Mais CDU, melhor futuro
Jerónimo de Sousa participou, domingo, na iniciativa de apresentação dos candidatos da Câmara e Assembleia Municipal de Beja, onde reafirmou a validade e actualidade do projecto autárquico da CDU e a «sua natureza profundamente democrática, representativa, colegial e aberta à participação dos trabalhadores e das populações».
«Uma batalha que os resultados recentes permitem encarar ainda com mais confiança, alargando a nossa influência e confirmando a CDU como uma grande força autárquica nacional», afirmou Jerónio de Sousa, durante um almoço de apresentação dos cabeça de lista à Câmara e Assembleia Municipal de Beja, que contou com a participação de mais de 600 pessoas.
Depois de realçar a capacidade de realização dos eleitos da CDU no concelho de Beja, o secretário-geral do PCP chamou à atenção para a «ausência de uma verdadeira política de desenvolvimento regional capaz de tirar partido dos importantes recursos da região, da agricultura aos recursos mineiros e sua transformação, da produção de energia ao desenvolvimento das indústrias agro-alimentares que estão na origem das crescentes dificuldades da economia regional e do definhamento da capacidade produtiva regional».
«O que temos visto e continuamos a ver é a entrega ao desbarato dos nossos recursos nacionais que proporcionam fabulosos lucros privados, como é o caso da Somincor, cujos resultados da actividade mineira aumentaram em 2004 cerca de 830 por cento, um lucro de 65,3 milhões de euros, abdicando-se de afirmar um projecto de metalurgia do cobre que permitisse criar mais emprego e incorporar mais valor à nossa produção mineira e garantir as mais valias a favor da região», afirmou Jerónimo de Sousa, exigindo do Governo do PS que «se empenhe na urgente abertura das minas de Aljustrel».
O secretário-geral do PCP responsabilizou ainda os sucessivos governos pelas dificuldades que atravessam as regiões do interior e os sectores tradicionais da nossa economia, em detrimento das actividades especulativas ou de lucro rápido.
«Actividades dominadas pelo grande capital económico e financeiro que, para além dos fantásticos lucros que apresentam, como é o caso da banca e das principais empresas cotadas em bolsa que em 2004 arrecadaram milhões e milhões de euros, ousam, para fugir às suas responsabilidades fiscais, promover, este ano, mais uma escandalosa operação de migração para o estrangeiro de lotes de acções eufemisticamente chamadas de “operações de optimização fiscal” que mais não são do que “lavagens de dividendos”», denunciou Jerónimo de Sousa.
Combate à fraude
Durante a iniciativa, o secretário-geral do PCP, entusiasticamente saudado pelos apoiantes da CDU no concelho, acusou o Governo de se estar a preparar para «reeditar o discurso da crise», defendendo que o Executivo deve começar pelo combate à fraude e evasão fiscais.
«O PS deve começar, primeiro, pelo combate à fraude e evasão fiscais e impor à banca e aos seguros as mesmas taxas efectivas de imposto que paga qualquer pequeno e médio empresário, antes de pedir mais sacrifícios àqueles que não têm feito outra coisa nos últimos anos», disse.
Manifestou ainda «preocupação» e «inquietação» em relação ao programa do Governo. Um programa que, segundo Jerónimo de Sousa, em muitas matérias não responde aos reais problemas que o País enfrenta nem vai ao encontro das aspirações de mudança que os eleitores expressaram na votação de 20 de Fevereiro.
«Problemas como os da seca que poderia estar hoje muito atenuados não fossem também os anos de incúria, de falta de vontade política e de arrastamento de soluções dos últimos governos PSD e PS», disse, salientando que «os atrasos no desenvolvimento dos canais de irrigação e de todo o sistema de infra-estruturas necessárias que, a partir do empreendimento do Alqueva, deveriam garantir a água a toda esta região, são inaceitáveis. O que está a acontecer este ano não é mais que um fenómeno cíclico desta vez mais agravado que, no imediato, impõe a concretização de um Plano de Emergência para acudir às mais graves situações, devia obrigar o Governo a reflectir sobre a imperiosa necessidade de acelerar, sem mais delongas, as obras necessárias e garantir o respectivo investimento. Exige-se e espera-se que se ultrapasse o inqualificável bloqueio que se está a impor aos municípios e ao seu modelo de organização inter-municipal de distribuição da água em alta porque se persiste na imposição de soluções organizativas empresariais que subalternizam o poder local com a intenção de deixar espaço a uma futura privatização da água».
Acesso à terra irrigada
No final da sua intervenção, o secretário-geral do PCP sublinhou ainda a necessidade de dar passos mais decisivos no aproveitamento integral do empreendimento do Alqueva no cumprimento das suas funções de desenvolvimento, democratização do acesso à terra e promoção de emprego.
