Desemprego cresce com causas
Para a CGTP-IN, a gravidade da situação mostra que não basta anunciar medidas pontuais, mas é preciso inverter a política e combater as causas internas da crise.
É necessário, urgente e possível mudar de política, defende a CGTP
«O desemprego tem pesados custos humanos, sociais e económicos», sublinhou a central, que na quarta-feira da semana passada, deu uma conferência de imprensa para comentar os números revelados pelo Eurostat e que apontam para uma taxa de 7 por cento de desempregados em Portugal, o que faz do nosso país aquele que registou maior crescimento daquele índice, comparando os valores de Março de 2002 e 2003.
Estão cá
A Intersindical Nacional nota que «os problemas com que se debate a economia portuguesa e o processo de desenvolvimento do País, sem deixarem de ter alguma relação com o cenário internacional, têm acima de tudo causas internas». No documento distribuído à comunicação social são apontados três motivos: «em primeiro lugar, a errada estratégia económica do Governo; em segundo, os efeitos perversos do discurso de inevitabilidade do desemprego; em terceiro, o impacto destrutivo do pacote laboral».
Na estratégia económica do actual Governo, que a central aponta como causa essencial do crescimento do desemprego, são apontados, entre outros traços: uma política orçamental «de cariz contabilístico, de pretenso rigor nas despesas e de total irresponsabilidade no plano das receitas»; a «submissão cega e pacóvia ao pacto de estabilidade e crescimento»; o «aprofundamento da matriz de baixos salários, fracas qualificações e muita precariedade»; o «recurso permanente à invocação do cenário de crise»; a diminuição do investimento público e a redução da capacidade financeira das autarquias.
Também aqui figuram a política de privatizações, «a preço de saldo, com entrega a privados estrangeiros e nacionais de alavancas essenciais para o nosso desenvolvimento económico»; políticas salariais «injustas, que provocam a redução do poder de compra dos salários, com a consequente redução da procura interna»; e uma política fiscal «injusta», onde há «completa ausência de medidas de combate à fraude e evasão».
Enquanto o discurso da inevitabilidade do desemprego «estimula os oportunismos patronais que, montados nesse discurso, actuam impunemente», o pacote laboral «veio objectivamente constituir um estímulo para o acentuar da arrogância e prepotência patronal». Denuncia a CGTP que «os patrões invocam a “proximidade da entrada em vigor do Código de Trabalho do Governo” para amedrontarem e fazerem capitular os trabalhadores na defesa dos seus direitos, incluindo o direito ao emprego».
Neste cenário, de «fracasso das políticas que têm vindo a ser seguidas», a Inter vê os fundamentos para que urgentemente seja adoptado «um efectivo modelo de desenvolvimento, que faça sair o País das dificuldades com que se debate, promova o crescimento económico, o progresso e o bem-estar», um modelo que «valorize o trabalho e dignifique os trabalhadores, que promova a justa remuneração da prestação do trabalho, a segurança e estabilidade do emprego».
Estão cá
A Intersindical Nacional nota que «os problemas com que se debate a economia portuguesa e o processo de desenvolvimento do País, sem deixarem de ter alguma relação com o cenário internacional, têm acima de tudo causas internas». No documento distribuído à comunicação social são apontados três motivos: «em primeiro lugar, a errada estratégia económica do Governo; em segundo, os efeitos perversos do discurso de inevitabilidade do desemprego; em terceiro, o impacto destrutivo do pacote laboral».
Na estratégia económica do actual Governo, que a central aponta como causa essencial do crescimento do desemprego, são apontados, entre outros traços: uma política orçamental «de cariz contabilístico, de pretenso rigor nas despesas e de total irresponsabilidade no plano das receitas»; a «submissão cega e pacóvia ao pacto de estabilidade e crescimento»; o «aprofundamento da matriz de baixos salários, fracas qualificações e muita precariedade»; o «recurso permanente à invocação do cenário de crise»; a diminuição do investimento público e a redução da capacidade financeira das autarquias.
Também aqui figuram a política de privatizações, «a preço de saldo, com entrega a privados estrangeiros e nacionais de alavancas essenciais para o nosso desenvolvimento económico»; políticas salariais «injustas, que provocam a redução do poder de compra dos salários, com a consequente redução da procura interna»; e uma política fiscal «injusta», onde há «completa ausência de medidas de combate à fraude e evasão».
Enquanto o discurso da inevitabilidade do desemprego «estimula os oportunismos patronais que, montados nesse discurso, actuam impunemente», o pacote laboral «veio objectivamente constituir um estímulo para o acentuar da arrogância e prepotência patronal». Denuncia a CGTP que «os patrões invocam a “proximidade da entrada em vigor do Código de Trabalho do Governo” para amedrontarem e fazerem capitular os trabalhadores na defesa dos seus direitos, incluindo o direito ao emprego».
Neste cenário, de «fracasso das políticas que têm vindo a ser seguidas», a Inter vê os fundamentos para que urgentemente seja adoptado «um efectivo modelo de desenvolvimento, que faça sair o País das dificuldades com que se debate, promova o crescimento económico, o progresso e o bem-estar», um modelo que «valorize o trabalho e dignifique os trabalhadores, que promova a justa remuneração da prestação do trabalho, a segurança e estabilidade do emprego».