Governo congela salários e negoceia dívida
Uma manifestação de protesto contra o Fundo Monetário Internacional (FMI) está marcada para hoje, 31 de Março, em Montevideu, capital do Uruguai.
Segundo a Comissão Promotora da Jornada de Protesto Contra o FMI, o objectivo da iniciativa é levar a cabo «uma jornada de repúdio o mais ampla e massiva possível» contra uma organização que «tem como missão aumentar os níveis de pobreza e exploração de nossos povos».
A manifestação coincide com a presença no Uruguai, desde segunda-feira, de uma delegação do FMI presidida por Andrew Wolfe, encarregada de negociar com o recém empossado governo de Tabaré Vásquez a renovação do acordo que o país assinou com o Fundo e que hoje termina.
A missão do FMI propõe um novo acordo de três anos, prevendo um superavit de 4% do Produto Interno Bruto (PIB). O Fundo pretende igualmente que o novo governo uruguaio se comprometa com um calendário para o pagamento dos empréstimos de emergência contraídos durante a crise de 2002, quando a organização lhe concedeu uma «blindagem financeira» de 3,5 milhares de milhões de dólares.
Em declarações à imprensa, o novo presidente do Banco Central do Uruguai, Walter Cancela, disse que o governo tem «expectativas razoáveis» de conseguir um «acordo também razoável» e «sem apuros».
Salários congelados
O governo pretende, entre outros aspectos, reduzir o montante dos pagamentos «obrigatórios» ao FMI respeitantes a 2005 e a 2006, que totalizam cerca de 1300 milhões de dólares, bem como estabelecer metas fiscais e os valores finais dos compromissos imediatos da dívida para com o Fundo, que ascende a mais de 20 por cento do PBI uruguaio.
Um dia depois da chegada da missão do FMI, o executivo de Tabaré Vásquez aprovou uma correcção em alta dos preços dos combustíveis e da energia eléctrica, o que foi entendido como uma manifestação de «responsabilidade em matéria fiscal».
O ministro da Economia, Danilo Astori, informou entretanto os membros do governo que não haverá aumentos salariais no imediato e que o objectivo do executivo é manter «o superávit fiscal». Astori defendeu igualmente que o orçamento deverá ser elaborado com «cuidado, equilíbrio e responsabilidade» e que os «investimentos privados» serão essenciais para o país, pelo que considera fundamental a criação de condições de «estabilidade e confiança» no Uruguai.
Num documento divulgado previamente pelo FMI, prevê-se que a inflação no Uruguai oscilará este ano entre os 5,5 e os 6,5 por cento, embora se admita que estes números possam ser revistos tendo em conta o preço do petróleo e a crise energética. As previsões macro-económicas do fundo foram revista em alta, e prevêem uma conjuntura favorável para o corrente ano, com um crescimento superior a 5 por cento.
Segundo a Comissão Promotora da Jornada de Protesto Contra o FMI, o objectivo da iniciativa é levar a cabo «uma jornada de repúdio o mais ampla e massiva possível» contra uma organização que «tem como missão aumentar os níveis de pobreza e exploração de nossos povos».
A manifestação coincide com a presença no Uruguai, desde segunda-feira, de uma delegação do FMI presidida por Andrew Wolfe, encarregada de negociar com o recém empossado governo de Tabaré Vásquez a renovação do acordo que o país assinou com o Fundo e que hoje termina.
A missão do FMI propõe um novo acordo de três anos, prevendo um superavit de 4% do Produto Interno Bruto (PIB). O Fundo pretende igualmente que o novo governo uruguaio se comprometa com um calendário para o pagamento dos empréstimos de emergência contraídos durante a crise de 2002, quando a organização lhe concedeu uma «blindagem financeira» de 3,5 milhares de milhões de dólares.
Em declarações à imprensa, o novo presidente do Banco Central do Uruguai, Walter Cancela, disse que o governo tem «expectativas razoáveis» de conseguir um «acordo também razoável» e «sem apuros».
Salários congelados
O governo pretende, entre outros aspectos, reduzir o montante dos pagamentos «obrigatórios» ao FMI respeitantes a 2005 e a 2006, que totalizam cerca de 1300 milhões de dólares, bem como estabelecer metas fiscais e os valores finais dos compromissos imediatos da dívida para com o Fundo, que ascende a mais de 20 por cento do PBI uruguaio.
Um dia depois da chegada da missão do FMI, o executivo de Tabaré Vásquez aprovou uma correcção em alta dos preços dos combustíveis e da energia eléctrica, o que foi entendido como uma manifestação de «responsabilidade em matéria fiscal».
O ministro da Economia, Danilo Astori, informou entretanto os membros do governo que não haverá aumentos salariais no imediato e que o objectivo do executivo é manter «o superávit fiscal». Astori defendeu igualmente que o orçamento deverá ser elaborado com «cuidado, equilíbrio e responsabilidade» e que os «investimentos privados» serão essenciais para o país, pelo que considera fundamental a criação de condições de «estabilidade e confiança» no Uruguai.
Num documento divulgado previamente pelo FMI, prevê-se que a inflação no Uruguai oscilará este ano entre os 5,5 e os 6,5 por cento, embora se admita que estes números possam ser revistos tendo em conta o preço do petróleo e a crise energética. As previsões macro-económicas do fundo foram revista em alta, e prevêem uma conjuntura favorável para o corrente ano, com um crescimento superior a 5 por cento.