Greve maciça em França
A greve geral convocada por todos os sindicatos franceses teve uma adesão maciça em todo o país, onde se realizaram mais de uma centena de manifestações envolvendo cerca de um milhão de pessoas.
Na manhã de terça-feira, dia 13, segundo noticiava o «Liberation», na sua versão electrónica, os jornais franceses de expansão nacional e a maioria dos regionais não apareceram nas bancas, sendo afectados igualmente os meios audiovisuais.
Com uma fortíssima adesão nos sectores público e privado, a greve contra o projecto de reforma das pensões teve um impacto só comparável à paralisação de 1995, quando os franceses se mobilizaram contra um projecto semelhante apresentado pelo governo de Alain Juppé, realizando uma sucessão de greves e manifestações que se prolongou por quase um mês, entre Novembro e Dezembro, e que forçou o executivo a congelar as alterações.
Segundo dados parciais divulgados no dia da greve, 80 por cento dos voos com destino ou chegada a França foram anulados, tendo encerrado uma dezena de aeroportos. Em Paris, praticamente não circularam comboios suburbanos, assim como não funcionaram o metro e autocarros. O trânsito automóvel era intenso e até os passeios estavam cheios de peões, referia o «Liberation».
Em todo o país o cenário foi semelhante. Os comboios de alta velocidade, TGV, reduziram o tráfego para um quatro do habitual. Em 50 cidades, a rede de transportes funcionava a menos de 50 por cento, sendo que a paralisação foi total numa quinzena de cidades, entre elas Bordéus, Saint-Etienne, Dijon e Nice.
Na Educação a adesão à greve atingiu um novo recorde, em comparação com as paralisações anteriores, segundo dados do próprio Ministério: 74,18 por cento nas escolas, 70,54 por cento nos colégios, 64,20 por cento nos liceus profissionais, 65 por cento nos liceus, 55,28 por cento não-docente. A greve geral afectou igualmente o sector privado, com destaque para os sectores automóvel e das telecomunicações.
Em Paris, de acordo com dados sindicais, a manifestação juntou 250 pessoas, em Marselha 200 mil, em Toulouse 100 mil, 50 mil em Grenoble, 40 mil em Lyon e em Clermont-Ferrand, 35 mil em Toulon, 30 000 em Nice e 15 mil em Estrasburgo.
Apesar do poderoso protesto, o ministro dos Assuntos Sociais, François Fillon, mostrava-se «convencido de que a reforma vai ser aprovada», considerando que «2003 é diferente de 1995». Esta era também a opinião do primeiro- ministro, Jean-Pierre Raffarin, ao declarar que «não é a rua que governa».
A jornada de luta, que mereceu a aprovação de 64 por cento dos inquiridos numa sondagem divulgada pelo jornal «Le Monde», foi apoiada pelos partidos de esquerda - PS, PCF Verdes e PRG – cujos dirigentes marcaram presença nas manifestações.
O texto definitivo do seu anteprojecto de reforma será apresentado no próximo dia 28, para ser debatido e votado no Parlamento antes de 14 de Julho, mas os sindicatos já admitem convocar nova jornada para 25 de Maio.
Na manhã de terça-feira, dia 13, segundo noticiava o «Liberation», na sua versão electrónica, os jornais franceses de expansão nacional e a maioria dos regionais não apareceram nas bancas, sendo afectados igualmente os meios audiovisuais.
Com uma fortíssima adesão nos sectores público e privado, a greve contra o projecto de reforma das pensões teve um impacto só comparável à paralisação de 1995, quando os franceses se mobilizaram contra um projecto semelhante apresentado pelo governo de Alain Juppé, realizando uma sucessão de greves e manifestações que se prolongou por quase um mês, entre Novembro e Dezembro, e que forçou o executivo a congelar as alterações.
Segundo dados parciais divulgados no dia da greve, 80 por cento dos voos com destino ou chegada a França foram anulados, tendo encerrado uma dezena de aeroportos. Em Paris, praticamente não circularam comboios suburbanos, assim como não funcionaram o metro e autocarros. O trânsito automóvel era intenso e até os passeios estavam cheios de peões, referia o «Liberation».
Em todo o país o cenário foi semelhante. Os comboios de alta velocidade, TGV, reduziram o tráfego para um quatro do habitual. Em 50 cidades, a rede de transportes funcionava a menos de 50 por cento, sendo que a paralisação foi total numa quinzena de cidades, entre elas Bordéus, Saint-Etienne, Dijon e Nice.
Na Educação a adesão à greve atingiu um novo recorde, em comparação com as paralisações anteriores, segundo dados do próprio Ministério: 74,18 por cento nas escolas, 70,54 por cento nos colégios, 64,20 por cento nos liceus profissionais, 65 por cento nos liceus, 55,28 por cento não-docente. A greve geral afectou igualmente o sector privado, com destaque para os sectores automóvel e das telecomunicações.
Em Paris, de acordo com dados sindicais, a manifestação juntou 250 pessoas, em Marselha 200 mil, em Toulouse 100 mil, 50 mil em Grenoble, 40 mil em Lyon e em Clermont-Ferrand, 35 mil em Toulon, 30 000 em Nice e 15 mil em Estrasburgo.
Apesar do poderoso protesto, o ministro dos Assuntos Sociais, François Fillon, mostrava-se «convencido de que a reforma vai ser aprovada», considerando que «2003 é diferente de 1995». Esta era também a opinião do primeiro- ministro, Jean-Pierre Raffarin, ao declarar que «não é a rua que governa».
A jornada de luta, que mereceu a aprovação de 64 por cento dos inquiridos numa sondagem divulgada pelo jornal «Le Monde», foi apoiada pelos partidos de esquerda - PS, PCF Verdes e PRG – cujos dirigentes marcaram presença nas manifestações.
O texto definitivo do seu anteprojecto de reforma será apresentado no próximo dia 28, para ser debatido e votado no Parlamento antes de 14 de Julho, mas os sindicatos já admitem convocar nova jornada para 25 de Maio.