Realizado em Moura no passado dia 3 de Abril, o Encontro de Quadros de Beja do PCP fez uma avaliação do programa do novo Governo para a região e não gostou do que leu. Para os comunistas, «é inaceitável a total ausência de referência a medidas de reestruturação fundiária que assegurem o cumprimento do previsto» na Constituição da República. Isto, destacam, apesar de «sucessivos governos apontarem a estrutura da posse e uso da terra como uma das causas para do atraso e subdesenvolvimento do Alentejo».
Alqueva foi outro dos assuntos abordados, considerando os comunistas de Beja que o programa do PS abre a porta para que o Governo volte a prejudicar os interesses do Estado em favor dos grandes proprietários de terra.
Mas nem tudo é mau. No encontro, saudou-se a iniciativa do Partido, ao propor algumas medidas de extrema importância, como seja a revogação do Código do Trabalho, a despenalização do aborto, o aumento do Salário Mínimo Nacional para 400 euros, bem como o aumento das reformas.
O encontro alertou ainda para os perigos do «discurso da tanga», que políticos de vários partidos e comentadores têm vindo a invocar. Para que tudo continue na mesma. Ou pior…
O encontro avançou ainda medidas para o reforço do Partido na região, realizando mais assembleias das organizações de base, responsabilizando mais quadros jovens para as importantes tarefas do Partido, terminando a acção de contactos na região. Quanto ao recrutamento, ficou definida como meta 250 novos recrutamentos até ao próximo aniversário do Partido, a 6 de Março de 2006.
Foi ainda destacada a necessidade de «associar o reforço orgânico à iniciativa política e à acção de massas», colocando no centro das atenções de organizações e militantes os problemas dos trabalhadores e das populações do distrito.