Salvar o emprego
Os trabalhadores da fábrica da Opel, em Bochum, entraram em greve desde a passada quinta-feira, 14, imediatamente após a administração do grupo ter anunciando despedimentos em massa.
General Motors extingue 12 mil postos de trabalho na Europa
Há meses que o grupo norte-americano General Motors manifestava a intenção de aplicar um severo programa de cortes nas suas filiais europeias Opel, Vauxaull e Saab, com fábricas em diversos países, onde alegadamente tem vindo a acumular prejuízos que já terão ultrapassado este ano 190 milhões de euros.
O anúncio agora oficializado preconiza a extinção de 12 mil postos de trabalho, 10 mil dos quais nas fábricas da Alemanha, designadamente quatro mil em Bochum, no estado da Renânia do Norte – Vestefália e quatro mil, em Russelsheim, perto de Frankfurt.
Quebrando as «tradições», os trabalhadores da Opel em Bochum encetaram uma greve espontânea, sem esperar por uma decisão dos sindicatos, os quais não obstante condenarem com veemência o plano da empresa, nunca apelaram à greve, considerando pelo contrário que tal atitude «impede uma negociação eficaz com a General Motors», segundo declarou na sexta-feira, Berthold Huber, vice-presidente do IG Metall.
No entanto, apesar da paragem da laboração durante o fim-de-semana, centenas de assalariados voltaram a concentrar-se, no sábado e domingo, junto àquela fábrica, acompanhados das suas mulheres e crianças, onde acenderam velas em protesto contra os despedimentos forçados.
Bandeiras de luta colocadas na vedação das instalações lembram as terríveis consequências do desemprego numa região que já viu desaparecer as minas de carvão, mais tarde as siderurgias e teme agora o fim da indústria automóvel.
No sábado, antes de um encontro entre as equipas de futebol do LVF Bochum e do Hansa Rostock, um desfile de solidariedade com os trabalhadores da Opel atravessou o relvado sendo vigorosamente aplaudido por cerca de 25 mil espectadores. «A Opel pertence tanto a Bochum como o LVF», lia-se no pano transportado pelos manifestantes. Ali todos sabem que uma crise na Opel terá graves repercussões nos restantes sectores de actividade da cidade.
Por isso de nada valeram os apelos do ministro da Economia, Wolfgang Clement que, denunciando «erros gravíssimos de gestão» na Opel, exortou os grevistas a retomarem o trabalho, nem as ameaças do patrão da GM na Europa, Fritz Henderson, preconizando o encerramento «puro e simples da fábrica» caso o conflito se mantenha.
Na segunda-feira, 18, reunidos em assembleia geral, os trabalhadores aprovaram por unanimidade não retomar o trabalho até lhes ser dada a garantia de que não haverá despedimentos colectivos.
A sua determinação poderá ser decisiva neste processo, uma vez que a fábrica de Bochum possui uma importância estratégica como fornecedora de componentes para as cadeias de montagem do grupo em Amberes (Bélgica), Ellesmere (Grã-Bretanha) e Gliwice (Polónia).
O anúncio agora oficializado preconiza a extinção de 12 mil postos de trabalho, 10 mil dos quais nas fábricas da Alemanha, designadamente quatro mil em Bochum, no estado da Renânia do Norte – Vestefália e quatro mil, em Russelsheim, perto de Frankfurt.
Quebrando as «tradições», os trabalhadores da Opel em Bochum encetaram uma greve espontânea, sem esperar por uma decisão dos sindicatos, os quais não obstante condenarem com veemência o plano da empresa, nunca apelaram à greve, considerando pelo contrário que tal atitude «impede uma negociação eficaz com a General Motors», segundo declarou na sexta-feira, Berthold Huber, vice-presidente do IG Metall.
No entanto, apesar da paragem da laboração durante o fim-de-semana, centenas de assalariados voltaram a concentrar-se, no sábado e domingo, junto àquela fábrica, acompanhados das suas mulheres e crianças, onde acenderam velas em protesto contra os despedimentos forçados.
Bandeiras de luta colocadas na vedação das instalações lembram as terríveis consequências do desemprego numa região que já viu desaparecer as minas de carvão, mais tarde as siderurgias e teme agora o fim da indústria automóvel.
No sábado, antes de um encontro entre as equipas de futebol do LVF Bochum e do Hansa Rostock, um desfile de solidariedade com os trabalhadores da Opel atravessou o relvado sendo vigorosamente aplaudido por cerca de 25 mil espectadores. «A Opel pertence tanto a Bochum como o LVF», lia-se no pano transportado pelos manifestantes. Ali todos sabem que uma crise na Opel terá graves repercussões nos restantes sectores de actividade da cidade.
Por isso de nada valeram os apelos do ministro da Economia, Wolfgang Clement que, denunciando «erros gravíssimos de gestão» na Opel, exortou os grevistas a retomarem o trabalho, nem as ameaças do patrão da GM na Europa, Fritz Henderson, preconizando o encerramento «puro e simples da fábrica» caso o conflito se mantenha.
Na segunda-feira, 18, reunidos em assembleia geral, os trabalhadores aprovaram por unanimidade não retomar o trabalho até lhes ser dada a garantia de que não haverá despedimentos colectivos.
A sua determinação poderá ser decisiva neste processo, uma vez que a fábrica de Bochum possui uma importância estratégica como fornecedora de componentes para as cadeias de montagem do grupo em Amberes (Bélgica), Ellesmere (Grã-Bretanha) e Gliwice (Polónia).