«Numa região onde a preocupação nuclear de uma política de desenvolvimento regional devia ser a criação de postos de trabalho e o repovoamento não se pode continuar a ignorar e protelar uma resposta ao problema da terra. Os frutos de um investimento público desta dimensão e natureza não podem servir apenas uma minoria. É necessário assegurar um aproveitamento do Alqueva que sirva os interesses dos pequenos e médios agricultores, dos seareiros e rendeiros e dos trabalhadores agrícolas garantindo-lhes também o acesso à terra irrigada com uma adequada reestruturação fundiária e a criação de um banco de terras. Da nossa parte não abdicaremos de continuar a lutar pela concretização de medidas que assegurem o pleno aproveitamento do Alqueva, colocando-o ao serviço do povo, da região e do País», concluiu.
«Presidência aberta e constante»
Durante a iniciativa de apresentação dos cabeça de lista da CDU à autarquia alentejana, o candidato à Câmara de Beja, nas próximas eleições autárquicas, Francisco Santos, manifestou confiança na vitória, prometendo uma espécie de «presidência aberta e constante».
«Não falarei com pessoas através de encontros com dias e horas marcados. Irei ter com elas aos cafés, aos restaurantes onde elas estiverem», prometeu o cirurgião Francisco Santos que, apesar de exercer medicina há largos anos no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, mantém a pronuncia alentejana.
Por seu lado, Bernardo Mendes Lopes Barreto, candidato à Assembleia Municipal, e, igualmente, médico de profissão, fez um balanço do trabalho autárquico desenvolvido nos últimos anos e acusou os governos PSD e PS de restrições orçamentais às autarquias, nomeadamente às da CDU. «Apesar das dificuldades, os eleitos pela CDU, na Câmara e nas freguesias do concelho, podem e devem sentir-se orgulhosos com o trabalho realizado. Após a conclusão do essencial das infraestruturas básicas, a Câmara Municipal de Beja tem pautado a sua intervenção na criação de equipamentos de apoio à dinamização das actividades económicas e o estabelecimento de programas e parcerias cujo o objectivo é o de promover o desenvolvimento do concelho», destacou Bernardo Barreto.
Por seu lado, José Manuel Carreira Marques, actual presidente da autarquia, eleito pela CDU, decidiu não se recandidatar ao cargo, sendo hoje mandatário da candidatura. «Acredito, com grande confiança no futuro, que esta candidatura, quer à Assembleia quer à Câmara Municipal, enquadra-se no espirito da competência, no trabalho, na motivação e na honestidade», afirmou Carreira Marques, sublinhando que o trabalho que a CDU realizou, neste concelho, «é um excelente trabalho e que está à vista de todos».
Depois de realçar a capacidade de realização dos eleitos da CDU no concelho de Beja, o secretário-geral do PCP chamou à atenção para a «ausência de uma verdadeira política de desenvolvimento regional capaz de tirar partido dos importantes recursos da região, da agricultura aos recursos mineiros e sua transformação, da produção de energia ao desenvolvimento das indústrias agro-alimentares que estão na origem das crescentes dificuldades da economia regional e do definhamento da capacidade produtiva regional».
«O que temos visto e continuamos a ver é a entrega ao desbarato dos nossos recursos nacionais que proporcionam fabulosos lucros privados, como é o caso da Somincor, cujos resultados da actividade mineira aumentaram em 2004 cerca de 830 por cento, um lucro de 65,3 milhões de euros, abdicando-se de afirmar um projecto de metalurgia do cobre que permitisse criar mais emprego e incorporar mais valor à nossa produção mineira e garantir as mais valias a favor da região», afirmou Jerónimo de Sousa, exigindo do Governo do PS que «se empenhe na urgente abertura das minas de Aljustrel».
O secretário-geral do PCP responsabilizou ainda os sucessivos governos pelas dificuldades que atravessam as regiões do interior e os sectores tradicionais da nossa economia, em detrimento das actividades especulativas ou de lucro rápido.
«Actividades dominadas pelo grande capital económico e financeiro que, para além dos fantásticos lucros que apresentam, como é o caso da banca e das principais empresas cotadas em bolsa que em 2004 arrecadaram milhões e milhões de euros, ousam, para fugir às suas responsabilidades fiscais, promover, este ano, mais uma escandalosa operação de migração para o estrangeiro de lotes de acções eufemisticamente chamadas de “operações de optimização fiscal” que mais não são do que “lavagens de dividendos”», denunciou Jerónimo de Sousa.
Combate à fraude
Durante a iniciativa, o secretário-geral do PCP, entusiasticamente saudado pelos apoiantes da CDU no concelho, acusou o Governo de se estar a preparar para «reeditar o discurso da crise», defendendo que o Executivo deve começar pelo combate à fraude e evasão fiscais.
