a prática», afirmou Hélder Vieira. O dirigente sindical considera ter-se tratado de mais um acto de retaliação para com o sindicato, no propósito de tentar desmobilizar os trabalhadores.
A luta quebrou a recusa
Só após esta acção é que a administração se disponibilizou para um encontro com o sindicato, agendado para segunda-feira. No encontro e em consequência da luta desenvolvida, a administração «flexibilizou um pouco o seu discurso» e aceitou que o STEFFAs apresentasse uma proposta reformulada para a revisão do AE, que o sindicato fez chegar à negociação anteontem, revelou Hélder Vieira.
O sindicato também apresentou uma proposta de aumento salarial em Setembro, mas ainda não obteve qualquer resposta.
Na resolução aprovada no plenário, os trabalhadores afirmam ir prosseguir a luta contra a revisão do AE e por melhores salários.
Evitar a destruição
«A anterior administração e a política de privatização abriram caminho para a destruição da empresa», afirmou Hélder Vieira. Toda esta situação foi congeminada antes da recente privatização – 65 por cento adquiridos pelo consórcio Airholding, pertença da multinacional brasileira Embraer. A actual administração insiste na aplicação do AE acordada com outra estrutura. «Diz que, ou aceitamos este regulamento, ou não aprovará regulamento nenhum», acrescentou o mesmo dirigente.
Desde a privatização, «poucas são as secções que estão com trabalho». A secção de aviação militar está praticamente parada, e os trabalhadores nem sabem como nem onde está a ser feita a inspecção aos aviões militares.
Recentemente, o sindicato teve conhecimento de que a sobrevivência da OGMA apenas se deve à contracção de empréstimos avaliados pelo Estado, sem que se tenha registado qualquer melhoria na facturação e na produtividade.