Alteração ao traçado da CRIL

Em desrespeito pela vontade popular

Estão por explicar as razões que levaram à não aceitação pelo Governo das alterações propostas pelas comissões de moradores ao traçado da CRIL no sublanço entre a Buraca e a Pontinha.
Apresentadas no decurso da discussão pública do estudo ambiental, tais propostas são vistas como muito importantes para atenuar os altíssimos impactes ambientais negativos existentes no projecto inicial para as populações de Alfornelos, Venda Nova e Damaia, concelho da Amadora.
O sublanço em falta atravessa esta área densamente urbanizada, pelo que importa respeitar a qualidade de vida presente e futura das populações nela residentes. Isto não obstante reconhecer-se que a onclusão da CRIL é um projecto do maior interesse para a Área Metropolitana de Lisboa e para o País
Ora sucede que o prazo destinado a acolher as opiniões e contributos da população terminou no 2 de Novembro e nenhuma das alterações fundamentais subscritas pelas comissões de moradores foi contemplada no projecto.
O que motivou de imediato uma reacção da bancada comunista, através do deputado António Filipe, pretendendo saber quais os motivos que levaram o Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações a desprezar uma proposta tida como «uma excelente base de trabalho» para o traçado da CRIL que falta construir.
Em requerimento endereçado ao Governo, o parlamentar do PCP sublinha, nomeadamente, o facto de o novo traçado proposto pelos moradores – ligação entre o nó da Buraca e a Pontinha pelos terrenos da Quinta do Estado – encerrar «significativas vantagens» em relação ao projecto inicial, como é, por exemplo, a de evitar o emparedamento do núcleo urbano da freguesia de Alfornelos por vias rápidas, evitando ao mesmo tempo a construção do viaduto das Portas de Benfica e a inerente degradação ambiental e visual.
Como muito positivo nesta proposta surge ainda o facto de poupar cerca de um quilómetro de via-rápida, para além de facilitar o escoamento pela maior fluidez proporcionada pelo traçado, e, por outro lado, relocalizar o nó previsto para a Damaia, diminuindo assim os seus impactes negativos.
Salientada como vantagem é também a libertação de terrenos até agora ocupados pelos entretanto realojados bairros das Fontainhas e da Azinhaga dos Besouros para uma operação de requalificação ambiental com corredor verde, bem como a preservação do troço do Aqueduto das Águas Livres que no actual projecto é destruído.


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