«O PS deve começar, primeiro, pelo combate à fraude e evasão fiscais e impor à banca e aos seguros as mesmas taxas efectivas de imposto que paga qualquer pequeno e médio empresário, antes de pedir mais sacrifícios àqueles que não têm feito outra coisa nos últimos anos», disse.
Manifestou ainda «preocupação» e «inquietação» em relação ao programa do Governo. Um programa que, segundo Jerónimo de Sousa, em muitas matérias não responde aos reais problemas que o País enfrenta nem vai ao encontro das aspirações de mudança que os eleitores expressaram na votação de 20 de Fevereiro.
«Problemas como os da seca que poderia estar hoje muito atenuados não fossem também os anos de incúria, de falta de vontade política e de arrastamento de soluções dos últimos governos PSD e PS», disse, salientando que «os atrasos no desenvolvimento dos canais de irrigação e de todo o sistema de infra-estruturas necessárias que, a partir do empreendimento do Alqueva, deveriam garantir a água a toda esta região, são inaceitáveis. O que está a acontecer este ano não é mais que um fenómeno cíclico desta vez mais agravado que, no imediato, impõe a concretização de um Plano de Emergência para acudir às mais graves situações, devia obrigar o Governo a reflectir sobre a imperiosa necessidade de acelerar, sem mais delongas, as obras necessárias e garantir o respectivo investimento. Exige-se e espera-se que se ultrapasse o inqualificável bloqueio que se está a impor aos municípios e ao seu modelo de organização inter-municipal de distribuição da água em alta porque se persiste na imposição de soluções organizativas empresariais que subalternizam o poder local com a intenção de deixar espaço a uma futura privatização da água».
Acesso à terra irrigada
No final da sua intervenção, o secretário-geral do PCP sublinhou ainda a necessidade de dar passos mais decisivos no aproveitamento integral do empreendimento do Alqueva no cumprimento das suas funções de desenvolvimento, democratização do acesso à terra e promoção de emprego.
«Numa região onde a preocupação nuclear de uma política de desenvolvimento regional devia ser a criação de postos de trabalho e o repovoamento não se pode continuar a ignorar e protelar uma resposta ao problema da terra. Os frutos de um investimento público desta dimensão e natureza não podem servir apenas uma minoria. É necessário assegurar um aproveitamento do Alqueva que sirva os interesses dos pequenos e médios agricultores, dos seareiros e rendeiros e dos trabalhadores agrícolas garantindo-lhes também o acesso à terra irrigada com uma adequada reestruturação fundiária e a criação de um banco de terras. Da nossa parte não abdicaremos de continuar a lutar pela concretização de medidas que assegurem o pleno aproveitamento do Alqueva, colocando-o ao serviço do povo, da região e do País», concluiu.
«Presidência aberta e constante»
Durante a iniciativa de apresentação dos cabeça de lista da CDU à autarquia alentejana, o candidato à Câmara de Beja, nas próximas eleições autárquicas, Francisco Santos, manifestou confiança na vitória, prometendo uma espécie de «presidência aberta e constante».
«Não falarei com pessoas através de encontros com dias e horas marcados. Irei ter com elas aos cafés, aos restaurantes onde elas estiverem», prometeu o cirurgião Francisco Santos que, apesar de exercer medicina há largos anos no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, mantém a pronuncia alentejana.
Por seu lado, Bernardo Mendes Lopes Barreto, candidato à Assembleia Municipal, e, igualmente, médico de profissão, fez um balanço do trabalho autárquico desenvolvido nos últimos anos e acusou os governos PSD e PS de restrições orçamentais às autarquias, nomeadamente às da CDU. «Apesar das dificuldades, os eleitos pela CDU, na Câmara e nas freguesias do concelho, podem e devem sentir-se orgulhosos com o trabalho realizado. Após a conclusão do essencial das infraestruturas básicas, a Câmara Municipal de Beja tem pautado a sua intervenção na criação de equipamentos de apoio à dinamização das actividades económicas e o estabelecimento de programas e parcerias cujo o objectivo é o de promover o desenvolvimento do concelho», destacou Bernardo Barreto.
Por seu lado, José Manuel Carreira Marques, actual presidente da autarquia, eleito pela CDU, decidiu não se recandidatar ao cargo, sendo hoje mandatário da candidatura. «Acredito, com grande confiança no futuro, que esta candidatura, quer à Assembleia quer à Câmara Municipal, enquadra-se no espirito da competência, no trabalho, na motivação e na honestidade», afirmou Carreira Marques, sublinhando que o trabalho que a CDU realizou, neste concelho, «é um excelente trabalho e que está à vista de todos».