Um exemplo de hipocrisia
O encerramento da Refinaria de Leça de Palmeira, a verificar-se, constituiria um golpe profundo na economia da região e do País e tornaria Portugal um país energeticamente dependente do estrangeiro, provavelmente de Espanha, denunciou, na segunda-feira, a Comissão Concelhia de Matosinhos do PCP.
Os argumentos apresentados para esta solução - segurança e preservação do ambiente – são, para o PCP, «um refinado exemplo de hipocrisia». De facto, os que defendem agora o encerramento foram os mesmos que sempre descuraram essas questões, a começar pelas sucessivas administrações da Petrogal, de que o actual ministro das Obras Públicas foi o último presidente, que «desinvestiram na segurança, desarticulando equipas de trabalho e serviços de comprovada qualidade».
Também a Câmara de Matosinhos, apesar de «algumas cambalhotas», teve comportamentos urbanísticos visando pôr em causa a continuidade da refinaria em Leça de Palmeira: a Refinaria foi sendo cercada de construção habitacional, tendo mesmo sido publicitado no boletim municipal um empreendimento habitacional de luxo onde, no espaço da Refinaria – que «desaparecia por artes mágicas» -, surgia uma grande zona verde, onde se podia andar a cavalo...
Uma das maiores preocupações do PCP vai, no entanto, para o desemprego, que no distrito atinge já, segundo os últimos dados do IEFP, valores superiores a 114.000. O encerramento da Refinaria, diz o PCP, iria engrossar esse contingente, admite-se que em cerca de 3000, tendo em conta que atingiria não apenas os trabalhadores da própria Refinaria mas também os indirectos e os prestadores de serviços.
Admitir-se o encerramento da Refinaria é, assim, para os comunistas, «premiar todos os que, a nível do Governo, da administração da Petrogal e do poder local tiveram comportamentos activos ou negligentes que levaram à existência dos problemas que hoje se discutem».
O PCP exige o apuramento e imputação de responsabilidades pela situação criada e reclama que as políticas de segurança e ambiental passem a ser «prioridade absoluta da Petrogal e não questões pontualmente atendidas».
Os argumentos apresentados para esta solução - segurança e preservação do ambiente – são, para o PCP, «um refinado exemplo de hipocrisia». De facto, os que defendem agora o encerramento foram os mesmos que sempre descuraram essas questões, a começar pelas sucessivas administrações da Petrogal, de que o actual ministro das Obras Públicas foi o último presidente, que «desinvestiram na segurança, desarticulando equipas de trabalho e serviços de comprovada qualidade».
Também a Câmara de Matosinhos, apesar de «algumas cambalhotas», teve comportamentos urbanísticos visando pôr em causa a continuidade da refinaria em Leça de Palmeira: a Refinaria foi sendo cercada de construção habitacional, tendo mesmo sido publicitado no boletim municipal um empreendimento habitacional de luxo onde, no espaço da Refinaria – que «desaparecia por artes mágicas» -, surgia uma grande zona verde, onde se podia andar a cavalo...
Uma das maiores preocupações do PCP vai, no entanto, para o desemprego, que no distrito atinge já, segundo os últimos dados do IEFP, valores superiores a 114.000. O encerramento da Refinaria, diz o PCP, iria engrossar esse contingente, admite-se que em cerca de 3000, tendo em conta que atingiria não apenas os trabalhadores da própria Refinaria mas também os indirectos e os prestadores de serviços.
Admitir-se o encerramento da Refinaria é, assim, para os comunistas, «premiar todos os que, a nível do Governo, da administração da Petrogal e do poder local tiveram comportamentos activos ou negligentes que levaram à existência dos problemas que hoje se discutem».
O PCP exige o apuramento e imputação de responsabilidades pela situação criada e reclama que as políticas de segurança e ambiental passem a ser «prioridade absoluta da Petrogal e não questões pontualmente atendidas».