Atraso na escolaridade aumenta
O atraso na escolaridade em Portugal em relação à media da OCDE aumentou até 2002, apesar dos progressos registados a nível nacional, de acordo com um estudo do economista Eugénio Rosa.
um engano pensar aumentar a produtividade através de «choques»
Em 2002, 65 por cento dos portugueses entre os 25 e os 34 anos tinham o ensino básico ou menos, quase o triplo dos 22 por cento de média dos países que fazem parte da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económicos (OCDE). Em Portugal, apenas 15 por cento tinham um cursos superior, pouco mais de metade da média da organização.
Considerando a população em idade activa (25 aos 64 anos), o documento indica que a percentagem de pessoas que possuíam curso superior em Portugal aumentou 2 pontos percentuais entre 1991 e 2002, passando para 9 por cento, enquanto a média da OCDE cresceu 5 por cento, para 23 por cento. No mesmo período, o peso deste grupo cresceu 9 por cento na Irlanda.
O autor do estudo considera «extremamente preocupante» que em período eleitoral esteja ausente do discurso político o problema da educação, considerada como uma das causas estruturais da grave crise do País. Em declarações à Lusa, Eugénio Rosa afirma que não é possível alcançar taxas de crescimento económico elevadas e duradouras sem aumentar o nível de escolaridade dos trabalhadores e das entidades patronais e sustenta que é «enganar os portugueses» dizer que é possível aumentar a produtividade de forma sustentada através de «choques», sejam eles fiscais, tecnológicos ou de gestão.
Estudos da OCDE indicam que um trabalhador com ensino superior produz em média 145 por cento mais do que um trabalhador que não tenha mais do que a escolaridade básica, isto é, mais do dobro, e que um trabalhador com ensino secundário completo produz em média cerca de 40 por cento mais do que os que não foram além do ensino básico.
No período de 1991 a 2002, o número de pessoas entre os 25 e 64 anos que apenas tinha a escolaridade básica baixou em média na OCDE 12 por cento, enquanto em Portugal desceu apenas seis por cento. No nosso país, quatro em cada cinco pessoas daquela faixa etária não tinha em 2002 mais do que a escolaridade básica, contra apenas um terço na OCDE.
A taxa de abandono escolar é de 45 por cento na população portuguesa com menos de 25 anos, enquanto na União Europeia alargada a 25 países não vai além de 18 por cento.
Em 2002, 37 por cento dos espanhóis e 36 por cento dos irlandeses entre 25 aos 34 anos tinham completado cursos superiores.
Considerando a população em idade activa (25 aos 64 anos), o documento indica que a percentagem de pessoas que possuíam curso superior em Portugal aumentou 2 pontos percentuais entre 1991 e 2002, passando para 9 por cento, enquanto a média da OCDE cresceu 5 por cento, para 23 por cento. No mesmo período, o peso deste grupo cresceu 9 por cento na Irlanda.
O autor do estudo considera «extremamente preocupante» que em período eleitoral esteja ausente do discurso político o problema da educação, considerada como uma das causas estruturais da grave crise do País. Em declarações à Lusa, Eugénio Rosa afirma que não é possível alcançar taxas de crescimento económico elevadas e duradouras sem aumentar o nível de escolaridade dos trabalhadores e das entidades patronais e sustenta que é «enganar os portugueses» dizer que é possível aumentar a produtividade de forma sustentada através de «choques», sejam eles fiscais, tecnológicos ou de gestão.
Estudos da OCDE indicam que um trabalhador com ensino superior produz em média 145 por cento mais do que um trabalhador que não tenha mais do que a escolaridade básica, isto é, mais do dobro, e que um trabalhador com ensino secundário completo produz em média cerca de 40 por cento mais do que os que não foram além do ensino básico.
No período de 1991 a 2002, o número de pessoas entre os 25 e 64 anos que apenas tinha a escolaridade básica baixou em média na OCDE 12 por cento, enquanto em Portugal desceu apenas seis por cento. No nosso país, quatro em cada cinco pessoas daquela faixa etária não tinha em 2002 mais do que a escolaridade básica, contra apenas um terço na OCDE.
A taxa de abandono escolar é de 45 por cento na população portuguesa com menos de 25 anos, enquanto na União Europeia alargada a 25 países não vai além de 18 por cento.
Em 2002, 37 por cento dos espanhóis e 36 por cento dos irlandeses entre 25 aos 34 anos tinham completado cursos superiores.