Abusar dos dinheiros públicos
Um puro acto de «propaganda política», a pensar nas eleições de 20 de Fevereiro, assim classificou o PCP a brochura alusiva ao Orçamento do Estado para 2005 editada pelo Governo e mandada publicar no passado dia 22 em vários jornais diários.
Considerando-a uma iniciativa «politicamente ilegítima», o presidente da bancada comunista, Bernardino Soares, em requerimento à presidência do Conselho de Ministros, reagiu de pronto exigindo esclarecimentos sobre o custo quer da produção do encarte quer da sua publicitação.
Ao que o Executivo veio responder, pela voz do ministro Morais Sarmento, afirmando tratar-se de um «investimento e não de uma despesa», com um custo de cem mil euros (cerca de 20 mil contos na moeda antiga), destinado a que os portugueses percebam «quanto pagam e onde é gasto o seu dinheiro».
Deste jeito tentou o Ministro de Estado e da Presidência camuflar o que verdadeiramente significou esta iniciativa inédita: um acto de propaganda em formato de luxo pago com o dinheiro dos contribuintes.
Certo é que não há memória de nada de semelhante ter sido feito a propósito dos orçamentos anteriores, o que levou o Grupo comunista a concluir que esta foi uma decisão obviamente assumida quando as eleições antecipadas já estavam no horizonte e não, como disse o governante, tomada «há muito tempo».
É o próprio Ministro da Saúde, em declarações à RTP 1, nesse mesmo dia, que, involuntariamente ou não, vem desmentir o seu colega de Governo ao afirmar que a decisão de fazer a brochura foi coincidente com a de levar o actual Orçamento do Estado à votação. O que, recorde-se, esteve em dúvida durante um certo período, para além de que só com a certeza da sua aprovação podia ter desencadeada esta iniciativa.
Bernardino Soares acusa ainda o de,
Ao «deturpar, omitir e apresentar versões parciais de vários aspectos», com este documento, ainda segundo Bernardino Soares, o Executivo PSD-CDS/PP sacrificou a verdade dos factos do Orçamento à propaganda política.
Considerando-a uma iniciativa «politicamente ilegítima», o presidente da bancada comunista, Bernardino Soares, em requerimento à presidência do Conselho de Ministros, reagiu de pronto exigindo esclarecimentos sobre o custo quer da produção do encarte quer da sua publicitação.
Ao que o Executivo veio responder, pela voz do ministro Morais Sarmento, afirmando tratar-se de um «investimento e não de uma despesa», com um custo de cem mil euros (cerca de 20 mil contos na moeda antiga), destinado a que os portugueses percebam «quanto pagam e onde é gasto o seu dinheiro».
Deste jeito tentou o Ministro de Estado e da Presidência camuflar o que verdadeiramente significou esta iniciativa inédita: um acto de propaganda em formato de luxo pago com o dinheiro dos contribuintes.
Certo é que não há memória de nada de semelhante ter sido feito a propósito dos orçamentos anteriores, o que levou o Grupo comunista a concluir que esta foi uma decisão obviamente assumida quando as eleições antecipadas já estavam no horizonte e não, como disse o governante, tomada «há muito tempo».
É o próprio Ministro da Saúde, em declarações à RTP 1, nesse mesmo dia, que, involuntariamente ou não, vem desmentir o seu colega de Governo ao afirmar que a decisão de fazer a brochura foi coincidente com a de levar o actual Orçamento do Estado à votação. O que, recorde-se, esteve em dúvida durante um certo período, para além de que só com a certeza da sua aprovação podia ter desencadeada esta iniciativa.
Bernardino Soares acusa ainda o de,
Ao «deturpar, omitir e apresentar versões parciais de vários aspectos», com este documento, ainda segundo Bernardino Soares, o Executivo PSD-CDS/PP sacrificou a verdade dos factos do Orçamento à propaganda política.