Trabalho não é um privilégio, é um direito
Fábricas, centros comerciais e escolas com ensino nocturno do distrito do Porto têm sido visitadas por grupos de militantes da JCP, no âmbito da campanha de Jovens Trabalhadores. A recepção é boa, porque há uma identificação com os temas abordados e as propostas apresentadas.
«Se formos abaixo com estas recusas, não podemos ser comunistas»
Ricardo Santos, José António Moreira, Gonçalo Pereira e João Tiago Silva participam regularmente na campanha de esclarecimento da Organização dos Jovens Trabalhadores do Porto, lançada em Novembro, junto a um centro de emprego em Vila Nova de Gaia. A escolha do local não foi inocente, pois um dos principais objectivos é contactar 7500 jovens trabalhadores e desempregados do distrito, abordando duas questões: o trabalho precário e o desemprego.
Estes são, de facto, dois grandes problemas num distrito onde o desemprego aumentou 63 por cento nos últimos dois anos. Dos 500 mil desempregados que existem em Portugal, 200 mil residem no Norte do País. Diversas fábricas, centros comerciais e escolas com ensino recorrente foram visitadas pela JCP, distribuindo panfletos com o lema «Basta! Somos trabalhadores, não somos escravos!».
O documento aborda problemas específicos do distrito e de locais de trabalho e apela à sindicalização dos trabalhadores como forma de luta pelos seus direitos. «As pessoas vêem que falamos sobre a sua situação e identificam-se com o que lêem», refere João Tiago Silva. «Há muita gente que desconhece os seus direitos e este documento dá muitas informações sobre vários assuntos, nomeadamente os contratos de trabalho», acrescenta José António Moreira.
«Procuramos transmitir que ter um emprego não é um privilégio, é um direito. As pessoas têm de trabalhar, têm de ter uma fonte de rendimento. Sem os trabalhadores não há produção. Os trabalhadores precisam de um emprego, mas os patrões também precisam deles», explica, por sua vez, Ricardo Santos.
Dedicação e militância
O balanço do trabalho desenvolvido até agora é positivo, até porque, em geral, a recepção tem sido boa. «É que nós somos trabalhadores também, estamos em pé de igualdade com as pessoas a quem nos dirigimos. Há uma abordagem no documento e no contacto directo que se proporciona e as sensibilidades que se têm recolhido vão ao encontro das reflexões do Partido. E dão-nos mais informações, o que é muito importante», adianta João Tiago, admitindo que a organização tinha um défice de conhecimento de problemas concretos em algumas empresas do distrito.
«Continuamos com insuficiências, não temos dúvidas em relação a isso, mas demos alguns passos e temos recolhido informações muito válidas», acrescenta, referindo ainda os novos contactos feitos em diversos locais.
O documento foi elaborado com camaradas de quase todos os concelhos do distrito do Porto. A ajuda do militantes do PCP tem sido importante, mas, como afirma João Tiago, «começamos a ter pernas próprias para andar e identificar as empresas prioritárias, as que têm trabalhadores mais jovens».
O fim da campanha está previsto para final de Março. Para depois prevê-se a distribuição de outros panfletos sobre os problemas de cada local de trabalho, como forma de intervenção local, afirmação da JCP e das suas propostas e continuação do trabalho de contactos e de esclarecimento agora desenvolvido. «Queremos trabalhar de uma forma mais contínua e criar “pontas” em empresas, o que também terá frutos nos recrutamentos», salienta João Silva.
Estes são, de facto, dois grandes problemas num distrito onde o desemprego aumentou 63 por cento nos últimos dois anos. Dos 500 mil desempregados que existem em Portugal, 200 mil residem no Norte do País. Diversas fábricas, centros comerciais e escolas com ensino recorrente foram visitadas pela JCP, distribuindo panfletos com o lema «Basta! Somos trabalhadores, não somos escravos!».
O documento aborda problemas específicos do distrito e de locais de trabalho e apela à sindicalização dos trabalhadores como forma de luta pelos seus direitos. «As pessoas vêem que falamos sobre a sua situação e identificam-se com o que lêem», refere João Tiago Silva. «Há muita gente que desconhece os seus direitos e este documento dá muitas informações sobre vários assuntos, nomeadamente os contratos de trabalho», acrescenta José António Moreira.
«Procuramos transmitir que ter um emprego não é um privilégio, é um direito. As pessoas têm de trabalhar, têm de ter uma fonte de rendimento. Sem os trabalhadores não há produção. Os trabalhadores precisam de um emprego, mas os patrões também precisam deles», explica, por sua vez, Ricardo Santos.
Dedicação e militância
O balanço do trabalho desenvolvido até agora é positivo, até porque, em geral, a recepção tem sido boa. «É que nós somos trabalhadores também, estamos em pé de igualdade com as pessoas a quem nos dirigimos. Há uma abordagem no documento e no contacto directo que se proporciona e as sensibilidades que se têm recolhido vão ao encontro das reflexões do Partido. E dão-nos mais informações, o que é muito importante», adianta João Tiago, admitindo que a organização tinha um défice de conhecimento de problemas concretos em algumas empresas do distrito.
«Continuamos com insuficiências, não temos dúvidas em relação a isso, mas demos alguns passos e temos recolhido informações muito válidas», acrescenta, referindo ainda os novos contactos feitos em diversos locais.
O documento foi elaborado com camaradas de quase todos os concelhos do distrito do Porto. A ajuda do militantes do PCP tem sido importante, mas, como afirma João Tiago, «começamos a ter pernas próprias para andar e identificar as empresas prioritárias, as que têm trabalhadores mais jovens».
O fim da campanha está previsto para final de Março. Para depois prevê-se a distribuição de outros panfletos sobre os problemas de cada local de trabalho, como forma de intervenção local, afirmação da JCP e das suas propostas e continuação do trabalho de contactos e de esclarecimento agora desenvolvido. «Queremos trabalhar de uma forma mais contínua e criar “pontas” em empresas, o que também terá frutos nos recrutamentos», salienta João Silva.